sexta-feira, 27 de maio de 2011

Crime no Pará: Comissão da CNBB divulga declaração

Do Blog da CNBB


destaque-149413-ipixunaA Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma declaração sobre o assassinato dos líderes ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa Maria do Espírito Santo Silva, ocorrido no dia 24, por volta das 8h em Nova Ipixuna, estado do Pará. O casal foi assassinado a tiros no interior do Projeto de Assentamento Extrativista, Praia Alta Piranheira, no município de Nova Ipixuna, sudeste do estado.
“A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz - CNBB se une às inúmeras manifestações de repúdio ao brutal assassinato do casal”, diz um trecho. A Comissão lembra também uma declaração feita em novembro de 2010, por José Cláudio diante de mais de 400 pensadores de diversas áreas do conhecimento, na qual ele disse “vivo da floresta, protejo ela de todo jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora porque eu vou pra cima, eu denuncio”.
Ainda na declaração, a Comissão pede, em nome das Pastorais Sociais e dos Organismos a ela vinculados, “solidariedade às comunidades da diocese de Marabá, ao povo de Nova Ipixuna e aos familiares do casal”.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Confirmado primeiro caso no Distrito Federal de mormo


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou na sexta-feira (23) ter detectado o primeiro caso no Distrito Federal de mormo, uma grave enfermidade infecto-contagiosa que atinge os equídeos: cavalos, burros e mulas. O caso, registrado em Sobradinho, foi comunicado internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A doença pode ser transmitida ao homem e, em 95% dos casos, é fatal. A contaminação pode se dar de duas formas: contato direto com o animal ou por meio de materiais infectados, como esporas e arreios.

Com a confirmação do caso, o trânsito interestadual de animais do DF para qualquer outra unidade da federação fica condicionado à apresentação de documento que comprove que o equídeo não está contaminado. A mesma exigência vale para a participação de cavalos em eventos hípicos realizados no DF. A última ocorrência de mormo no Brasil foi registrada em 2008, no estado de São Paulo.

"Solicitamos que os órgãos executores da defesa sanitária animal sejam orientados a (…) realizar levantamento pregresso de seis meses do trânsito interestadual de equinos (cavalos) procedentes daquela UF (o DF)", afirma circular interna, enviada pelo diretor do Departamento de Sanidade Animal, Jamil Gomes de Souza, aos servidores do setor do Ministério da Agricultura. O animal infectado está isolado no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB), localizado na Granja do Torto, desde dezembro do ano passado. Segundo informações do próprio ministério, ele pertence a um carroceiro e foi internado com suspeita de pneumonia.

Mesmo depois de iniciar o tratamento com antibióticos, o cavalo não apresentou melhora e uma nova análise clínica foi feita pelos veterinários da UnB. O resultado do exame revelou a possibilidade de o animal estar com mormo. De imediato, a ocorrência foi comunicada ao Ministério da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária do DF. Em seguida, o animal passou por outros três testes até que o quadro clínico fosse oficialmente confirmado. Os exames foram realizados no Laboratório Nacional Agropecuário em Pernambuco — Lanagro/PE. Um último teste foi feito nos Estados Unidos (EUA).

"Este é não só o primeiro caso no DF, como também no Centro-Oeste. Até o momento trata-se de uma situação pontual. O que queremos é evitar que surjam outros casos", explica o coordenador-geral do Departamento de Sanidade Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Guillherme Henrique Figueiredo. Em 2006, casos da doença foram registrados no Paraná e em Santa Catarina. Já no Norte e no Nordeste, as ocorrências da enfermidade são constantes. "Outros equinos que conviveram com esse animal infectado do DF já foram identificados e estão passando por exames laboratoriais. Os diagnósticos preliminares são suspeitos, mas, agora, precisamos de testes complementares", destaca. O objetivo, segundo ele, é aprofundar a investigação em relação a esses animais para descartar a existência de outros casos.

