quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

RCC REALIZARÁ VIRADA DO ANO COM JESUS NA PRAIA DO ARAÇAGY



MISSA COM DOM. JOSÉ BELISÁRIO - ARCEBISPO DE SÃO LUÍS-MA
SHOWS COM MINISTÉRIOS CRISTO REI, COMUNIDADE EBENÉZER ,JÚNIOR BRASILEIRO ,MINISTÉRIOS DE DANÇA E TEATRO E MUITO MAIS!
ANIMAÇÃO: MINISTÉRIO TOQUE DE DEUS
DATA: 31/12/2011
HORA: A PARTIR DAS 20:00H
LOCAL: PRAIA DO ARAÇAGI
PROMOÇÃO: RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA!

ENTRADA FRANCA!
OBS: HAVERÁ ÔNIBUS DISPONÍVEIS NA SEDE DA RCC NO ANGELIM - SÃO LUÍS-MA
INFORMAÇÕES: (98)3246-7870

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A quem iríamos nós?


Por George Castro*
Nestes dias tenho meditado sobre unidade da Igreja cristã e confesso que este assunto muito me importuna. Sei que conflitos e divergências entre irmãos na Fé são comuns desde os primórdios do cristianismo e que no passado deixaram marcas profundas e até divisões no rebanho do Senhor. Porém, muitos destes contribuíram para grandes mudanças e amadurecimento no seguimento do Cristo. A história nos mostra que nem sempre os conflitos são, no todo, ruins. Eles nos fazem refletir sobre a nossa caminhada e a conhecer melhor o rumo que devemos seguir, e, se preciso for, até parar de caminhar para pensar se em algum momento não fomos nós imprudentes ou negligentes nesta trajetória. É preciso ver se estamos observando bem a sinalização da estrada e para onde ela aponta e aonde queremos chegar, ou se queremos nos perder no caminho.
O que estamos buscando na Igreja? Celebrarmos o mistério de Deus? Ou estamos buscando apenas a nossa satisfação pessoal?A quem estamos servindo? A Deus ou a nossa natureza humana?Estamos realmente vivendo e anunciando a páscoa do Senhor?Ou este fato ainda não se tornou realidade em nossas vidas?Se não, estamos somente celebrando uma fábula e anunciando a Fé e missão de Jesus como um grande espetáculo... Em vez de seguidores para o Cristo, estaríamos buscando platéia?Em vez de promovermos, pelo Espírito Santo, a conversão sincera do mundo, não estaríamos apenas construindo expectadores do evangelho? E aí, vale quem tem mais simpatia e audiência...
Onde estão as essências do cristianismo: A oração? A fraternidade?O perdão?O amor ao próximo?A denúncia das injustiças e todos os males?A luta pela construção de um mundo novo?A instrução alegre e entusiasmante do povo de Deus?A atenção as crianças, aos idosos, aos mais pobres?O amor e a preocupação com a formação dos jovens?Que fé estaríamos construindo?Em Deus ou no “EU”?Para onde estaríamos guiando o nosso povo, se só Cristo tem palavras de vida eterna?(Jo 6,68).
*Postulante ao Diaconado Permanente da Arquidiocese de São Luís do Maranhão.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ARQUIDIOCESE DE SÃO LUÍS -MA REALIZARÁ VIRADA DO ANO COM JESUS no litoral !



A Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, inicia as comemorações do aniversário de 400 anos de evangelização e 32 anos de movimento em São Luís, com o tradicional evento VIRADA DO ANO COM JESUS, dia 31 de dezembro, na praia do Araçagy.
Motivados pelo tema vivido pela RCC Nacional para 2012, “Apascenta minhas ovelhas”, a data marca a segunda edição, no Maranhão, do projeto JESUS NO LITORAL – UMA VIRADA RADICAL (JNLMA), com participação de aproximadamente 200 missionários de todo o Estado, que virão para o litoral maranhense levar uma grande onda do Amor de Deus à todos os ludovicenses e turistas que visitam São Luís durante este período.
Várias atividades serão realizadas na programação do JNLMA, que acontecerá entre os dias 28 de dezembro e 01 de janeiro: ação social, atividades esportivas, atividades culturais e evangelização. O Maranhão integra uma lista de mais três Estados que realizam o JNL durante a virada do ano: Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A programação do dia 31 iniciará com louvor, conduzido pelo *Ministério de Música Toque de Deus seguida de show do Ministério Cristo Rei,do Ministério de Música Ebenézer, que apresentará o 1º CD da comunidade católica, com o título “Glória a Deus” e finalizando com o cantor católico Júnior Brasileiro, com o CD Amigo Irmão.
O evento é aberto a todos os públicos, como proposta de comemorar um rito de passagem de ano diferente em 2011/2012, consagrando os próximos 365 dias a Jesus e Sua Mãe, Maria, lembrada pela Igreja Católica no dia 01 de janeiro, Dia Mundial da Paz. Também será um momento de louvor pelos 400 anos da Arquidiocese de São Luís, onde acontecerá a Celebração Eucarística presidida por Dom José Belisário, arcebispo da Arquidiocese de São Luís do Maranhão.

