quarta-feira, 11 de abril de 2012

Católicos fazem manifestação contra o aborto em São Luís-ma.


Foto: Divulgação
Contra o aborto de crianças anencefálicas, vinte católicos estiveram reunidos diante do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), no Centro Histórico de São Luís, por quase uma hora, na noite de terça-feira (10). O encontro marcado às pressas por meio do Facebook e por telefone, uma iniciativa dos próprios leigos, juntou fiéis de diferentes expressões eclesiais representando a Pastoral Familiar, Renovação Carismática Católica (RCC) e o mais novo grupo da arquidiocese da capital maranhense formado por jovens divulgadores da Missa Tridentina.
"Para mim foi uma oportunidade de expressar a unidade: cada um de nós com seu carisma, mas todos unidos pela fé e pelo respeito à dignidade da pessoa humana! É na fidelidade a nossos bispos que melhor desenvolvemos o protagonismo leigo", disse a coordenadora de comunicação da RCC, Virginia Diniz Ferreira, ao se referir sobre o breve momento de oração dos arquidiocesanos de São Luís que respondiam ao pedido de Dom Belisário, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo da arquidiocese maranhense, ao realizar um momento de intercessão defendendo o não aborto de bebês com meroanencefalia (comumente chamados de anencefálicos, com malformação no cérebro) alvo da arguição de descumprimento de preceito fundamental número 54 (ADPF nº 54) que poderá declarar constitucional o aborto desses bebês no julgamento agendado para esta quarta-feira (11), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os maranhenses escolheram o TJ-MA devido este representar a instância que mais se aproxima, simbolicamente, do STF, local em que acontece desde a terça-feira (10) a vigília em Brasília. Diante do prédio histórico, fundado em 1813, os arquidiocesanos de São Luís rezaram um terço a partir das 22h e ofereceram a récita pela vitória da cultura da vida frente ao avanço da cultura da morte que vitima bebês anencefálicos vitimados por meio de decisões judiciais que, como defendem os cidadãos pró-vida, contrariam o próprio código penal brasileiro segundo o qual o aborto somente não é punido em casos de estupro e risco de morte para a mãe, perigo que um bebê deficiente com anencefalia não representa de acordo com especialistas.
"Não tenho o costume de fazer manifestações públicas como esta. Mas não pude deixar de vir! No início marcaram o encontro para às 19h, depois mudaram para às 22h, mas não desanimei! O momento é preocupante, exige todo esforço possível por parte daqueles que defendem a vida humana e não poderia passar em branco em nossa arquidiocese!", ponderou José Lorêdo de Souza Filho, representante do grupo que divulga a Missa Tridentina na capital.
Durante a ocasião, organizada voluntariamente pelos próprios leigos estimulados pela convocação da CNBB por uma vigília de oração pela vida, solicitação feita no último sábado (7), também participaram os coordenadores estaduais da Pastoral Familiar, Arcelino da Silva Nascimento Filho e Vera Lúcia Carvalho Marvão. Apesar do tempo curto que tiveram para mobilizar membros da Pastoral Familiar, eles conseguiram trazer vários integrantes da pastoral para participar do momento de oração que, na opinião deles, marcou a noite que antecipou o dia do julgamento da ADPF nº 54.
São Luís
A arquidiocese de São Luís planeja uma caminhada na Av. Litorânea focando não somente na questão do aborto, mas também no problema do extermínio de jovens e na questão ambiental. Esse planejamento faz parte do evento que promove a Jornada Mundial da Juventude nas capitais, o Bote Fé, cuja programação acontecerá neste mês em São Luís.

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