Não há mais crucifixos nas paredes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul desde que o Conselho da Magistratura decidiu, no dia 06 de março de 2012, a pedido da ONG Liga Brasileira de Lésbicas, que a presença de símbolos religiosos em espaços do Poder Judiciário “não se coaduna com o princípio constitucional da impessoalidade na Administração Pública e com a laicidade do Estado brasileiro”.
Os crucifixos retirados estão guardados em setor administrativo do Tribunal de Justiça e, o mais expressivo deles, que estava afixado no Plenário do TJ-RS, foi encaminhado ao Memorial do Judiciário, como informou a assessoria de imprensa do Tribunal ao blogueiro Everton Siqueira, no blog Dominus Iesus.
É curioso que após 122 anos de laicidade, somente agora se descobriu que o crucifixo – um símbolo religioso, sim, mas também cultural – é contrário ao Estado laico. O que está acontecendo no Brasil? A resposta, por incrível que possa parecer, tem a ver com um nome bem conhecido do movimento pró-vida: Ford Foundation.
A mesma fundação que financia e forma ONGs “feministas” para promoção de leis pró-aborto, no país, também financia iniciativas que enfraqueçam a presença da Igreja Católica na sociedade – a Igreja ainda é a principal instituição capaz de frustrar a agenda pró-aborto da Ford Foundation. É o caso da ONG Themis Assessoria Jurídica e Estudo de Gêneros, uma das organizações interessadas no pedido feito ao Conselho de Magistratura:
ÓRGÃO:
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Conselho da Magistratura
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PROCESSO
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0139-11/000348-0
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COMARCA
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Porto Alegre.
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RELATOR
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CLÁUDIO BALDINO MACIEL
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ASSUNTO
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Retirada de crucifixos e símbolos das dependências do TJRS.
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INTERESSADOS
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Rede Feminista de Saúde, SOMOS – Comunicação, saúde e Sexualidade, NUANCES – GRUPO PELA LIVRE ORIENTAÇÃO SEXUAL, LIGA BRASILEIRA DE LÉSBICAS, MARCHA MUNDIAL DE MULHERES, THEMIS – ASSESSORIA JURÍDICA E ESTUDOS DE GÊNERO
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É a própria coordenadora executiva da Themis – Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero, Virgínia Feix, quem explica qual a importância da Ford para as ações da ONG:
“Reconhecido e festejado, o programa realizado pela Themis e exportado para outras localidades do Brasil teve financiamento de agências internacionais como a Fundação Ford, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e manteve-se como uma política pública não estatal. Este fato, contudo, é determinante em relação a sua sustentabilidade, que encontra-se sistematicamente ameaçada.“
A coordenadora da ONG também indica parcerias dentre as quais, pelo menos uma, tem apoio da Ford Foundation:
“A proposta de desenho institucional da referida política pública ainda é insipiente e está sendo formulada por uma comissão nacional formada por entidades das cinco regiões do país (Themis/Rio Grande do Sul; União de Mulheres de São Paulo/São Paulo; Coletivo de Mulheres Negras/Mato Grosso do Sul, Coletivo de Mulheres 8 de Março/Pernambuco e Rede Acreana de Mulheres e Homens/Acre)…”
Como se pode inferir não há preocupação alguma com “estado laico”. Há sim a pressa a uma agenda internacional que vai contra os valores da cultura brasileira. Por que razão a Ford Foundation financia ONG interessada em retirada de crucifixos do TJ-RS? Que interesse é esse que também a faz financiar ONGs pró-aborto e GLBTTs?
Não são ONGs com interesses muito diversos para contar com um mesmo finaciador? E que interesse é esse de uma fundação americana sempre tão presente na capacitação e sustento de ONGs “brasileiras” tão ávidas por mudar legislações em nosso país sobre pretexto de “direitos da mulher” e “respeito ao estado laico”?
Tem algo de muito suspeito em tanto amor da Ford Foundation pelo Brasil. De gravidezes indesejadas a crucifixos indesejados, como pode essa fundação estar envolvida em nosso país?
Antes de pensarmos sobre lésbicas, feministas, estado laico, aborto… Antes de tudo isso pensemos Ford Foundation. Quando será a hora do Brasil saber o que é essa fundação, quais os interesses dela em nosso país e como se dá o financiamento a tantas ONGs e iniciativas que fazem tudo para destruir a cultura brasileira?
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