quinta-feira, 12 de setembro de 2013

História e uso da Casula

Do salvemaliturgia.com

Casula
Por Kairo Rosa Neves de Oliveira

Cristo representado usando a casula, sumo e eterno sacerdote

História da Casula

A casula origina-se da antiga vestimenta romana, o byrrus ou paenula, uma espécie de manto em forma de poncho que os homens vestiam sobre suas túnicas. Tal veste era de uso corrente no âmbito civil romano entre os séculos III-VI. Entre os séculos VI e VII, com a adoção da indumentária germânica (túnicas masculinas mais curtas acompanhadas de calças, mantos com aberturas no braço direito, etc) aos costumes romanos, a paenula foi paulatinamente sendo reservada ao uso eclesiástico, haja vista que os clérigos mantiveram o costume indumentário romano. No mosaico do século VI retratando a corte do Imperador Justiniano na Basílica de São Vital em Ravena, já é possível distinguir perfeitamente as vestimentas dos leigos e dos clérigos. Contudo, há menções a um antigo retrato de finais do século VI do Papa São Gregório I Magno junto com seu pai e ambos estão vestindo a paenula, muito embora o pai de São Gregório fosse leigo. Portanto, esse processo foi lento e não ocorreu simultaneamente em todas as regiões.


Mosaico do século VI em Ravena retratando a passagem bíblica da oração do fariseu e publicano, representados com trajes civis romanos.


Mosaico do século V na Basílica de Santo Ambrósio em Milão retratando Santo Ambrósio.


Mosaico do século VI retratando a corte do Imperador bizantino Justiniano I, Basílica de São Vital, Ravena. Note-se que já é possível distinguir os trajes civis dos eclesiásticos. O Arcebispo Maximiano é o único a estar vestindo a paenula.

Tendo sido reservada para uso litúrgico em meados do século VI, até o período carolíngio (séculos VIII-IX) a casula ainda será de uso geral para todos os ministros litúrgicos em algumas regiões. Somente no século IX que se torna veste exclusiva dos sacerdotes. Roma, contudo já seguia essa norma depois do século VII. É durante o período carolíngio também que as casulas sofrerão as primeiras modificações da decoração e formas. Para facilitar a movimentação dos braços, encurta-se um pouco nos lados ou na parte frontal.


Pintura do Saltério de Carlos, o Calvo, século IX. Nela podemos ver as casulas dos Bispos com encurtamento frontal.


Pintura do Evangeliário de Otto III, cerca do ano 1000. Nela vemos a casula do bispo com leve encurtamento lateral.

Ainda se usavam também as casulas cônicas, que se estendiam inteiras até os pés tal como a antiga paenula. A casula cônica será característica do período românico até o século XII (embora as outras duas formas mencionadas também ainda fosse usadas), quando será substituída pelo modelo gótico, que encurta um pouco os lados dos braços nas barras. O modelo gótico perdurará no Ocidente até o século XV, sofrendo apenas variações na sua decoração, mas havendo uma grande uniformidade na forma.


Vitral do século XII na Abadia de St-Denis retratando o Abade Suger. A Casula já segue o modelo gótico.


Detalhe de um afresco de Giotto na Basílica de São Francisco em Assis, século XIV. Nela vemos um presbítero usando uma casula gótica ricamente decorada.

A partir do século XVI, por maior praticidade, passa-se a encurtar cada vez mais as laterais das casulas, até que em finais do século XVII chega-se ao modelo hoje conhecido como casula romana e que foi o mais utilizado no Rito Romano até o Movimento Litúrgico do século XX recuperar o uso das casulas góticas, que se tornaram novamente comuns após a reforma litúrgica de 1969. Contudo, as casulas góticas atuais geralmente são mais simples e de tecidos mais leves que as medievais. Há também as casulas semi-góticas surgidas no século XX que consistem em uma versão mais curta da casula gótica.


Pintura do século XVII retratando São Felipe de Néri. Nela já vemos um modelo de casula bastante encurtado nas laterais dos braços.


Pintura de Jeronimo Jacinto, século XII, retratando uma Missa. Nela vemos o modelo de casula que originou a conhecida casula romana.