O QUE? VIRADA DO ANO COM JESUS e Jesus no Litoral – Uma Virada Radical
QUANDO? JESUS NO LITORAL – Uma Virada Radical, de 28 de dezembro a 01 de janeiro, encerrando com a festa da VIRADA DO ANO COM JESUS, dia 31 de dezembro.
ONDE? Praia do Araçagy, em frente a barraca Ponto X
QUE HORAS? PROGRAMAÇÃO DO JESUS NO LITORAL, acompanhar programação a partir do dia 28 de dezembro pelo www.jesusnolitoral.com.br. E VIRADA DO ANO COM JESUS, dia 31/12, a partir das 20h.
MISSA? Presidida pelo Arcebispo de São Luís, Dom José Belisário, a partir das 21h.

EVENTO ABERTO AO PÚBLICO 

MAIS INFORMAÇÕES: Associação Cristo Rei, Av. 04, nº 100 – Angelim , em frente a Praça do Viva Angelim. Fones: (98) 3246 7870/ 8124 8686. Secretária Cleude Dutra.
Agendamento de entrevistas: Virgínia Diniz, coordenação do Ministério da Comunicação Social – 8856-2821 
e-mail: vidomac@hotmail.com 
Acompanhe pelo: www.rccsaoluisma.com.br ou @rccsaoluisma / @rccma
Facebook RCC São Luís MA

* Alterações feitas pelo titular do Blog, que também é coordenador do  Ministério de Música e Artes da RCC da Arquidiocese de São Luís-ma e membro da comissão organizadora do evento.
 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vaticano confirma data da visita do Papa Bento XVI ao Rio em 2013


Por 
 Rocélia Santos* 

Jovens de todo o mundo são esperados para a Jornada Mundial da Juventude, tradicional encontro com o Papa que terá como palco a cidade do Rio de Janeiro




O Vaticano confirmou ontem, 13, a data da visita do Papa Bento XVI ao Rio de Janeiro: Será entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, por ocasião da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013, que reunirá jovens de todo o mundo na cidade maravilhosa. A data oficial foi decidida durante a reunião entre o Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), que é o Comitê Organizador Central da Jornada, e a comissão do Comitê Organizador Local (COL) do Rio, que está em Roma desde ontem.

Estão participando pelo COL o presidente da comissão e arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, os dois bispos auxiliares que acompanham mais diretamente a Jornada, Dom Antônio Augusto Dias Duarte e Dom Paulo Cezar Costa, monsenhor Joel Portella Amado, da coordenação geral, e os padres Márcio Queiroz, responsável pela Comunicação, e Renato Martins, responsável pelos Atos Centrais.

Entre as questões estão sendo tratadas está também a escolha da logomarca da JMJ Rio2013. Um concurso foi realizado para a escolha do símbolo oficial e mobilizou pessoas de todo o Brasil e de outros países que enviaram seus trabalhos ao COL. Os melhores desenhos foram selecionados e levados pela Comissão ao PCL, que escolheu a logo finalista. Segundo Dom Orani João Tempesta, em breve será anunciada a data para apresentação oficial da logo.

A comissão retorna ao Rio amanhã e está prevista uma reunião de todos os setores do Comitê para que seja apresentado o que foi ratificado e o que foi retificado do documento de trabalho do COL, que contem os projetos de cada setor.

JMJ
A Jornada Mundial da Juventude é um encontro internacional de jovens para celebrar a mensagem de amor, paz e união pregada por Jesus Cristo. Idealizada pelo beato João Paulo II, o encontro dura aproximadamente uma semana. A última edição da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu cerca de dois milhões de jovens do mundo inteiro.
O Brasil já vive o clima da Jornada, com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora no Brasil. Os símbolos da JMJ percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013. Para acompanhar de perto o trajeto da cruz, a JMJ Rio2013 lançou o aplicativo “Siga a Cruz” para tablets,  Iphone e android. Também em preparação a este grandioso evento, está em andamento o Concurso para a escolha da letra do Hino da JMJ Rio2013 que, assim como a Logo, formam a identidade do evento.

*Assessoria de Imprensa JMJ Rio2013
Informações: (21) 35496730

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

CENSO MOSTRA A EVOLUÇÃO NA PRESENÇA DA IGREJA CATÓLICA NO BRASIL

As mudanças na configuração da Igreja no Brasil, registradas no novo Anuário Católico 2012 que acaba de ser lançado pelo CERIS – Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais – trazem, entre outros dados, um retrato do atual quadro no aumento do número de paróquias, dioceses, bem como o significativo aumento no número de sacerdotes e diáconos permanentes. O Anuário 2012 está sendo distribuído pela Promocat e já pode ser adquirido pelo site www.guiacatolico.com/assine , pelo email assinaturas@promocat.com.br ou pelo telefone             (11) 2099 6688      .
A relação entre presbítero por habitante que mede a capacidade de atendimento a população católica do Brasil, também diminuiu, confirmando a presença da Igreja em todos os municípios brasileiros. Assim, as necessidades de conversão pastoral apontadas pela Conferência de Aparecida parecem encontrar respostas positivas. Dentre as mudanças que o Censo revela, nas suas diversas vertentes, chamadas aqui de evolução da Igreja no Brasil, estão contempladas, por exemplo:
-A evolução do número de paróquias por regional da CNBB (1940-2010) e a média de crescimento anual destas neste período;
-A evolução do número de circunscrições eclesiásticas (1991-2010);
-A evolução do número de diáconos permanentes neste mesmo período;
-A evolução do número de presbíteros brasileiros e estrangeiros (1970-2010);
-A estagnação do número de religiosas,  incluindo professas, noviças e professasegressas;
-A evolução do número de presbítero por habitantes (1970-2010);
-A relação entre habitantes por presbítero (1970-2010) e o percentual da evolução destes indicadores nos anos de 1990 a 2010, entre outros dados.
Esta amostragem do CERIS contesta, por um lado, teorias como a da secularização e a do enfraquecimento da Igreja Católica, que perde fiéis para outras denominações religiosas, ou mesmo para o ateísmo, como algumas pesquisas censitárias apontam. E por outro, reforça a tese de Zygmunt Bauman de que a busca pela  comunidade religiosa,  a Igreja ou a vida sacerdotal, é a busca por segurança em um mundo de inseguranças... veja mais

