sexta-feira, 27 de abril de 2012

Bote Fé São Luís :Programação Oficial



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A Arquidiocese de São Luís do Maranhão realiza, de 27 a 30 de abril, o Bote Fé São Luís - evento de acolhida da Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude e do Ícone de Nossa Senhora. Para cada um desses quatro dias há uma programação especial.No próximo ano (2013), o Brasil acolhe a Jornada Mundial da Juventude. O Rio de Janeiro é a cidade sede da Jornada. O Bote Fé é o nome do evento preparatório da JMJ e acontece em todas as dioceses e arquidioceses do Brasil. O de São Luís chama-se Bote Fé São Luís.
A Cruz da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora vêm da Diocese de Pinheiro, por isso vamos receber os símbolos na Ponta da Madeira. Várias autoridades devem participar, inclusive o governo do Maranhão.
O evento acontece de sexta-feira até segunda, quando os símbolos serão levados para a Diocese de Imperatriz. Aqui em São Luís, o evento inclui a passagem dos símbolos pela Ufma, Igreja da Sé, Bacabeira, Pedrinhas, Hospital Aldenora Bello, shows sábado à noite na praça Maria Aragão, carreata no Recanto do Vinhaes, na Litorânea – onde acontece o Bote Fé na Vida -, acolhida e almoço no Comando Geral da Polícia Militar, carreata até a Igreja São Francisco, peregrinação até a Igreja da Sé, Missa na Sé, inauguração do busto do João Paulo II, vigília, acolhida no Uniceuma e despedida no Colégio Santa Teresa.
Um dos momentos mais esperados é o show de sábado à noite. Primeiro as bandas locais se apresentam e depois é a vez de Zé Vicente, Davidson Silva, padre Reginaldo Manzotti e Via 33.

Programação

DIA 27/04 SEXTA FEIRA
10h00-Concentração no Porto da Ponta da Madeira(Terminal do Ferry-Boat)
11h00-Chegada da Cruz e do Icone de Nossa Senhora. Recepção com as autoridades
12h00-Saída em carreata
13h00-Chegada na Ufma
15h00-Chegada na Catedral da Sé
17h30-Celebração eucarística
19h00-Visitações
21h00-Recitação do terço
22h00-Catequeses(momentos de reflexão dos movimentos e pastorais juvenis)
DIA 28/04 SABADO
06h30-Saída para Bacabeira:Missa,palestra e adoração ao Santíssimo
12h00-Retorno de Bacabeira
14h00-Complexo penitenciário de Pedrinhas
16h00-Hospital Aldenora Bello
18h00-Chegada da Cruz da Juventude na praça Maria Aragão
21h00-Homenagem a João Paulo II
21h30-Show com bandas locais
SHOWS: APARTIR DAS 22h00
01h00-Carreata levando a Cruz e o ícone à Igreja de São Miguel Arcanjo
06h00-Alvorada e queima de fogos
DIA 29/04 DOMINGO
07h30-Carreata rumo à Igreja de São João Batista-Recanto do Vinhais
08h00-Chegada na Igreja do Vinhais Velho
09h00-Missa Campal
10h00-Inauguração do cruzeiro
10h30-Saída em direção à Avenida Litôranea
11h00-Carreata na Litôranea BOTE FE NA VIDA
12h00-Concentração no Parquinho da Litorânea
12h30-Acolhida da Cruz no Comando Geral da Polícia Militar
13h00-Almoço
14h00-Carreata em direção à Igreja de São Francisco-Bairro São Francisco
14h30-Concentração em frente à Igreja São Francisco
15h00-Início da PEREGRINAÇÃO dos jovens com a Cruz e o Icone de Nossa Senhora em direção à Catedral Metropolitana
16h30-Chegada na Catedral-Inauguração do busto do Papa João Paulo II
17h30-Santa Missa,Celebração do Envio-Domingo do Bom Pastor. Bênção solene com a Cruz e o Icone de Nossa Senhora
20h00-Vigília do Domingo