Sacrifício
De acordo com as informações oficiais, os veterinários que tiveram contato com o cavalo infectado utilizaram, desde o início, equipamentos de proteção, como luvas, botas e máscaras. Fontes ouvidas pelo Correio, no entanto, afirmam que, antes da confirmação, o clima era de medo entre os profissionais. Segundo a legislação que trata da doença — a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura nº 24, de 2004 — caso o mormo seja confirmado, o animal deve ser, obrigatoriamente, sacrificado. O equino infectado no DF, no entanto, ainda permanece isolado em uma baia, dentro de um galpão, no hospital da UnB, e deve ser morto no início da próxima semana. "Não há urgência. Estamos coletando novas amostras até mesmo para fazer o sequenciamento genético da bactéria e constatar o grau de semelhança com os outros casos notificados no Brasil", afirmou Guilherme. De acordo com a professora da UnB e médica veterinária Roberta Godoy, o tratamento do animal seguiu todos os processos de segurança recomendados. "Desde o início, o animal foi isolado enquanto aguardávamos o resultado dos exames", destacou.

A confirmação do caso pode trazer implicações econômicas para o DF, uma vez que o trânsito de animais para outros países pode ficar comprometido. Em ocorrências registradas anteriormente no país, o comércio internacional já chegou a ser interrompido temporariamente. "Tudo depende do país de destino, alguns têm restrições mais severas, mas nada é definitivo", considera o coordenador da DSA.

Especialistas ouvidos pelo Correio acreditam que, com a obrigatoriedade de os cavalos realizarem o exame para ter liberada a Guia de Trânsito Animal (GTA), novos casos da doença podem ser descobertos no Distrito Federal. Até então, o único exame exigido era o de Anemia Infecciosa Equina (AIE). A origem do animal infectado em Sobradinho também é alvo de especulação. Segundo uma fonte que preferiu não se identificar, ele não teria qualquer sintoma aparente da doença, como nódulos visíveis na pele, o que caracterizaria tratar-se de um animal bem cuidado e corretamente alimentado, situação bem distinta da realidade dos cavalos que puxam carroças.

Febre alta e pneumonia
O mormo é causado pela bactéria Burkholdelia mallei, que pode contaminar o homem e outros mamíferos, sendo mais comum em cavalos. A contaminação ocorre pelo contato com material infectante— pus, secreção nasal, urina ou fezes — que pode penetrar por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea, quando existem lesões. Ao cair na circulação sanguínea, a bactéria alcança, principalmente, os pulmões e o fígado. "A doença pode ser detectada por meio de um exame de sorologia, pelo método de fixação de complemento. Esse método é mundial e pode ser utilizado tanto para animais como para humanos. Trata-se de um teste de autosensibilidade e especificidade", explica a veterinária Michelle Abreu, responsável técnica pelo único laboratório do DF autorizado a realizar o exame.
De acordo com a médica, o exame reconhece exclusivamente anticorpos específicos da infecção. "Todos os proprietários de equinos e pessoas que vivem e trabalham com esportes ou atividades equestres devem ficar atentas", alerta. O modo mais comum de contaminação entre os animais é o compartilhamento de cochos e bebedouros. Os principais sintomas apresentados pelos cavalos infectados são a presença de nódulos nas mucosas nasais, na pele, catarro, febre de 42ºC e pneumonia.
 
Fonte: Correio Braziliense

Fotos

domingo, 22 de maio de 2011

Irmã Dulce é beatificada em Salvador



Esta etapa é a última antes da canonização do 'Anjo Bom da Bahia'.
Bento XVI colocou a religiosa na lista de santos e beatos da Igreja Católica.