Missa encerra festejo de Nossa Senhora da Conceição

Do imirante.com


A paróquia do Monte Castelo realizou uma missa campal no aterro do Bacanga.
TV Mirante
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SÃO LUÍS - Nas comunidades do Anil e Monte Castelo é celebrado hoje (8), o encerramento do festejo de Nossa Senhora da Conceição. A paróquia do Monte Castelo realizou uma missa campal no aterro do Bacanga, seguida de procissão até o santuário, na avenida Getúlio Vargas.
Assista à reportagem da TV Mirante.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dom Vilson Basso recebeu título de cidadão maranhense na Assembleia Legislativa



Dom Vilson Basso durante a Jornada Mundial da Juventude, 2011 em Madri

Da Assecom Dep. Bira

A Assembleia Legislativa do Maranhão, atendendo ao Projeto de Resolução Legislativa n.º 042/2011, de autoria do deputado Bira do Pindaré (PT), realizou, na manhã desta quarta-feira (07), uma Sessão Solene para a entrega do título de cidadão maranhense a Dom Vilson Basso, bispo de Caxias-MA.
Compuseram a mesa para entrega do título: o Bispo Dom Vilsom Basso; Dom Geraldo Dantas, Bispo Emérito de São Luís; Dom José Carlos, Bispo Auxiliar; Humberto Coutinho, Prefeito de Caxias; Padre Romilton, provincial dos Padres Dehonianos do Maranhão; Padre Mendes, representante da Diocese de Caxias; Senhora Silvana, representante da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de São Luís e a Doutora Helena Duailibe, vice-prefeita de São Luís.
Bira do Pindaré lembrou que quando foi eleito Deputado Estadual tinha resistência em oferecer títulos de cidadão maranhense. No entanto Dom Vilsom é muito mais que merecedor desta justa homenagem. O parlamentar apresentou uma breve biografia de Dom Vilsom.
Dom Vilsom Basso nasceu no Rio Grande do Sul nas Barrancas em Lajeado Capivara no dia 16 de Fevereiro de 1960, cursou os primeiros anos de ensino fundamental na Escola Nossa Senhora Parecida, em Lajeado/Capivara e aos 11 anos entrou no Seminário dos Padres no Sagrado Coração de Jesus em Crissiumal no Rio Grande do Sul em 71. Nos anos 72 a 74 concluiu o primeiro grau em Corupá/Santa Catarina, o segundo grau em Curitiba no Paraná, de 75 a 77, em 1978 entrou no noviciado em Jaraguá do Sul em Santa Catarina.
Dom Vilson Basso em Roma, durante visita ao Santo Padre Bento XVI,2010.
Em 82 iniciou os estudos de Teologia do Instituto Teológico do Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté/São Paulo. Em 1979 começou a acompanhar o trabalho com a juventude em Brusque/Santa Catarina, em 85 fez seus votos perpétuos, em fevereiro recebeu o Diaconato em maio e foi ordenado Sacerdote em 28 de dezembro daquele mesmo ano. Em janeiro de 1986 enviado como missionário ao Maranhão onde trabalhou em Santa Inês, São Luís e Alto Alegre do Pindaré, foi também assessor da Pastoral da Juventude da Diocese de Viana e na Arquidiocese de São Luís, o Regional Nordeste V e também da CNBB.
Entre 94 a 98 trabalhou como assessor Nacional da Pastoral da Juventude do Brasil no setor juventude da CNBB em Brasília. Em 1998 retornou as missões no Maranhão, onde trabalhou como pároco em Santa Luzia do Tide. Nos anos de 2008 a 2010 foi formador do Seminário Propedêutico dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. No dia 19 de março de 2010 foi nomeado Bispo de Caxias pelo Papa Bento XVI, sucedendo Dom Luis de Andreia 76 anos, que teve seu pedido de renuncia aceito por causa da idade. A ordenação episcopal de Dom Vilsom aconteceu no dia 30 de maio de 2010, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde em cinquentenário Tuparendi Rio Grande do Sul e a missa de posse aconteceu no dia 19 de junho, daquele mesmo ano no ginásio municipal da cidade de Caxias.
Bira do Pindaré ressaltou a importância que Dom Vilson Basso teve na sua formação política, religiosa e de militância. A Bíblia nos explica o milagre da vida e da solidariedade. A vocação de Dom Vilson não pode ser nunca contestada, sempre seguindo o caminho da sua consciência.
“Por essa razão é que a gente propôs esse título e eu espero, espero grandemente que a gente possa fazer desse título uma homenagem a todos aqueles que sonham, que lutam como estou vendo aqui diversos companheiros e companheiras que tem essa mesma história que eu tive de Pastoral de Juventude”, disse Bira.
A deputada Cleide Coutinho (PSB) também prestou homenagens ao Bispo de Caxias. Ela ressaltou o compromisso dele com os movimentos sociais, religiosos e o trabalho em resgate aos mais de 600 mil fiéis que a diocese de Caxias abrange. “É com muita honra que o Maranhão e a cidade de Caxias recebem seu mais novo filho”, celebrou Cleide.
Junto ao povo, na Diocese de Caxias-MA 
Dom Vilsom recebeu muito emocionado das mãos do deputado Bira o título de cidadão maranhense. O Bispo disse que aprendeu a amar a cultura, os costumes e a maneira de viver dos maranhenses. “Agradeço de maneira especial o Bira, que conheci na Pastoral da Juventude. Te parabenizo pela história que construístes e aqui nesta homenagem que é dirigida a mim. Além da diocese de Caxias quero saudar também a Pastoral da juventude e os assessores desde 1986”, reconheceu Dom Vilsom.
Bira encerrou a Sessão agradecendo todos que estiveram presentes a solenidade e cantando uma canção que foi ensinada por Dom Vilson Basso. “Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar, e nesse dia os oprimidos, em uma só voz a liberdade iram cantar. Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar, e nesse dia os oprimidos, em uma só voz a liberdade iram cantar. Viva Dom Vilsom Basso! Viva a luta do Povo de Deus! Viva a luta do povo maranhense”, concluiu.