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Missa não é Opereta




Opera é um teatro todo cantado. Opereta, um teatro declamado, falado e cantado. Pode haver danças no meio. É mais ou menos isso! Os detalhes eu deixo para os especialistas em artes cênicas. Missa é culto católico, com séculos de história, que não depende de lugar para acontecer, mas, em geral, acontece num templo. Não é nem nunca foi ópera ou opereta. Quem dela participa não é ator e nem o presidente da assembléia nem os cantores podem ser sua principal atração.
Mas são! E o são por conta de um fato: a maioria não estudou ou não respeita as orientações dos especialistas de uma ciência chamada “liturgia”. Liturgia deve ser o que impede que o altar vire palco, e o lado direito ou esquerdo dele vire coxia! Regula o culto de maneira que transpareça a catequese e a teologia daquele momento. Na hora em que o presidente daquele culto, ofuscado pelas luzes e pela fama local ou nacional, e algum cantor ou cantora deslumbrado com a sua chance de mostrar seu talento roubam a cena, temos mais uma exibição de opereta, num templo católico. Gestos, corridinhas, roupas lindas, música que estoura os ouvidos, o padre onipresente, inserções aqui e ali no script do que tratam como peça de arte, vinte músicas para uma missa, as canções duram 50 minutos e as palavras da missa 12 ou 15, o sermão do padre 25… E o povo que não pagou para assistir, é convidado a deixar sua contribuição no ofertório. Na semana que vem haverá outra exibição… Isto, nos cultos em que o altar vira palco e o celebrante que poderia, sim, ser alegre, comunicativo, acolhedor, resolve se o ator principal com alguns coadjuvantes chamados banda católica. 

Nos outros cultos chamados de eucaristia e tratados como eucaristia a coisa é bem outra! Tem decoro, tem lógica, obedece-se ao conteúdo e aos textos daquele dia, as canções são verdadeiramente litúrgicas, os leitores sabem ler e não engasgam, os microfones não estouram, ninguém toca nem fala para ensurdecer, músicos não entram em competição, nenhum solista canta demais, cantores apenas lideram o povo, ninguém fica dedilhando cançõezinhas durante a consagração, como fundo para Jesus que faz o seu debut, as canções são ensaiadas e escolhidas de acordo com o tema da missa daquele dia, não se canta na hora da saudação de paz porque ninguém diz bom dia, ou como vai cantando… Tais coisas só acontecem nas operetas…
Nas missas sérias e com unção ninguém fica passando à frente ou atrás do altar, ministro não fica mexendo no altar enquanto o padre prega, padre não exagera nas vestes, não berra, não grita, não dá show de presença, tudo é feito com muita seriedade e decoro. O padre até se destaca pela seriedade. Celebra-se, dentro das nuances permitidas, o mesmo ato teológico com implicações sociais que se celebra no mundo inteiro. Todos aparecem e ninguém se destaca.
Mas receio ser inútil escrever sobre estas coisas, porque pouquíssimas bandas e pouquíssimos sacerdotes admitem que isso acontece com eles… E ai de quem disser que acontece! Mandam consultar o ibope sobre as novas missas transformadas em operetas, nas quais se privilegia mais canção do que os textos do dia. Perguntem se, depois daquele “somzão” e daquelas inserções com exorcismo, oração em línguas e outros adendos não aumentou a freqüência aos templos! É! Pois é!
Pe. Zezinho, scj
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 Fonte: http://www.rainhadosapostolos.com/2012/01/padre-zezinho-missa-nao-e-opereta.html

sexta-feira, 13 de abril de 2012

NOTA OFICIAL DA CNBB SOBRE A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO DE FETO "ANENCEFÁLICO"


Do Site da CNBB

"Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso", afirma Nota da CNBB.

E-mailImprimirPDF
arte2A Conferência Nacional dos bispos do Brasil, logo após a conclusão do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54, emitiu nota oficial  lamentando a decisão. No texto, os bispos afirmam que "Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso".
Leia a integra da Nota:
Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.
Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe.   Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção
Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.
A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Católicos fazem manifestação contra o aborto em São Luís-ma.


