sexta-feira, 23 de julho de 2010
Bispo de Guarulhos orienta padres a pregar nas missas voto contra Dilma.
Em artigo no site da diocese, ele afirma que petista defende aborto.
Iara Lemos e Ardilhes Moreira
Do G1, em Brasília e em São Paulo
O bispo de Guarulhos (SP), dom Luiz Gonzaga Bergonzini, disse em entrevista ao G1 que orientará os padres da cidade a pregar nas missas o voto contra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. O motivo, segundo ele, é a defesa da legalização do aborto nos congressos de 2007 e 2010 do partido.
Guarulhos é o segundo município mais populoso do estado de São Paulo (1,3 milhão de habitantes, segundo o IBGE), atrás somente da capital paulista (11 milhões). O prefeito da cidade é o petista Sebastião Almeida. Cinquenta padres são subordinados à diocese local, de acordo com o site da instituição.
“Vou mandar uma circular para os padres da diocese pedindo que eles façam o pedido na missa, para que os nossos fiéis não votem na candidata do PT e em nenhum outro candidato que defenda o aborto. Desde o Antigo Testamento, temos que é proibido matar. Uma pessoa que defende o aborto não pode ser eleita. Eu tenho obrigação de orientar meus fiéis pelo que está certo e o que está errado”, disse o bispo, de 74 anos, ao G1.
Em entrevista na manhã desta quinta (22) à rádio Marano, de Garanhuns (PE), Dilma negou defender o aborto. “Tanto eu como presidente Lula não somos pessoas que acham que o aborto seja algo para se falar ‘eu defendo o aborto’. Por quê? Porque o aborto é uma violência contra o corpo da mulher. Agora, nós reconhecemos uma outra coisa, que é uma questão de saúde pública. O que nós não podemos é deixar que mulheres que têm maior poder aquisitivo tenham acesso a clínicas [e] mulheres com menor poder aquisitivo utilizem métodos que não só ameaçam a saúde delas, mas até a vida”, afirmou.
Vou mandar uma circular para os padres da diocese pedindo que eles façam o pedido na missa, para que os nossos fiéis não votem na candidata do PT e em nenhum outro candidato que defenda o aborto. Desde o Antigo Testamento temos que é proibido matar. Uma pessoa que defende o aborto não pode ser eleita. Eu tenho obrigação de orientar meus fiéis pelo que está certo e o que está errado"
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos
À rádio, a presidenciável petista se disse favorável à legislação. “Defendemos é o cumprimento estrito da lei. A lei prevê casos em que o aborto deverá ser feito e garantido pelo estado. Então, não se trata de uma convicção pessoal. Porque eu não conheço uma mulher, pelo menos das que eu conheço, que acha o aborto uma coisa fantástica e maravilhosa. Não é. É uma violência, coloca a mulher em risco de vida. O que defendemos é que se trate essa questão não como uma questão religiosa, mas sim de saúde pública e obediência legal.”
No último dia 1º, dom Luiz Bergonzini já havia publicado no site da Diocese de Guarulhos o artigo intitulado “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. No artigo, o bispo pedia aos cristãos para não votarem na candidata petista. Segundo o texto, o PT e Dilma se posicionaram “pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência”. Até o início da noite desta quarta (21), o texto estava reproduzido no site da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas, às 23h40, quando o G1 fez nova consulta, já tinha sido retirado.
“Sou apartidário, tenho o direito de me manifestar livremente e a obrigação de orientar meus fiéis. Por isso deixei muito clara a posição de que não devem votar na Dilma. Nem nela e em nenhum outro candidato que defenda a legalização do aborto”, disse o bispo ao G1.
O bispo diz argumentar também com base no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), que, quando lançado em 2009, defendia o aborto. Em maio deste ano, por meio de um decreto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez algumas modificações em trechos considerados polêmicos, entre os quais o artigo que tratava da defesa do aborto. O texto original previa “apoiar o projeto de lei que descriminaliza o aborto”. A nova redação diz apenas que o plano visa “considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde”.