Fotografia da década de 1960 de São Josemaría Escrivá celebrando Missa usando uma casula neo-gótica.

Uso na forma ordinária

A casula é usada sempre sobre alva e estola, preferencialmente com amito e cíngulo; por conta do seu significado atrelado ao sacrifício, a casula é usada unicamente na missa. Única excessão é a celebração da Paixão no Senhor, na qual não se celebra verdadeiramente a missa, apenas recorda-se da Paixão Salvífica de Cristo.
O bispo, nas missas mais solenes, usa casula sobre a dalmática. Nas concelebrações, por conta de um número elevado de concelebrantes, esses podem ser dispensados do uso da casula, não porém, o celebrante principal.
Entretanto, seria louvável que as dioceses tivessem conjuntos de casulas no número dos seus padres. Ainda que simples e todas da cor branca, elas proporcionariam uma beleza visual na uniformidade das vestes dos concelebrantes, além de mostrar maior clareza na unidade sacerdotal.


Sua Santidade durante a celebração da Paixão do Senhor

Durante as procissões e para a bênção do Santíssimo Sacramento usa-se pluvial da cor da missa em que se encontram. Retira-se, ainda, a casula para o lava-pés, para a unção do altar e para a adoração da cruz na celebração da paixão.


Retirando-a para a unção de um altar


Além disto, não retira a casula para nenhum outro rito durante a celebração da Santa Missa.


A transladação do Santíssimo Sacramento, na Quinta-feira Santa, é feita com véu umeral sobre a casula e não sobre o pluvial


Uso na forma extraordinária
O uso é semelhante ao da forma ordinária, com algumas poucas modificações.No início da celebração, para o rito de asperges, usa-se pluvial. Na celebração da paixão, só se usa casula durante uma das partes da liturgia. Na vigília pascal, a casula é retirada em certos momentos; por exemplo, se não há dioácono, o celebrante retira a casula e veste dalmática para a proclamação da páscoa.


Padre vestindo a casula após retirar o pluvial, usado durante o rito de asperges


Os sacramentos que ocorrem durante a missa e a homilia, não são consideradas partes da mesma. Todavia, o sacerdote não retira a casula em nenhuma dessas ocasiões. Para a homilia, pro exemplo, retira apenas o manipulo. Para os sacramentos que são realizados imediatamente antes da celebração da missa, usa-se pluvial geralmente.

Existe ainda uma permissão para o uso da casula quando não se celebra a missa, numa situação muito particular: para se impor as mãos sobre os que vão ser ordenados presbíteros pode-se usá-la sobre estola e sobrepeliz; mas apenas durante o rito, pondo-se antes e retirando-se depois. Para a procissão do Santíssimo Sacramento usa-se casula com véu-umeral, semelhante à transladação do Santíssimo na forma ordinária.


Recebimento da casula
A casula é vestida pela primeira vez na ordenação presbiteral. Logo após a imposição das mãos e oração consecratória, o padre retira a estola diaconal, põe a presbiteral e, sobre ela, a casula. Posteriormente, segue o rito de ordenação com a unção das mãos.

Na forma extraordinária, o sacerdote recebe a casula amarrada na parte posterior, sendo chamada casula plicada. Ele permanece com ela do momento que a recebe até o final da celebração. Quando o bispo diz sobre ele a oração: "Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados; aqueles a quem não perdoardes, eles serão retidos." Então as casulas são desamarradas.


padres com casula plicada


ao final da celebração, os novos sacerdotes tem as casulas desamarradas


na forma ordinária, o neo-sacerdote usando casula sem amarras desde a recepção


Oração ao paramentar-se

"Domine, qui dixisti: Iugum meum suave est, et onus meum leve: fac, ut istud portare sic valeam, quod consequar tuam gratiam. Amen."


"Senhor, que dissestes: O meu jugo é suave e o meu peso é leve, fazei que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça. Amém."


A oração para vestir a casula é a última parte da grande oração para paramentação, conlui-se com "Amen". Ela fala da casula como "julgo suave de Cristo" e recorda a cruz que aparece em vários modelos.