Foto: Divulgação
Contra o aborto de crianças anencefálicas, vinte católicos estiveram reunidos diante do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), no Centro Histórico de São Luís, por quase uma hora, na noite de terça-feira (10). O encontro marcado às pressas por meio do Facebook e por telefone, uma iniciativa dos próprios leigos, juntou fiéis de diferentes expressões eclesiais representando a Pastoral Familiar, Renovação Carismática Católica (RCC) e o mais novo grupo da arquidiocese da capital maranhense formado por jovens divulgadores da Missa Tridentina.
"Para mim foi uma oportunidade de expressar a unidade: cada um de nós com seu carisma, mas todos unidos pela fé e pelo respeito à dignidade da pessoa humana! É na fidelidade a nossos bispos que melhor desenvolvemos o protagonismo leigo", disse a coordenadora de comunicação da RCC, Virginia Diniz Ferreira, ao se referir sobre o breve momento de oração dos arquidiocesanos de São Luís que respondiam ao pedido de Dom Belisário, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo da arquidiocese maranhense, ao realizar um momento de intercessão defendendo o não aborto de bebês com meroanencefalia (comumente chamados de anencefálicos, com malformação no cérebro) alvo da arguição de descumprimento de preceito fundamental número 54 (ADPF nº 54) que poderá declarar constitucional o aborto desses bebês no julgamento agendado para esta quarta-feira (11), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os maranhenses escolheram o TJ-MA devido este representar a instância que mais se aproxima, simbolicamente, do STF, local em que acontece desde a terça-feira (10) a vigília em Brasília. Diante do prédio histórico, fundado em 1813, os arquidiocesanos de São Luís rezaram um terço a partir das 22h e ofereceram a récita pela vitória da cultura da vida frente ao avanço da cultura da morte que vitima bebês anencefálicos vitimados por meio de decisões judiciais que, como defendem os cidadãos pró-vida, contrariam o próprio código penal brasileiro segundo o qual o aborto somente não é punido em casos de estupro e risco de morte para a mãe, perigo que um bebê deficiente com anencefalia não representa de acordo com especialistas.
"Não tenho o costume de fazer manifestações públicas como esta. Mas não pude deixar de vir! No início marcaram o encontro para às 19h, depois mudaram para às 22h, mas não desanimei! O momento é preocupante, exige todo esforço possível por parte daqueles que defendem a vida humana e não poderia passar em branco em nossa arquidiocese!", ponderou José Lorêdo de Souza Filho, representante do grupo que divulga a Missa Tridentina na capital.
Durante a ocasião, organizada voluntariamente pelos próprios leigos estimulados pela convocação da CNBB por uma vigília de oração pela vida, solicitação feita no último sábado (7), também participaram os coordenadores estaduais da Pastoral Familiar, Arcelino da Silva Nascimento Filho e Vera Lúcia Carvalho Marvão. Apesar do tempo curto que tiveram para mobilizar membros da Pastoral Familiar, eles conseguiram trazer vários integrantes da pastoral para participar do momento de oração que, na opinião deles, marcou a noite que antecipou o dia do julgamento da ADPF nº 54.
São Luís
A arquidiocese de São Luís planeja uma caminhada na Av. Litorânea focando não somente na questão do aborto, mas também no problema do extermínio de jovens e na questão ambiental. Esse planejamento faz parte do evento que promove a Jornada Mundial da Juventude nas capitais, o Bote Fé, cuja programação acontecerá neste mês em São Luís.

IMAGENS DA VIGÍLIA CONTRA O ABORTO, DIANTE DO STF NESTA MADRUGADA

Dom Luiz Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos, e Prof. Hermes Rodrigues Nery na Vigília pela Vida, diante do Supremo Tribunal Federal.
Vigília pela Vida, diante do Supremo Tribunal Federal.

Vigília pela Vida, diante do Supremo Tribunal Federal.
Cantora Elba Ramalho com os jovens na Vigília pela Vida, diante do Supremo Tribunal Federal 
Deputado Eros Biondini na Vigília pela Vida, diante do Supremo Tribunal Federal. 

Vigília pela Vida, diante do Supremo Tribunal Federal
 
Cantora Elba Ramalho com os jovens na Vigília pela Vida, diante do Supremo Tribunal Federal 










domingo, 8 de abril de 2012

CNBB convoca para Vigília de Oração pela Vida na próxima quarta-feira, dia 11/04, véspera do julgamento pelo STF sobre a descriminalização do aborto de anencéfalos.