Do G1 BA
Irmã Dulce foi beatificada por volta das 18h deste domingo, no Parque de Exposição de Salvador. Esta etapa é a última antes da canonização da religiosa, conhecida como 'Mãe dos pobres' e 'Anjo Bom da Bahia'. A partir desta data, ela será chamada 'Bem-aventura Dulce dos pobres'.
Terminado o relato de sua trajetória, foi lido o decreto apostólico do Papa Bento XVI inscrevendo Irmã Dulce na lista dos santos e beatos da Igreja Católica, propondo-a como exemplo cristão para todos os fiéis. Neste momento, foi anunciada também a data de celebração da sua festa litúrgica: 13 de agosto.
No primeiro ato da cerimônia, Dom Lorenzo Baldisseri, representante do Papa no Brasil, cumprimentou as autoridades presentes, entre elas o prefeito de Salvador, João Henrique e o senador José Sarney. A missa de abertura foi presidida pelo cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, que representou o papa Bento XVI e que foi ex-arcebispo de Salvador.
Para ser considerada beata, o Vaticano fez o reconhecimento jurídico de uma farta documentação sobre a veracidade do milagre atribuído a Irmã Dulce, em junho de 2003. Em abril de 2009, a religiosa foi considerada venerável pela biografia. Isso, segundo a Igreja Católica, implica dizer que Irmã Dulce teve uma vida de santidade.
Abertura do processo de beatificação começou em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciado o milagre e, em 2002, o processo foi levado para análise do Vaticano.
Irmã Dulce foi beatificada na tarde deste domingo (22), em Salvador (Foto: Edgar de Souza/G1)Irmã Dulce foi beatificada na tarde deste domingo (22), em Salvador (Foto: Edgar de Souza/G1)
A presidente da República, Dilma Rousseff, acompanhou a programação, ao lado de Jaques Wagner, governador da Bahia, e da primeira-dama do estado, Fátima Mendonça.
Outras autoridades, como o prefeito de Salvador, João Henrique, o senador José Sarney, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, e o ex-governador de São Paulo, José Serra, estiveram presentes ao evento em Salvador.
Papa Bento XVI
O Papa Bento XVI afirmou, em pronunciamento realizado no Vaticano, neste domingo, que estava junto aos brasileiros na alegria pela beatificação de Irmã Dulce.
Dom Geraldo Majella leu carta apostólica para beatificar Irmã Dulce (Foto: Erik Salles/Agência A Tarde/AE)Dom Geraldo Majella leu carta apostólica para
beatificar Irmã Dulce (Foto: Erik Salles/Agência
A Tarde/AE)
"Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, desejo também associar-me à alegria dos pastores e fiéis congregados em Salvador, na Bahia, para a beatificação da Irmã Dulce Lopes Pontes, que deixou atrás de si um prodigioso rastro de caridade, a serviço dos últimos, levando o Brasil inteiro a venerar os desamparados", disse, em português.
Fiéis em Salvador
Os portões do Parque de Exposições de Salvador foram abertos aos fiéis por volta das 1h deste domingo. O trânsito na Avenida Paralela, principal via de acesso ao espaço, ficou congestionado no início da tarde. O fluxo de ônibus trazendo fiéis foi intenso no portão do local.
Por volta das 14h, crianças apresentaram o espetáculo "Nasce uma Flor", com dança, música e teatro, retratando alguns momentos da trajetória de vida de Irmã Dulce.

Cerimônia de beatificação de Irmã Dulce acontece neste domingo


Evento espera reunir cerca de 70 mil pessoas, em Salvador.

Portões do Parque de Exposições serão abertos ao meio-dia.

Do G1, em São Paulo
Fiéis se preparam para participar, neste domingo (22), da cerimônia de beatificação de Irmã Dulce, em Salvador. A cerimônia está marcada para começar às 17h, mas a abertura dos portões do Parque de Exposições será às 12h. O evento espera reunir cerca de 70 mil pessoas.
Segundo a organização do evento, está prevista para as 14h a apresentação do espetáculo "Nasce uma Flor", que irá contar, em forma de dança, música e teatro, alguns momentos da trajetória de vida de Irmã Dulce.
Reunindo mais de 500 alunos do Centro Educacional Santo Antônio (CESA) – complexo de educação das Obras Sociais Irmã Dulce – com idades entre 6 e 15 anos, a peça trará cenas como a acolhida da religiosa às crianças que viviam nas ruas da capital e a célebre ocupação do galinheiro – episódio que marcou o nascimento do Hospital Santo Antônio.
Após a apresentação artística, terá início às 17h a celebração canônica com uma missa seguida do roteiro litúrgico do Rito de Beatificação do Vaticano. A cerimônia, que contará com a participação de mais de 500 religiosos – entre padres, arcebispos, bispos, diáconos e seminaristas de todo o Brasil – será presidida pelo cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, o delegado papal na solenidade, representando o Papa Bento XVI.
Filha do cirurgião dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914, na capital baiana. Com a morte da mãe, com apenas 7 anos, a menina foi morar com as tias e aos 13 descobriu a vocação religiosa. Em homenagem à mãe, recebe o nome de Irmã Dulce. A religiosa morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos.
Beatificação
O decreto que formaliza a condição de beata de Irmã Dulce foi assinado por Bento XVI em 10 de dezembro de 2010. A abertura do processo de beatificação de Irmã Dulce ocorreu em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciado o milagre e, em 2002, o processo foi levado para análise do Vaticano.
Para que fosse considerada beata, uma vasta documentação foi encaminhada ao Vaticano, que fez o reconhecimento jurídico, em junho de 2003, sobre a veracidade do milagre atribuído a Irmã Dulce.
Em abril de 2009, a religiosa foi considerada venerável pela biografia. Isso, segundo a Igreja Católica, implica dizer que Irmã Dulce teve uma vida de santidade.
arte beatificacao (Foto: AP)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Registro inédito da visita do Papa João Paulo II ao Maranhão.


VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II À CIDADE DE SÃO LUÍS

  MARANHÃO, NO DIA 14 DE OUTUBRO DE 1991.
Por Lusmar Paz *

Nesta época eu era seminarista ligado a Diocese do Brejo dos Anapurus - Maranhão.
Residia no Seminário Interdiocesano Santo Antônio - São Luis, Maranhão. 
O Senador José Sarnei cumprimenta o Santo Padre na chegada ao aeroporto de São Luis – Maranhão.

As multidões na Ponte São Francisco, saúdam a passagem de João Paulo II no papa-móvel.
Nesse momento os seminaristas aguardavam o Sumo Pontífice na Igreja de Santo Antônio.

No dia 14 de Outubro de 1991, o Papa João Paulo II visitava São Luís – Maranhão. O povo Maranhense ficou numa grande expectativa ante a chegada do Vigário de Cristo em sua terra. Nós, seminaristas, nem se fala, principalmente porque o Santo Padre seria hospedado no Centro Teológico do Maranhão, prédio ligado ao nosso Seminário, cuja pequeníssima separação era a nossa quadra de esporte.
A Expectativa era geral. Estávamos todos envolvidos nos preparativos ante a grande festa que estava para acontecer.
Foto:Sacerdote que me fez uma grande e memorável surpresa. Leiam o relato:

 
 Foto: Pe. Panico, na época. Atualmente, Dom Panico, Bispo Diocesano do Crato-CE.

 Veio então, a grande e feliz surpresa para mim! Encontrava-me na Faculdade, na Sala de Aula quando alguém ... me chamou para dirigir-me ao refeitório do seminário. Saí da sala de aula sem ter a mínima idéia do que iria acontecer comigo. Lá chegando, encontrei o Pe. Panico  que falou-me que  havia sido escolhido para acolitar (ajudar) e, naturalmente comungar na Missa presidida pelo Santo Padre o Papa João Paulo II. Não me contive de tanta alegria. Agradeci ao Pe. Panico, -  mestre de cerimônia da Arquidiocese de São Luis - e saí correndo em direção ao orelhão telefônico que havia na sala de recepção do seminário, para dar a boa e feliz notícia para minhas queridas tias-mães em Aracoiaba-CE. Depois retornei a sala de aula, mas confesso que não entendi mais nada do que o padre-professor estava explicando, pois meus pensamentos, alegria, emoção e expectativa, se misturavam no liquidificador de minha mente. A CPU de minha mente estava processando dados de felicidade e agradecimento a Deus pelo grande presente a mim oferecido.
Por que fui escolhido no meio de tantos seminaristas? Perguntava a mim mesmo... Porém, não encontrava resposta.  Depois, calmamente, tive a resposta: “ Deus é maravilhoso, e, em sua misericórdia e bondade, quis dar-me esse presente por amor e com amor”, presente esse que nunca esqueci e que jamais vou esquecê-lo.
Foi um grande e inesquecível presente: receber Nosso Senhor Jesus Cristo eucaristicamente das mãos de um "Papa", ou melhor, de um "Papa Santo". Eu não tinha méritos para tão grande presente, mas Jesus em sua inexplicável MISERICÓRDIA, me fez por merecer tão grande novidade. Deus é maravilhoso!!! Deus é 10!!!

Estava se aproximando a chegada do Papa a São Luis.-Maranhão .
Juntamente comigo, foram escolhidos mais dez seminaristas. Éramos onze ao todo, entre eles, estudantes de filosofia e teologia.

Uma semana antes da chegada do Santo Padre os dois monsenhores, mestres de cerimônia do Vaticano, estiveram em São Luís e ensaiaram conosco a cerimônia no altar  montado no Aterro do Bacanga. Em seguida fomos à costureira para as medidas das túnicas nas quais seríamos revestidos para a celebração. Daí em diante era só expectativa... pura expectativa... Às pressas, lembro-me que ao comprar os sapatos, comprei-os um número menor... e logo após a Santa Missa, em meio a multidão, tirei os sapatos, presentei-os a um diácono amigo e fui descalço para o seminário... (Risos) .Estava tão feliz que nem me importei do fato de estar calçado ou descalço no retorno ao seminário...