A Imaculada Conceição e a história do Dogmas Marianos !

Estamos nos aproximando da Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, dia 08 de Dezembro.

Aqui está a história dos “Dogmas Marianos!”

 1. Maria sempre virgem.


A Igreja tem constantemente manifestado a própria fé na virgindade perpétua de Maria. Os textos mais antigos, quando se referem à concepção de Jesus, chamam Maria simplesmente “Virgem”, deixando contudo entender que consideravam essa qualidade como um fato permanente, referido à sua vida inteira.
Os cristãos dos primeiros séculos expressaram essa convicção de fé mediante o termo grego aeiparthenos – “sempre virgem” – criado para qualificar de modo singular e eficaz a pessoa de Maria, e exprimir numa só palavra a fé da Igreja na sua virgindade perpétua. Encontramo-lo usado no segundo símbolo de fé de Santo Epifânio, no ano 374, em relação à Encarnação: o Filho de Deus “encarnou-Se, isto é, foi gerado de modo perfeito pela Santa Maria, a sempre Virgem, por obra do Espírito Santo” (Ancoratus, 119,5; DS 44).

A expressão “sempre Virgem” é retomada pelo II Concílio de Constantinopla (553), que afirma: o Verbo de Deus, “tendo-Se encarnado da santa gloriosa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, nasceu dela” (DS 422). Esta doutrina é confirmada por outros dois Concílios Ecumênicos: o Lateranense IV (1215) (DS 801) e o Concílio de Lião (1274) (DS 852), e pelo texto da definição do dogma da assunção (1950) (DS 3903), no qual a virgindade perpétua de Maria é adotada entre os motivos da sua elevação, em corpo e alma, à glória celeste.

Mediante uma fórmula sintética, a tradição da Igreja apresentou Maria como “virgem antes do parto, no parto, e depois do parto”, reafirmando, através da indicação destes três momentos, que ela jamais cessou de ser virgem. Das três, a afirmação da virgindade “antes do parto”, é, sem dúvida, a mais importante, porque se refere à concepção de Jesus e toca diretamente o próprio mistério da Encarnação. Desde o início ela está constantemente presente na fé da Igreja.

A virgindade “no parto” e “depois do parto”, embora contida implicitamente no título de virgem, atribuído a Maria já nos primórdios da Igreja, torna-se objeto de aprofundamento doutrinal no momento em que alguns começam implicitamente a pô-la em dúvida. O Papa Ormisdas esclarece que “o Filho de Deus Se tornou filho do homem, nascido no tempo como um homem, abrindo no nascimento o seio da Mãe (cf. Lc 2, 23) e, pelo poder de Deus, não destruindo a virgindade da Mãe” (DS 368). A doutrina é confirmada pelo Concílio Vaticano II, no qual se afirma que o Filho primogênito de Maria “não só não lesou a sua integridade virginal, mas antes a consagrou” (LG 57). Quanto à virgindade depois do parto, deve-se antes de tudo observar que não há motivos para pensar que a vontade de permanecer virgem, manifestada por Maria no momento da Anunciação (Lc 1,34), tenha sucessivamente mudado. Além disso, o sentido imediato das palavras: “Mulher, eis aí o teu filho”, “Eis aí a tua Mãe” (Jo 19,26-27), que Jesus da cruz dirige a Maria e ao discípulo predileto, faz supor uma situação que exclui a presença de outros filhos nascidos de Maria. Os negadores da virgindade depois do parto pensaram encontrar um argumento comprovante no termo “primogênito”, atribuído a Jesus no Evangelho (Lc 2,7), como se essa locução deixasse supor que Maria tenha gerado outros filhos depois de Jesus. Mas a palavra “primogênito” significa literalmente “Filho não precedido por outro” e, em si, prescinde da existência de outros filhos. Além disso, o evangelista ressalta esta característica do Menino, pois ao nascimento do primogênito estavam ligadas algumas importantes observâncias próprias da lei judaica, independentemente do fato que a Mãe tivesse dado à luz outros filhos. Todo o filho único estava, pois, sob essas prescrições porque “o primeiro a ser gerado” (cf. Lc 2,23).