Alguns equívocos em relação aos modelos de casula


Na forma ordinária usa-se casula gótica e na forma extraordinária, romana.
Errado. Todos os modelos de casula (gótica, romana, neo-gótica, etc) podem ser usados em ambas as formas do rito romano. Igualmente, ambas podem ser usadas pelo bispo com dalmática pontifical.


Dom Raimund Burke celebrando com casula neo-gótica na forma extraordinária

João Paulo II celebrando, na forma ordinária, com casula romana.


Os (con)celebrantes devem usar todos o mesmo modelo de casulaErrado, mas com ressalvas. É, sim, permitido que, numa mesma celebração, alguns sacerdotes usem um modelo de casula e outros usem outro. Por exemplo, o bispo usa casula gótica e os seus sacerdotes, casula romana; ou ainda, os já sacerdotes usam casula romana e os que se estão ordenando, gótica. O que não se pode fazer é misturar dois ou mais modelos, se disso resultar uma combinação desarmônica, que fuja ao bom senso litúrgico.


O celebrante endossa casula romana e os concelebrantes usam góticas


Casula é diferente de planeta (pianeta)Não exatamente. Casula (gótica) e planeta (romana) já foram tidas como peças sensivelmente diferentes. Por algum tempo o sacerdote para usar a casula gótica necessitava da autorização do ordinário do lugar. Atualmente, depois da publicação do missal de 1962, os dois modelos foram equiparados em todos os aspectos. Sendo assim, casula e planeta podem ser tratador como sinônimos, por mais que alguns usem cada um dos nomes para se referir a um modelo.


Quando se usa casula, a estola é dispensávelErrado. Sempre que se usa casula é obrigatório o uso da estola. O Galão é um ornamento presente na casula que não faz as vezes da estola, sendo assim não se pode suprimir a estola por conta desse elemento. Vale a pena ressaltar ainda que a estola usa-se sempre sob a casula e nunca sobre ela.




Fotos de diversos modelos na atualidade


Papa Bento XVI usando uma casula gótica verde.


Usando casula branca (tons de dourado) durante a benção na Páscoa.


Bordado de cruz em casula romana, simbolizando o julgo suave de Cristo.

Casula romana com gola redonda.


Cardeal com casula romana com gola em trapézio.


Papa Bento XVI usando casula gótica com galão, decoração em forma de coluna.


Casula com cruz trífida, que nasce como uma faixa indo até o pescoço, ramifica-se nos ombos e volta a juntar-se nas costas.

Caráter Sacrificial e obrigatoriedade da casula

No decorrer dos séculos, como vimos, a casula teve seu uso resumido aos sacerdotes. Não tardou para que fosse atruído à casula uma imagem de "veste do sacerdote". A casula foi comparada o manto que deveriam usar os judeus ao imolar o cordeiro para a páscoa, como foi ordenado na lei de Moisés. Assim como faziam os sacerdotes daquele povo, fazem os do povo cristão: imolar o cordeiro estando cingidos e vestidos com o manto.

A relação entre casula e o caráter seu sacrificial é tão notável, que alguns protestantes deixaram de usar a casula para indicar que não se realizava ali verdaeiramente um sacrifício. A omissão da casula, por mais que não deva ser diretamente relacionada com a negação desse dogma, deixa de expressar essa belíssima realidade presente na Santa Missa que é a celebração do sacrifício incruento de Cristo.



Representação de Cristo com vestes pontificais, indicando assim que é o Sumo-sacerdote. Ele usa alva, estola, tunícela, dalmática e, sobre tudo isso, a casula.

Ademais, a casula é prescrita nas rubricas como veste de uso obrigatório para a celebração da missa. Diferentemente da dalmática, a casula não é veste festiva, mas veste diária; o que não impede que se tenha casulas mais enfeitadas para as solenidades e mais simples para as missas diárias.