Do cnbb.org.br

cnbbNa próxima quarta-feira, dia 11/04, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza o julgamento sobre a descriminalização do aborto de anencéfalos – casos em que o feto tem má formação no cérebro. A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou nesta Sexta-feira Santa, 06/04, uma carta a todos os bispos do país, convocando para uma Vigília de Oração pela Vida às vésperas do julgamento.
Em agosto de 2008, por ocasião do primeiro julgamento do caso, a CNBB publicou uma nota que explicita a sua posição. “A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. (...)Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis.  O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso. A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede,  que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade”.
A seguir, a íntegra da carta da presidência da CNBB, bem como o texto completo da nota sobre o assunto.
Brasília, 06 de abril de 2012
P - Nº 0328/12
Exmos. e Revmos. Srs.
Cardeais, Arcebispos e Bispos
Em própria sede
ASSUNTO: Vigília de Oração pela Vida, às vésperas do dia 11/04/12, quarta feira.
DGAE/2011-2015: Igreja a serviço da vida plena para todos (nn. 65-72)
“Para que TODOS tenham vida” (Jo 10,10).
CF 2008: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
CF 2012: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8).
Irmãos no Episcopado,
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil jamais deixou de se manifestar como voz autorizada do episcopado brasileiro sobre temas em discussão na sociedade, especialmente para iluminá-la com a luz da fé em Jesus Cristo Ressuscitado, “Caminho, Verdade e Vida”.
Reafirmando a NOTA DA CNBB (P – 0706/08, de 21 de agosto de 2008) SOBRE ABORTO DE FETO “ANENCEFÁLICO” REFERENTE À ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 54 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a presidência solicita aos irmãos no episcopado:
  • Promoverem, em suas arqui/dioceses, uma VIGÍLIA DE ORAÇÃO PELA VIDA, às vésperas do julgamento pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade legal do “aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente denominadosanencefálicos” (CNBB, nota P-0706/08).
Informa-se que a data do julgamento da ADPF Nº 54/2004 será DIA 11 DE ABRIL DE 2012, quarta feira da 1ª Semana da Páscoa, em sessão extraordinária, a partir das 09 horas.
Com renovada estima em Jesus Cristo, nosso Mestre Vencedor da morte, agradecemos aos irmãos de ministério em favor dos mais frágeis e indefesos,
Cardeal Raymundo Damasceno Assis          Dom José Belisário da Silva          Dom Leonardo Steiner
Arcebispo de Aparecida                               Arcebispo de São Luiz               Bispo Auxiliar de Brasília
Presidente da CNBB                                  Vice Presidente da CNBB                 Secretário Geral da CNBB

Nota da CNBB sobre Aborto de Feto “Anencefálico”
Referente à Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 do Supremo Tribunal Federal
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em reunião ordinária, vem manifestar-se sobre a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF n° 54/2004), em andamento no Supremo Tribunal Federal, que tem por objetivo legalizar o aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente denominados “anencefálicos”, que não têm em maior ou menor grau, as partes superiores do encéfalo e que erroneamente, têm sido interpretados como não possuindo todo o encéfalo, situação que seria totalmente incompatível com a vida, até mesmo pela incapacidade de respirar. Tais circunstâncias, todavia, não diminuem a dignidade da vida humana em gestação.
Recordamos que no dia 1° de agosto de 2008, no interior do Estado de São Paulo, faleceu, com um ano e oito meses, a menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, diagnosticada com anencefalia. Quando Marcela ainda estava viva, sua pediatra afirmou: “a menina é muito ativa, distingue a sua mãe e chora quando não está em seus braços.” Marcela é um exemplo claro de que uma criança, mesmo com tão malformação, é um ser humano, e como tal, merecedor de atenção e respeito. Embora a Anencefalia esteja no rol das doenças congênitas letais, cursando com baixo tempo de vida, os fetos portadores destas afecções devem ter seus direitos respeitados.
Entendemos que os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação, (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, da Constituição Federal) referem-se também aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada todos os outros direitos são menosprezados. Uma “sociedade livre, justa e solidária” (art. 3°, I, da Constituição Federal) não se constrói com violências contra doentes e indefesos. As pretensões de desqualificação da pessoa humana ferem sua dignidade intrínseca e inviolável.
A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. Há uma enorme diferença ética, moral e espiritual entre a morte natural e a morte provocada. Aplica-se aqui, o mandamento: “Não matarás” (Ex 20,13).
Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis.  O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso.
A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede,  que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade.
Com toda convicção reafirmamos que a vida humana é sagrada e possui dignidade inviolável. Fazendo, ainda, ecoar a Palavra de Deus que serviu de lema para a Campanha da Fraternidade, deste ano, repetimos: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
Dom Geraldo Lyrio Rocha - Arcebispo de Mariana - Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira Arcebispo de Manaus – Vice Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa - Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro - Secretário Geral da CNBB