Segundo alguns, a virgindade de Maria depois do parto seria negada por aqueles textos evangélicos que recordam a existência de quatro “irmãos de Jesus”: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13, 55-56; Mc 6,3), e de suas diversas irmãs. É preciso recordar que, tanto em hebraico como em aramaico, não existe um vocábulo particular para exprimir a palavra “primo” e que, portanto, os termos “irmão” e “irmã” tinham um significado muito amplo, que abrangia diversos graus de parentesco. Na realidade com o termo “irmãos de Jesus” são indicados “os filhos duma Maria discípula de Cristo” (cf. Mt 27,56), designada de modo significativo como a “outra Maria” (Mt 28,1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão conhecida do Antigo Testamento” (Catecismo da Igreja Católica, n. 500).
Maria Santíssima é, pois, a “sempre Virgem”. Esta sua prerrogativa é a consequência da maternidade divina, que a consagrou totalmente à missão redentora de Cristo.
por
DO Livro: A VIRGEM MARIA “58 CATEQUESES DO PAPA JOÃO PAULO II”
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2.Maria Mãe de Deus

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A palavra maternidade (condição de mãe) e divina (proveniente de Deus), nos leva a uma única pessoa: Maria. Deus queria fazer-se homem e escolheu sua Mãe em quem colocou todos os dons e virtudes, a fim de preparar sua morada em seu seio virginal. A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se à virgem Maria como à Mãe de Jesus, mas também a reconhece-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencente ao patrimônio da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso, no ano 431.
Ao confessar que Maria é “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe e com a definição da maternidade divina de Maria, os Padres da Igreja evidenciaram a sua fé na divindade de Jesus Cristo. A expressão “Mãe de Deus” remete ao Verbo de Deus que, na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina.

Vários autores comentam o fato da veracidade da Igreja na afirmação da maternidade divina fazendo o seguinte raciocínio:
“Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, as naturezas humanas de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem.Logo Nossa Senhora, Mãe de Nosso senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus.Se negarmos a maternidade de nossa senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairemos no absurdo de dizer que Deus é mortal.”
Na sagrada tradição da Igreja os Apóstolos de Cristo já se manifestavam com a maternidade divina de Maria:

Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André“Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu”. (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.)
Veja agora o testemunho de São João Apóstolo
 : “Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido a carne humana.” (S. João Apost. Ibid)

São Tiago
 : “Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus” (S. Jac. in Liturgia)
São Dionísio Areopagita
 : “Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes.” (S. Dion. in revel. S. Brigit.)
Orígenes escreveu
 : “Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe” (Orig. Hom I, in divers. – Sec. II )
Santo Atanásio diz: “Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta.” (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.)
Santo Efrém
 : “Maria é Mãe de Deus sem culpa” (S. Ephre. in Thren. B.V.).

São Jerônimo
 : “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus”. (S. Jerôn. in Serm. Ass. B.V.).
Santo Agostinho
 : “Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus”. (S. Agost. in orat. ad heres.).
Todos os Santos Padres afirmaram em amor e veneração a maternidade divina por Nossa Senhora.
 Cansaria-me em citar todos os testemunhos primitivos.

Agora uma surpresa. Lutero e Calvino sempre veneraram a Santíssima Virgem. Veja abaixo a testemunho dos pais da Reforma:
“Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.” (Martinho Lutero no comentário do Magnificat – cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista Jesus vive e é o Senhor).

“Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste” (Martinho Lutero – Deutsche Schriften, 14,250).
“Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Calvino – Comm. Sur I’Harm. Evang., 20) 


A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.
Fonte: Com.Shalom
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3.A Assunção da Virgem Maria

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O Dogma da Assunção tem como referência a Mãe de Deus, que logo após sua vida terrena foi levada em corpo e alma à Glória Celestial.

Este Dogma foi proclamado pelo Para Pio XII, em 1º de novembro de 1950, na Constituição Munificentisimus Deus:“Depois de elevar a Deus muitas reiteradas preces e invocar a Luz do Espírito da Verdade para a Glória de Deus onipotente, que outorga a Virgem Maria sua benevolência, para honra de seu filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para aumentar a glória da mesma Mãe Augusta e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta de corpo e alma à Glória dos Céus”.
Entretanto, por que é importante para que nós católicos recordemos e aprofundemos o Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu? O Novo Catecismo da Igreja Católica responde a esta pergunta:
“A Assunção da Santíssima Virgem, constitui uma participação única na ressurreição de seu filho e uma antecipação da ressurreição dos demais cristãos (CIC 966)”.
 
A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, tem como efeito a relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e a nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, se encontra entre a ressurreição de Cristo e a nossa, isto é: uma antecipação de nossa própria ressurreição.

O Novo Catecismo da Igreja Católica (CIC 966) nos explica, citando a Lúmen Gentium 59, que conseqüentemente cita a Bula da Proclamação do Dogma: “Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada de toda mancha do pecado original, terminado o curso de sua vida na terra, foi levada à Glória dos Céus, e elevada ao Trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada plenamente a seu filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado da morte”.

Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explica o mesmo nos seguintes termos:
“O Dogma da Assunção afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos será no fim do mundo, para Maria a glorificação de seu corpo se antecipou por privilégio único (JP II, 2-julho-1997).



“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito à humanidade: depois de Cristo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos escolhidos mediante da ressurreição dos corpos”. (JP II, Audiência Geral de 9 de julho de 1997) 

Continua o Papa: “Maria Santíssima nos mostra o destino final daqueles que ‘escutam a palavra de Deus e a cumprem’ (Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas, onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde está também a humilde serva de Nazaré, em sua glória celestial” (JP II, 15-agosto-1997).