Em março do ano passado, quando ocupava o cargo de ministra da Casa Civil e ainda não tinha sido oficializada candidata, Dilma Rousseff manifestou posição sobre o aborto. “Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja uma legalização”, disse. “O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias”, afirmou.
saiba mais
Dilma defende legalização do aborto e distribuição de renda
CNBB
Subsecretário-geral adjunto da CNBB, o padre Antônio da Paixão afirmou que o artigo escrito pelo bispo não representa a posição da entidade no que diz respeito ao pedido de que os fiéis não votem na candidata petista. O padre afirmou, contudo, que a CNBB sempre será contrária a qualquer manifestação em defesa do aborto.
“Em relação ao aborto, a posição da Igreja Católica é muito clara de sermos contra. Não concordamos [com o artigo] em relação aos nomes, do ponto de vista partidário. A CNBB não entra nessas questões políticas”, afirmou o secretário-adjunto.
De acordo com o padre, os bispos e as dioceses têm autonomia para manifestarem suas posições. “A responsabilidade do artigo é dele [bispo]. Eu acredito que quando ele declara isso está assumindo essa posição [contrário à candidata do PT]. É uma instância particular. Os bispos e as dioceses têm autonomia. E isso pode não refletir um posicionamento da CNBB”, afirmou o padre.
Programas dos presidenciáveis
Antes mesmo de a campanha começar oficialmente, os três presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto haviam expressado sua opinião sobre o tema na pré-campanha. Marina Silva (PV) disse ser favorável a um plebiscito para definir se deve ocorrer a legalização da prática. José Serra disse ser contra e afirmou que não pretende alterar a legislação. Dilma declarou que o tema deve ser tratado como questão de saúde pública, que a legislação brasileira é clara sobre o assunto e que “aborto é coisa que nenhuma mulher defende”.
Nas propostas para o programa de governo de Dilma Rousseff, o aborto é mencionado uma vez, no item 57. A atual versão do programa da petista tem 23 páginas e afirma em duas linhas que pretende manter a legislação atual. “Promover a saúde da mulher, os direitos sexuais e direitos reprodutivos: o Estado brasileiro reafirmará o direito das mulheres ao aborto nos casos já estabelecidos pela legislação vigente, dentro de um conceito de saúde pública.”
Os dois discursos registrados por José Serra (PSDB) como propostas para o programa de governo não citam o tema. As propostas para o programa de governo de Marina Silva também não mencionam o assunto.
Entre os demais presidenciáveis, somente Ivan Pìnheiro (PCB) e Plínio Arruda Sampaio (PSOL) defendem nas propostas para o programa de governo a legalização do aborto e o fim da criminalização de mulheres que o praticam. As propostas de programa de Levy Fidelix (PRTB), Zé Maria (PSTU), José Maria Eymael (PSDC) não abordam o tema. O arquivo com as propostas para o programa de governo de Rui Costa Pimenta (PCO) não está disponível no site do TSE.
FONTE:http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/07/bispo-de-guarulhos-orienta-padres-pregar-nas-missas-voto-contra-dilma.html
quarta-feira, 21 de julho de 2010
AGED-MA:GEORGE CASTRO DEIXA A EDUCAÇÃO SANITÁRIA.
terça-feira, 13 de julho de 2010
AGED-MA: UNIDADE LOCAL DE SÃO LUÍS REALIZA OFICINA PARA VETERINÁRIOS AUTÔNOMOS
A AGED-MA, através da Unidade Local de São Luís, realiza a I Oficina Técnica de Nivelamento das Ações de Campo para Médicos Veterinários Autônomos Cadastrados junto à AGED-MA (Unidade São Luis), o evento acontece hoje 13 de julho de 2010, no Calhau Praia Hotel (Avenida Litorânea, nº. 01 Calhau), conforme programação abaixo.