1991 a 2010 = 19 anos



Deixando a modéstia de lado, vou registrar os momentos

em que tive a oportunidade de estar com o 

Papa João Paulo II.

Foto: Domingo à noite: Chegada do Papa à Igreja de Santo Antônio - São Luis -Maranhão.

  
 Foto: Papa móvel: parou defronte a porta principal da Igreja de Santo Antônio.

Primeiro Encontro:

Quando João Paulo II chegou ao aeroporto em São Luís, dirigiu-se no papa-móvel à Igreja de Santo Antônio... Dentro da Igreja já tinha uma equipe de repórteres da Rede Globo preparada para o evento. Já era noite e a matéria foi levada ao ar, ao vivo. Na Igreja de Santo Antônio, estavam os bispos, os padres, os seminaristas, os religiosos e religiosas de São Luis. Todos nós estávamos portando um documento entregue pela polícia federal, chamado  "credencial." Só podia entrar na Igreja com a apresentação desse documento.
Foi grande a minha emoção ao ver pela primeira vez um Papa tão próximo a minha pessoa. Meu primeiro encontro - de perto - com João Paulo II.

Minhas Credenciais
 
Esta credencial deu-me acesso à entrada na Igreja de Santo Antônio


 
Esta 2ª credencial deu-me acesso ao altar onde o Papa presidiu  a Santa Missa

Segundo Encontro:  

No outro dia, pela manhã, os 11 seminaristas se dirigiram ao Aterro do Bacanga... Lá chegando, depois de revestidos com a túnica litúrgica, um dos monsenhores do Vaticano, nos colocou perfilados, um ao lado do outro e nos apresentou ao Santo Padre. Nesse momento os onze seminaristas, um a um, beijou a mão do Sumo Pontífice.
Meu segundo encontro com Joaõ Paulo II.

Terceiro Encontro

 Eu, (responsável pelo turíbulo, recipiente onde se põe as brasas acesas) e o Frei Franklin ,(responsável pela naveta, recipiente onde se coloca o incenso), fomos convidados por um dos mestres de cerimônia do Vaticano a adentrarmos na Sacristia onde se encontrava o Papa João Paulo II. Ao chegarmos à Sacristia o Santo Padre estava se preparando para vestir os paramentos. Aproximamo-nos dele ... em seguida ele nos perguntou a que “Ordem” nós pertencíamos. Frei Flanklin, respondeu: sou Frade Capuchinho, e eu respondi: sou seminarista diocesano. O Papa olhou para nós e falou: “Jovens do futuro, rezem pela nossa Igreja!”

Em seguida, o mestre de cerimônia pediu-me para levantar o turíbulo e o Santo Padre tirou o incenso da naveta e o colocou no turíbulo abençoando-o. Como a fumaça começou a sair... tivemos que nos retirar da sacristia.
Meu terceiro encontro com o João de Deus!!!

Quarto Encontro: 

No momento da Santa Missa, durante o ofertório, aproximei-me do altar com o turíbulo, levantei-o um pouco diante do Santo Padre e ele colocou o incenso no turíbulo. Em seguida ,entreguei o turíbulo ao diácono e ele o entregou ao Santo Padre. Permaneci no altar, enquanto o Santo Padre incensava as ofertas, o altar e o crucifixo grande ao lado do altar.
Meu 4º encontro com o Papa...

Fotos em sequência no momento do ofertório

Obs.: Estou próximo a cadeira Papal (à esquerda).
 

Obs.: Estou próximo a cadeira Papal (à esquerda) fazendo o gesto da “vênia” ao Papa, que significa “reverência”.

Nessas três foto, eu estava segurando o Turíbulo, - à esquerda, próximo ao microfone - enquanto o Diácono segurava a Naveta, e o Papa tirava o Incenso da Naveta para colocá-lo no Turíbulo.

Momentos marcantes...


Momentos Emocionantes...
Quinto Encontro: 

No momento da Sagrada Comunhão, os onze seminaristas dirigiram-se ao local da distribuição da Sagrada Eucaristia, e por ordem de tamanho – entre os onze – eu era o menor ea ssim fui o primeiro seminarista a receber Jesus das mãos do Santo Padre.

Ambas as fotos mostram a minha pessoa comungando com o Papa, sendo que a segunda foto destacada com um círculo focaliza mais nitidamente a minha pessoa.