O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu convida-nos a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terra, sobre nosso último fim: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os anjos e santos do Céu. Ao saber que Maria está no Céu, gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido àqueles que fazem a vontade de Deus, renova-nos a esperança em nossa imortalidade futura e a felicidade perfeita para sempre. 
Fonte: Virgem Peregrina
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4.A Imaculada Conceição

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Uma dos dogmas da Igreja mais mal compreendidos hoje em dia é o da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria.Um dogma é uma verdade de fé que deve ser crida por todo cristão (como a Triunidade de Deus, a inerrância da Escritura, etc.). Assim, todo cristão deve crer na Imaculada Conceição.
Mas o que significa “Imaculada Conceição”? Ao contrário do que muitos pensam, não é o fato de Jesus ter nascido sem que Nossa Senhora perdesse a virgindade; isso é a Virgindade Perpétua de Nossa Senhora, não sua Imaculada Conceição. A Imaculada Conceição é o fato de nossa Senhora ter sido concebida sem Pecado Original, não tendo jamais pecado nem tido vontade de pecar.

O Pecado Original é aquilo que herdamos de nossos pais, e eles de seus pais, etc., até Adão. Desde que Adão e Eva escolheram dizer “não” a Deus, pecando por soberba ao quererem ser deuses no lugar de Deus, seus descendentes carregam esta “doença genética”, transmitida de pai para filho. Os efeitos do Pecado Original são: na alma a tendência a fazer o mal e a inimizade para com Deus; no corpo a doença, velhice, e finalmente a morte. Nossa Senhora foi salva no instante mesmo de sua concepção, no instante em que a alma criada por Deus era infusa no embrião gerado naquele instante de maneira totalmente normal por S. Joaquim e Sant’Ana, os pais da Santíssima Virgem. Ela foi preservada do Pecado Original, sendo salva não da maneira comum (pelo Batismo), mas de maneira tal que a preservou de cometer pecados ou sequer desejar cometê-los, ficar jamais doente, etc.

Podemos comparar esta diferença a uma outra situação: se uma pessoa cai em um poço e alguém vai e a tira de lá, esta pessoa foi “salva” pela que a tirou. Se, porém, esta pessoa está caindo no poço, está à beira do poço pronta para cair e alguém a segura com força e a puxa para fora, impedindo que caia, podemos também dizer que ela foi “salva” por quem a puxou. Nossa Senhora foi salva como quem é “salvo” de cair no poço, ao invés de ser salva como quem já caiu dentro dele, sujou-se todo e se machucou (o que é o nosso caso).
Isto era necessário, por uma razão muito simples: Deus a preparou, a “planejou”, por assim dizer, desde a queda de Adão para carregar a Deus em seu ventre (Gn 3,15). Seu Filho não era um menino qualquer que depois “virou Deus”; Ele era, Ele é Deus desde sempre. A partir de Sua concepção na Virgem Maria pelo Espírito Santo (Lc 1,31), Ele tomou a nossa natureza humana, sem perder a Sua natureza divina, e a segunda Pessoa da Santíssima Trindade fez-se homem; “O Verbo se fez Carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Como já vimos, o Pecado Original é transmitido de pai para filho (ou de mãe para filho…). Jesus, sendo Deus, não poderia jamais ser ao mesmo tempo Seu próprio inimigo, ser ao mesmo tempo alguém que, como nos explica São Paulo, é escravo do demônio (Hb 2,14-15) , por tender ao pecado em virtude das conseqüências do Pecado Original. “Ora”, poderia dizer alguém que nega a Imaculada Conceição, “mas Jesus poderia transformar o Seu próprio corpo e Sua própria alma para arrancar destes o Pecado Original, ou simplesmente impedir que ele fosse transmitido”.

Isso, porém, não faria sentido: Em Ex 25,10-22, nós vemos o cuidado de Deus nas instruções para a preparação da Arca da Aliança, destinada a portar as Tábuas onde Deus escreveu a Lei dada a Moisés (Dt 10,1-2). Para portar a Palavra de Deus, Ele manda que os homens façam uma arca de maneira muitíssimo cuidadosa e detalhada, de ouro e madeira de acácia, materiais nobres e puros. Esta Arca não pode sequer ser tocada por mãos impuras! Em 2Sm 6,6-7, vemos como Oza, filho de Abinadab, percebe que os bois que carregavam o carro da Arca tropeçaram e a apara com as mãos; ele cai morto, fulminado no ato!
O que Deus não faria então para preparar aquela que portaria não uma criatura de Deus (Sua Palavra), mas o próprio Senhor em seu ventre, aquela cujo sangue alimentaria o Verbo feito Carne, cujo leite nutriria a Deus feito homem? Se tocar a Arca que continha a Palavra bastava para matar uma pessoa bem-intencionada, que queria apenas impedir que ela caísse ao chão e se sujasse, será que Cristo poderia ser concebido e Se desenvolver em um útero impuro e escravizado ao demônio pelo Pecado Original?!