Bibliografia

História da Casula

Por Rafael Diehl


RIGHETTI, Mario. Historia de La Liturgia. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, s/d;
JUNGMANN, Josef Andreas. Missarum Solemnia: Origem, liturgia e história da missa romana. São Paulo: Paulus, 2009.Demais ítens

Por Kairo Neves

Caeremoliane Episcoporum 56, 62, 65, 66, 301, 322, 534, 902, 946;
Introdução Geral do Missal Romano 119, 209, 336, 337;

Curso de Liturgia do Padre Reus, caput II.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

História e uso da Dalmática


Do salvemaliturgia.com


Por Kairo Rosa Neves de Oliveira

História


A história da dalmática pontifical precede a história da dalmática diaconal. Os primeiros registros do uso da dalmática são dos Imperadores e nobres romanos. Tratava-se de uma túnica branca com duas faixas púrpuras. No âmbito eclesiástico, seu uso a partir do século II se deu na vida civil. Após várias mudanças tempo constituiu veste exclusiva do clero. Fato marcante deste período, é São Cipriano que retirou a dalmática antes do martírio.

No século IV, começou a ser usada como paramento exclusivo do Romano Pontífice. O primeiro papa a usá-la durante as funções litúrgicas foi Silvestre. Posteriormente, passou a ser concedido o privilégio aos diáconos de Roma. Seu uso não se dava diariamente, mas em ocasiões especiais. É notável como desde o início do seu uso na liturgia, tal paramento se relaciona com a solenidade da celebração.

Nos séculos V e VI, passou a ser concedido aos bispos. No princípio, era uma concessão a cada clérigo individualmente. Assim a dalmática passou a ser uma insígnia episcopal, também própria de alguns diáconos e abades a quem era dada tal honra.




Diácono com dalmática no século VII, ornamento da parede do batistério da Arquibasilica do Latrão.

Pouco antes do século XII, o papa concede uso oficial da dalmática aos cardeais, aos bispos, aos abades e a alguns outros prelados. Passa então a ser veste própria dos diáconos, introduzindo na ordenação diaconal o rito da vestição da dalmática. A partir dos séculos XVI e XVII, mantém o comprimento original dos dias atuais.




Dalmática do Século XVII

Formato e uso

A dalmática pontifical, possui a mesma forma da dalmática diaconal. Veste até os joelhos, com mangas mais largas que as da alva, possui duas listras verticais (clavi) e duas listras horizontais (segmentae).

Dalmática pontifical

Ela é usada pelos bispos sobre túnica e estola e por baixo da casula. O bispo pode fazer uso da dalmática em qualquer missa celebrada em sua diocese. Seu uso é obrigatório, na forma ordinária do rito romano, nas missas pontificais conforme o Cerimonial dos Bispos.


Bento XVI, na dedicação de um altar.



Cardeal Hoyos durante a homilia.



Bispo durante a procissão de entrada com dalmática vermelha.



Papa Bento XVI, com dalmática vermelha.



Cardeal Hoyos de dalmática roxa, em uma ordenação.



Cardeal Ratzinger, hoje Bento XVI, celebrando na forma extraordinária do rito romano, com dalmática .


Bispo, durante missa pela alma de João Paulo II, com dalmática negra.

Como vimos nas fotos acima, o uso da dalmática é mais visível com a casula romana (modelo mais curto),entretando, também se usa dalmática pontifical com casula gótica (modelo mais amplo). A dalmática pontifical também varia de acordo com a cor litúrgica.

Apesar de não ser muito comum no Brasil que os bispos usem dalmática pontifical, a forma ordinária prevê o uso da dalmática e o tem como obrigatório em algumas circunstâncias.


Dalmática diaconal

O diácono a usa dalmática sobre a alva com estola a tiracolo. De maneira semelhante ao bispo, pode fazer uso dela em qualquer celebração. Todavia, diferentemente da casula, seu uso não é obrigatória nas missas mais simples.

Os diáconos-assistentes, na forma extraordinária do rito romano, fazem uso da dalmática sobre a sobrepeliz e sem estola.



Na basílica vaticana, diáconos-assistentes com dalmáticas no estilo barroco.



Cardeais diáconos com dalmáticas na forma extraordinária do rito romano. À frente do Pontífice, vai um cardeal-diácono que oficiou na celebração, com estola e alva. Ao seu lado estão os diáconos-assistentes, que usam dalmática com sobrepeliz.


Diáconos incensando o povo de dalmática, durante as vésperas.



Dalmática vermelha, notamos a presença de um brasão bordado.




Diácono em procissão com dalmática, notamos bem a presença de clavi e segmentae.



