Pesquisa britânica testou transmissão do vírus da doença em bezerros.Trabalho foi divulgado na revista ‘Science’ nesta sexta-feira (6).
Do G1, em São Paulo
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Edimburgo e do Laboratório Pirbright, ambos no Reino Unido, mostra que o vírus da febre aftosa só pode ser transmitido durante um curto período da vida do animal. O tempo é quase metade do previsto anteriormente pela comunidade científica. O trabalho foi publicado na revista “Science” nesta sexta-feira (6).
A doença causa lesões na boca e nas patas, febre e secreção nasal em bois, porcos, cabras e ovelhas e pode levar à morte ou à necessidade de sacrifício dos animais.
Durante o estudo, bezerros foram postos ao lado de outros saudáveis, em pares, durante oito horas, para que o vírus causador da febre aftosa pudesse ser transmitido. Ao todo, foram feitas 28 dessas tentativas. Apenas 8 animais foram contaminados. A pesquisa inteira contou com o uso de 44 mamíferos.
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Segundo os pesquisadores, o bezerro só pode transmitir o vírus da doença por um período menor que 2 dias. Após esse tempo, a defesa natural do mamífero entra em ação e limita o número de vírus gerados. O estudo mostra que a chance de passar o micro-organismo adiante só aparece 12 horas após o surgimento dos primeiros sinais clínicos.
A equipe agora busca formas para diagnosticar a febre aftosa no campo, após os primeiros sintomas surgirem, mas antes da possibilidade de um animal transmitir a ameaça a outro.
A maior epidemia de febre aftosa aconteceu em 2001, no Reino Unido, levando à morte de centenas de milhares de animais e à perda de bilhões de libras esterlinas antes de a doença ser controlada.
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