Mais de cinco mil pessoas são esperadas, segundo cálculos da arquidiocese de São Luís, na celebração de Corpus Christi programada para quinta-feira (19), no Estádio Nhozinho Santos. A celebração é uma das mais tradicionais da igreja católica e acontece sempre na quinta-feira depois do dia de Pentecostes.

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Celebração percorrerá algumas ruas do Centro de São Luís (Foto: Biaman Prado)
Norteado pelo tema ‘A Eucaristia nos faz Igreja’, o evento está marcada para iniciar às 15h, com a concentração e chegada dos fiéis. Em seguida acontecerão shows de bandas católicas. A missa solene será presida pelo arcebispo de São Luís, dom José Belisário da Silva. Também devem participar da missa padres e diáconos representando as mais de 50 paróquias da arquidiocese.
Após a missa será realizada uma grande procissão luminosa percorrendo algumas das mais tradicionais ruas do Centro de São Luís. Os fiéis seguirão pela Rua Doze, Avenida Getúlio Vargas, Rua Grande, Travessa Galpão, Avenida de Castro, Rua Rio Branco, Rua da Paz, Rua do Egito, Avenida José Sarney e Avenida Dom Pedro II até a Catedral Metropolitana (Igreja da Sé), onde o arcebispo dará a benção do Santíssimo Sacramento. Durante o percurso, duas paradas para oração e reflexão vão ser realizadas: uma na Igreja Nossa Senhora do Carmo e outra na Igreja de São João Batista.
Como parte das tradições da Festa de Corpus Christi, será confeccionado na Avenida Dom Pedro II um grande tapete, feito com serragem de madeira, pó de café, corantes, cal e areia. Segundo a tradição católica, o tapete é montado com desenhos que fazem alusão à figura de Cristo, do pão, do cálice e de símbolos da religiosidade católica. Esse costume surgiu em Portugal e veio para o Brasil com os colonizadores e hoje faz parte da fé e das tradições dos católicos.
Origem
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o Papa Urbano IV, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja. A procissão com a Hóstia consagrada, conduzida em um ostensório pelas ruas, é datada de 1274. Porém, segundo historiadores, foi na época barroca que a tradição ganhou força.