Ressaltamos a importância tendo em vista o aumento crescente da demanda das atividades de campo, que envolvem os Médicos Veterinários Autônomos e a AGED-MA, daí a necessidade de nivelamento das ações visando facilitar a realização das mesmas, evitar problemas de ordem técnica e sanitária, bem como propiciar o estreitamento das relações de trabalho.(Viviane Correa - Chefe da Unidade Veterinária Local/AGED-MA de São Luís-ma).Para o coordenador de educação sanitária da AGED-MA, Fiscal de Defesa Animal, George Castro, iniciativas como essa é que nos levam à consolidação da Educação Sanitária em nossas regionais,pois, as ações de forma descentralizada permitem mais rapidez, eficiência e acompanhamento dos resultados.Portanto, estão de parabéns o Dr. Benito Pereira, chefe da UR de São Luís-ma, a Dra. Viviane Correa, chefe da UVL de São Luís e toda a equipe da UR de São Luis-ma.
PROGRAMAÇÃO
HORÁRIO | ASSUNTO |
8:00-8:30 | Recepção dos técnicos |
8:30-8:45 | Abertura do encontro |
8:45- 10:00 | Cadastro para vacinação contra Brucelose Habilitação para realização de exames contra Brucelose e Tuberculose Competências dos autônomos e da AGED-MA Legislações pertinentes ao PNCEBT |
10:00-10:15 | Intervalo – Coffee Break |
10:15-11:30 | Cadastro de médicos veterinários autônomos para coleta de material para diagnóstico de Anemia Infecciosa Eqüina-AIE e Mormo Preenchimento de resenhas (entraves encontrados pela fiscalização) Compromisso com a identificação e sacrifício de animais positivos Competências dos autônomos e da AGED-MA Legislações pertinentes ao PNSE |
11:30-12:00 | Entrega de material para atualização de cadastros e para novos cadastramentos |
12:00-13:30 | Intervalo para ALMOÇO (Será servido no local do evento) |
13:30-15:00 | Emissão de atestados sanitários para bovídeos, eqüídeos, caprinos, ovinos, suínos, crustáceos, animais silvestres, cães e gatos. Requisitos sanitários para emissão de GTA Modelos de atestados vigentes OBS: CIS Modelo “E” Legislações pertinentes às emissões de atestados e GTA |
15:00-16:00 | Notificações de suspeitas e/ou de ocorrências de doenças de notificação compulsória Ficha epidemiológica (informação de ações preventivas no campo (vacinações), diagnósticos laboratoriais, óbitos, etc.) – e-mail para repasse de informações Competências dos autônomos e da AGED-MA Legislações pertinentes |
16:00-16:15 | Intervalo - Coffee Break |
16:15-17:15 | Responsabilidades técnicas em eventos agropecuários |
17:15-17:30 | Encerramento e entrega de certificados |
domingo, 4 de julho de 2010
Lei eleitoral restringe atos de agentes públicos
Da Agência Brasil
Brasília – A partir deste sábado (3) até a posse dos candidatos que forem eleitos no pleito deste ano, agentes públicos não podem nomear, contratar ou admitir, demitir sem justa causa, transferir ou exonerar servidor público até a data da posse dos eleitos. Isso porque a legislação eleitoral restringe várias ações dos agentes públicos três meses antes e três meses depois das eleições.
A lei permite que sejam realizados concursos nesse período, mas os aprovados terão de esperar a posse dos eleitos para serem nomeados. É permitida também a nomeação ou exoneração de ocupantes de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança e a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República.
Os agentes públicos também não podem mais fazer transferências voluntárias de recursos da União aos estados e municípios e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade. A exceção é para os recursos destinados a obras e serviços já contratados. É permitido ainda a transferência de recursos para atender situações de calamidade ou emergência.
Os agentes públicos cujos cargos estão em disputa também não podem, a partir de hoje, fazer pronunciamentos em cadeia nacional de rádio e televisão. A única exceção para pronunciamento é, a critério da Justiça Eleitoral, para matéria urgente, relevante e característica das funções de governo.
Também não é permitido autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos municipais ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral. No entanto, pode ser realizada propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado.
Para os candidatos a qualquer cargo é proibido comparecer a inaugurações de obras públicas. Quem desobedecer as regras da lei poderá ser multado de 5 a 100 mil Ufirs, que varia de R$ 5,32 a R$ 106.400,00.
FONTE:http://www.jornalpequeno.com.br/2010/7/3/lei-eleitoral-restringe-atos-de-agentes-publicos-123249.htm