Foto oficial tirada pelo fotógrafo do Vaticano, Arturo Mari, que passou meio século ao lado de seis Papas, fotografando-os.Como comprovante da veracidade desta foto, veja os escritos e o selo oficial do Vaticano contido no verso da mesma.
Arturo Mari
Padre Meireles residia no mesmo seminário em que eu morava. Durante os preparativos de sua ordenação presbiteral, colaborei com alegria naquilo que estava ao meu alcance...
Quando o Papa esteve em São Luís do Maranhão, Pe. Meireles encontrava-se em Roma. Certo dia, Pe. Meireles foi visitar a exposição de fotos da visita do Papa ao Brasil no Vaticano. Nesta visita à exposição  ele encontrou minha foto, comprou-a e enviou-me pelos Correios. Foi uma grande surpresa esse presente que Pe. Meireles me deu (confira o agradecimento de Pe. Meireles à minha pessoa no verso da foto acima). 

Foto da Ordenação do Pe. Meireles. Acolitei na cerimônia de ordenação deste santo sacerdote.

A foto acima foi enviada pelo Pe. Meireles a minha pessoa logo quando chegou a Roma. Leia os escritos acima - letra do Pe. Meireles.

(Esta foto foi no momento em que Dom Paulo Pontes ungia as mãos sacerdotais do Pe. Meireles no momento de sua ordenação. Nesta cerimônia eu estava auxiliando o Bispo, segurando o livro que continha a cerimônia de ordenação presbiteral.)

Sexto Encontro


Após a Santa Missa, o Monsenhor... que acompanhava o Santo Padre, novamente nos reuniu – um ao lado do outro – para nos despedirmos de João Paulo II.
Nesse momento todos nós cumprimentamos o Santo Padre e ganhamos dele um terço.


Este terço eu o guardo com muito carinho. Seu valor é inestimável.
Obs.: No momento da homilia (sermão) nós, os onze seminaristas, ficamos sentados um ao lado do outro ouvindo a pregação do Santo Padre. Aconteceu que o seminarista que estava responsável pelo báculo do Papa, estendeu sobre nossas pernas esse símbolo do Pastor e nós tivemos a oportunidade de olharmos à vontade o báculo que João Paulo II conduzia em todas as celebrações litúrgicas por onde ele andava.


Foto do Altar no Aterro do Bacanga

Estive muito perto de um homem santo. Jamais irei esquecer esses dias.
Sou e continuarei sendo grato a Deus em toda minha vida por tamanha bondade!!! 

Ao término da Santa Missa, o Santo Padre cumprimentou aos Padres concelebrantes, e no meio deles encontrou, abraçou e beijou a cabeça de um Sacerdote com 90 anos. Chamou-me a atenção esse bonito e acolhedor gesto paternal do Santo Padre.

No outro dia: Saída do Papa do Centro Teológico do Maranhão, acompanhado de Dom Paulo Pontes, Arcebispo de São Luís – MA
Papa-móvel se dirigindo ao aeroporto.

..
Continuação da viagem ao aeroporto...


Governador do Maranhão presenteando o Santo Padre...


Santo Padre se dirigindo ao avião...




Fotos do material que comprova a veracidade dos depoimentos acima:

Fitas de Vídeo passadas para um CD

Terço presenteado pelo Papa





Eis o Altar que foi preparado pelo povo do Maranhão para que o Papa pudesse celebrar o augusto sacrifício da Santa Missa. 

Só para finalizar... 
Esta foto foi no momento em que João Paulo II encerrava a Santa Missa com a bênção final.


Capela usada por João Paulo II (foto Lusmar Paz 1991) 
 Seminário Santo Antônio onde o Santo Padre ficou hospedado (Foto Lusmar Paz, 1991)




Foto Lusmar Paz, 1991


Foto Lusmar Paz, 1991
Quarto onde hospedou-se João Paulo II 
(Foto Lusmar Paz, 1991)

Foto Lusmar Paz, 1991

Foto Lusmar Paz, 1991

Foto Lusmar Paz, 1991

Foto Lusmar Paz, 1991

Foto Lusmar Paz, 1991
*Francisco Lusmar Paz
Ex-seminarista da Diocese de Brejo dos Anapurus - Maranhão
Atualmente, Ministro Extraordinário da Sagrada Eucaristia da Paróquia da Imaculada Conceição em Aracoiaba-CE