Vemos como A Santíssima Virgem foi preservada do Pecado Original também em Lc 1,28, quando o Anjo Gabriel chega a Nossa Senhora e a saúda com as palavras “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres“. Como alguém que fosse um escravo do demônio, alguém que peca e tornará a pecar, poderia ser “cheia de graça”? Além disso, a reação de Nossa Senhora também é muito diferente da reação, que pode ser vista no mesmo capítulo, de Zacarias à chegada de um anjo: enquanto Nossa Senhora não se assusta nem um pouquinho, e medita sobre as palavras que o anjo disse, Zacarias fica perturbado e com medo antes mesmo do anjo falar. O que Zacarias faz não é estranho; é essa a reação de todos os que, carregando em seu corpo e em sua alma o Pecado Original, vêem-se face-a-face com um anjo; podemos ver, por exemplo, que esta é a mesmíssima reação que têm os pastores a quem o anjo anuncia o nascimento de Cristo (Lc 2,9).

Alguns, para negar este dogma, dizem que Nossa Senhora não teria cumprido (Lc 2,22) os rituais de purificação, que incluem uma oferenda pelo pecado (Lv 12,2-8), caso fosse mesmo preservada do Pecado original por Deus. Ora, o Evangelista nos diz que “foram concluídos os dias da purificação de Maria segundo a Lei de Moisés”(Lc 2,22), não que ela tivesse realmente ficado impura ou pecado (o pecado que precisava de um sacrifício para purificação é a promessa inconsciente que toda mulher faz em meio às dores do parto: nunca mais ter outro filho. Ora, a dor do parto é, como vemos em Gn 3,16, outra conseqüência do Pecado Original). Nossa Senhora fez o sacrifício para submeter-se à Lei, como Cristo o fez (Gl 4,4), apesar de não precisar (Cf. Mt 17,23-26): para não ser causa de escândalo (Mt 17,26) e dar exemplo de obediência, para que saibamos que devemos obedecer à Lei de Cristo como Ele obedeceu à de Moisés.

Outros dizem que a frase de São Paulo em Rm 3,23 (“todos pecaram”) seria também aplicável à Santíssima Virgem, que teria assim pecado. Ora, se assim fosse, Nosso Senhor Jesus Cristo também teria pecado… Além disso o mesmo Apóstolo, na mesma Epístola, refere-se aos que não pecaram, em Rm 5,14. Muitos outros exemplo podemos encontrar de uso desta expressão generalizante (“todos pecaram”) sem que seja realmente todos, sem exceção: em Mt 4,24, diz-se que “trouxeram-Lhe todos os que tinham algum mal”, mas dificilmente todos os doentes da Síria teriam ido à Galiléia, passando por montanhas e desertos; em Jo 12,19, diz-se que “todo o mundo vai após” Jesus; será que realmente todas as pessoas, sem exceção, O seguem? Quem dera! Do mesmo modo, em Mt 3,5-6, vemos que a gente de “toda a Judéia e toda a terra dos arredores do Jordão” ia ser batizada por São João Batista; será que todos, inclusive Herodes, Rei da Judéia, que depois o mandou matar, todos os fariseus e saduceus, todos, sem exceção, foram ser batizados por São João? Será que “todo o povo” (Mt 27,25), sem exceção, assumiu a responsabilidade da morte de Cristo? Será que “todo o povo” que morava perto do mar (Mc 2,13) ou que vivia na Cesaréia de Filipe (Mc 9,14) foi ouvir a Cristo, sem ficar nem unzinho em casa?
Dificilmente. Assim, além da exceção já evidente de Cristo na expressão generalizante usada por São Paulo em Rm 3,23 (“todos pecaram”), vemos que o uso desta palavra para significar “a maioria”, ou “quase todos”, não é restrito de modo algum a esta frase. O que podemos dizer então, senão o que disse o Anjo a Nossa Senhora?
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres…
Autor: Carlos Ramalhete

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Suicídio: Por quê?


Por 
Diácono José Antônio Jorge*
Do Site cnd.org.br




A freqüência com que nos deparamos com a prática do suicídio - um ato insano de se tirar a própria vida – deve levar os pais, educadores, teólogos e ministros religiosos a uma profunda reflexão. Quais as causas que levam uma pessoa a se desfazer, de uma forma violenta, do bem mais precioso que temos - a vida? Vivemos num mundo vítimas da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana . Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Não temos estatísticas exatas sobre suicídios, pois 50% deles são rotulados como acidentes. Nos Estados Unidos, setenta e cinco por cento das pessoas que tentam o suicídio e não morrem são jovens. Quais os fatores: carência afetiva, rejeição, baixa auto estima, falta de sentido da vida? Ausência de Deus no cotidiano das pessoas? Idolatria do ter e menosprezo do ser?
O ser humano, nesta busca louca do “ter” e de “competir”, é vítima da paranóia e depressão cada vez mais precoces. O excesso de responsabilidade e a carga horária pesada colocada sobre os jovens tem sido a grande causa da depressão. A criança não tem tempo de desfrutar poder ser criança.
Entre os distúrbios afetivos um acontecimento perigoso que facilita o suicídio é o isolamento. No caso da cantora inglesa, que demonstrava instabilidade emocional é incrível pensar que a mãe esteve com ela dois dias antes, notou nela algo estranho, desconcertante, doentio e não procurou, aparentemente, ampará-la com a companhia, a presença, o afeto, o calor humano. Também o moço que produziu um massacre na Noruega fazia cinco anos que não tinha contato com o pai. Vejam os frutos da desestruturação da família! Num momento de angústia e depressão a falta de um ombro amigo e um coração generoso pode desestabilizar a pessoa que sofre e levá-la a atos contrários à própria natureza humana. Nestas circunstâncias a pessoa busca na morte um sentido para a vida!
O filósofo Norbert Elias diz que a morte é um problema dos vivos. Mortos não têm problemas! Há, porém, um outro tipo de suicídio que costuma acontecer primeiro quando uma pessoa perde a fé: trata-se do suicídio espiritual. São Francisco de Sales andou entre os suíços e os habitantes da Savóia tratando de prevenir que cometessem um suicídio espiritual por causa dos escândalos que grassavam entre aqueles povos.
Se de duas coisas não podemos escapar – a morte e os impostos – vamos aprender a valorizar a vida! Encarar a morte não como uma fatalidade, ou um fim em si mesma, mas como um destino para uma realidade muito maior. Mas, antes de chegar este momento, vamos curtir e ajudar os outros a saborear tudo o que o dom mais precioso nos pode oferecer: a vida. Parafraseando Francisco Xavier: a vida deve ser construída nos sonhos, mas concretizada no amor!