Domingo de Ramos, diáconos proclamando o evangelho da Paixão, o segundo diácono mostra discretamente a estola a tira-colo.



Diáconos na capela sistina.



Cardeais-diáconos assistindo ao papa na basílica de São Pedro.




À frente do bispo, vemos diáconos com dalmática sobre sobrepeliz e um pouco a frente destes, o diácono que oficiará na celebração com dalmática sobre alva e estola.


Bibliografia:
Caeremoniale Episcoporum 26, 56, 125;
"La dalmatica": http://www.cattoliciromani.com/forum/showthread.php/dalmatica-9636.html?ltr=D&t=9636;
"Breve descrizione della liturgia pontificale" di Francesco G. Tolloi : http://www.unavoce-ve.it/05-03-33.htm;
"Dalmática" Filippo Oppenheim: http://www.unavoce-ve.it/ec-dalmatica.htm.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Diácono maranhense, José Henrique, SCJ faleceu em Lavras - MG

Faleceu no início da noite de hoje na cidade de Lavras-MG um jovem religioso do Sagrado Coração de Jesus (dehoniano) Diácono José Henrique Lima Borges. Com 39 anos de idade ele se preparava para ser ordenado sacerdote dentro de poucos meses no Maranhão, sua terra natal. Completaria 40 anos no dia 20 de setembro e seria ordenado em São Luís no dia 20 de dezembro. Fez sua primeira profissão religiosa no dia 15.01.2008 e foi ordenado diácono em 17.02.2013. Estudava o quarto ano de teologia na Faculdade Dehoniana, em Taubaté e era um membro da comunidade religiosa do “Conventinho”, muito estimado por todos. O carro em que ele viajava teve uma falha mecânica na Rodovia Fernão Dias, já próximo da cidade de Lavras-MG para onde se dirigia e ficou desgovernado. José Henrique foi arremessado para fora do carro e teve hemorragia interna sofrendo algumas paradas cardio-respiratórias. O atendimento foi muito rápido e tentou por quatro horas reanimá-lo, porém ele não resistiu e veio a falecer por volta das 19 horas deste dia 02 de setembro/2013. Os outros ocupantes do carro tiveram ferimentos leves e estão fora de perigo.
José Henrique era um dos quase 70 religiosos dehonianos que se dirigiam à cidade de Lavras onde aconteceria a 2ª Assembleia Provincial deste ano que iria decidir sobre vários projetos de nossa vida interna. Todos foram surpreendidos por esta tragédia. O Superior Provincial autorizou esta publicação extra-oficial neste BLOG. Você pode acompanhar as notícias também no site oficial de nossa províciahttp://www.dehonianos.org.br/
Nesta madrugada velaremos o corpo na casa de retiros da Paróquia de Lavras, onde estão os religiosos que vieram para a Assembleia. Às 7h celebraremos uma missa de corpo presente. Em seguida o corpo segue para Taubaté, onde está prevista outra missa de corpo presente às 17h. O corpo será transladado para São Luís, no Maranhão, onde acontecerá o sepultamento no Cemitério dos Vinhais (Parque da Saudade). O horário do sepultamento ainda depende da definição das possibilidades de translado aéreo.
Agradecemos a prece solidária de todos que se unem conosco neste momento em que as palavras dizem pouco. Anima-nos a fé que fortalece nossa esperança.
José Henrique tinha como característica marcante a disponibilidade. Na comunidade era o que podemos chamar de “pau para toda obra”. Apesar de seu porte físico pequeno e aparência frágil, era incansável nos serviços à comunidade. Era visível sua satisfação por ter vencido as diversas etapas e ter sido ordenado diácono. Sonhava diariamente com a ordenação sacerdotal. O Senhor permitiu que ele vivesse o sacerdócio em plenitude de um modo que não entendemos bem. É difícil quando velamos um jovem irmão. Entregamos José Henrique ao Coração de Jesus para que o acolha com a ternura que um dia acolherá cada um de nós.
OBS: O VELÓRIO EM SÃO LUÍS-MA, SERÁ NESTA 4ª-FEIRA, DIA 04, NA IGREJA SÃO VICENTE, BAIRRO APEADOURO.(ALTERAÇÕES DO TITULAR DO BLOG)