*Arquidiocese de Campinas

Mestre em Teologia e autor do Dicionário Informativo Bíblico, Teológico e Litúrgico e do livro “Escuta Cristã” da Editora Vozes.

sábado, 3 de dezembro de 2011

RCC de São Luís-MA, reelege Francisco Camelo coordenador arquidiocesano.

Durante a assembléia arquidiocesana realizada nesta manhã na Associação Cristo Rei, sede da Renovação Carismática Católica de São Luís-MA, Francisco Camelo foi reeleito para coordenar a RCC de São Luís durante o biênio 2012-2013. No sábado passado, ele já tinha sido reeleito para a presidir a coordenação estadual do Maranhão.Parabéns a todos da RCC  pela escolha!
Mais informações no Site da RCC de São Luís-ma


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CNBB divulga nota sobre o Código Florestal

 Do Blog da CNBB



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã desta quinta-feira, 1º de dezembro, uma Nota sobre o Código Florestal na qual expressa sua preocupação pela possível aprovação do projeto com a falta de algumas “correções necessárias”.“O projeto, ao manter ocupações em áreas ilegalmente desmatadas (Artigos 68 e 69) e permitir a recuperação de apenas metade do mínimo necessário para proteger os rios e a biodiversidade (Artigos 61 e 62), condena regiões inteiras do país a conviver com rios agonizantes, nascentes sepultadas e espécies em extinção”, destaca a CNBB em um trecho da Nota.
Ainda no texto, a Conferência sublinha que o projeto “não representa equilíbrio entre conservação e produção, mas uma clara opção por um modelo de desenvolvimento que desrespeita limites da ação humana”.
Leia, abaixo, a Nota na íntegra
Nota da CNBB sobre o Código Florestal

O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos bispos do Brasil - CNBB, reunido nos dias 29 e 30 de novembro de 2011, vem manifestar sua preocupação com a possível aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro. Já aprovado nas devidas Comissões do Senado Federal, o novo Código Florestal, tão necessário ao Brasil, embora tenha obtido avanços pontuais na Comissão do Meio Ambiente, como um capítulo específico para a agricultura familiar, ainda carece de correções.
O projeto, ao manter ocupações em áreas ilegalmente desmatadas (Artigos 68 e 69) e permitir a recuperação de apenas metade do mínimo necessário para proteger os rios e a biodiversidade (Artigos 61 e 62), condena regiões inteiras do país a conviver com rios agonizantes, nascentes sepultadas e espécies em extinção. Sob o pretexto de defender os interesses dos pequenos agricultores, esta proposta define regras que estenderão a anistia a quase todos os proprietários do país que desmataram ilegalmente.
O projeto fragiliza a proteção das florestas hoje conservadas, permitindo o aumento do desmatamento. Os manguezais estarão abertos à criação de camarão em larga escala, prejudicando os pescadores artesanais e os pequenos extrativistas. Os morros perderão sua proteção, sujeitados a novas ocupações agropecuárias que já se mostraram equivocadas. A floresta amazônica terá sua proteção diminuída, com suas imensas várzeas abertas a qualquer tipo de ocupação, prejudicando quem hoje as utiliza de forma sustentável. Permanecendo assim, privilegiará interesses de grupos específicos contrários ao bem comum.
Diferentemente do que vem sendo divulgado, este projeto não representa equilíbrio entre conservação e produção, mas uma clara opção por um modelo de desenvolvimento que desrespeita limites da ação humana.
A tão necessária proteção e a diferenciação mediante incentivos econômicos, que seriam direcionados a quem efetivamente protegeu as florestas, sobretudo aos agricultores familiares, entraram no texto como promessas vagas, sem indicativo concreto de que serão eficazes.
Insistimos que, no novo Código Florestal, haja equilíbrio entre justiça social, economia e ecologia, como uma forma de garantir e proteger as comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas e de defender os grupos que sabem produzir em interação e respeito com a natureza. O cuidado com a natureza significa o cuidado com o ser humano. É a atenção e o respeito com tudo aquilo que Deus fez e viu que era muito bom (cf. Gn 1,30).
O novo Código Florestal, para ser ético, deve garantir o cuidado com os biomas e a sobrevivência dos diferentes povos, além de preservar o bom uso da água e permitir o futuro saudável à humanidade e ao ecossistema.
Que o Senhor da vida nos ilumine para que as decisões a serem tomadas se voltem ao bem comum.
Brasília-DF, 30 de novembro de 2011