Igreja
Católica de São Luís ordenará 30 diáconos pela primeira vez em 400 anos
Publicação: 24/10/2012 11:20
Tendo sua origem no grego antigo, o
termo diácono poder ser entendido como "ministro", "servo",
"ajudante". Ele é aplicado aos clérigos de igrejas de origem cristãs,
nas suas mais varidas denominações.
A depender daquilo a que se propõe, o diácono pode ser permanente ou um
estágiario para a ordenação presbiterial. O arcebispo de São Luís, dom frei
José Belisário da Silva, explica que "sendo casado o diácono permanente,
não pode ascender ao grau superior, ficando permanentemente como diácono".
Já os considerados estagiários ou transitórios "aqueles seminaristas ou
estudantes que receberam o sacramento da ordem no grau do diaconato podem depois
receber o segundo grau e se tornar presbítero, ou padre, conforme costumamos
dizer".
Na Bíblia umas das primeiras referências sobre os diáconos está no livro de
Atos dos Apóstolos, quando é relatada a eleição de sete deles: Estevão, o
primeiro mártir, Filipe, o Evangelista, Prócoro, Nicanor, o Diácono, Timão, o
Diácono, Parmenas e Nicolas para servir os pobres.
Para se tornar um diácono é preciso se adequar às normas da Igreja que
estabelecem que a formação deva durar pelo menos três anos (no mínimo mil
horas) e conter obrigatoriamente teologia bíblica, dogmática, litúrgica e
pastoral. É preciso que o candidato esteja
casado há no mínimo cinco anos e ter pelo menos 35 anos de idade. Vida
matrimonial e eclesial exemplares. Ele precisa ainda da autorização verbal da
esposa no momento da ordenação e por escrito, arquivada no processo.
Além da vocação, o arcebispo dom Belisário informa que "de modo geral a
escolha do candidato se dá entre aqueles que se destacam na comunidade por sua
espiritualidade e engajamento na paróquia. O que não impede que outra pessoa
manifeste seu desejo ao pároco ou mesmo ao bispo diocesano sua vocação de
servir à Igreja como ministro ordenado".
Para aqueles que costumam confundir as atribuições dos diáconos permanentes com
as dos padres, o arcebispo dom Belisário, esclarece que "o diácono pode
ministrar o batismo, o sacramento matrimônio e servir a igreja. Já o padre
celebra missa, atende confissões e o diaconato não. Os dois sacramentos ligados
ao diaconato permanente são: o batismo e o casamento". O diácono não recebe ordenado ou
remuneração pelo serviço. Todo seu trabalho é uma doação à Igreja, no entanto
nada impede que seja ressarcido de todos os gastos que venha a fazer.
Na capital maranhense, São Luís, serão ordenados de forma inédita, no mês de
novembro, 30 diáconos permanentes. Um momento histórico e único em nossa
cidade. Isso porque, em 400 anos, é a primeira vez em que isso acontece.
Entre os ordenados está o promotor de Justiça Orlando Pacheco de Andrade Filho
que é membro da paróquia do bairro do Cohafuma. Ele que teve a certeza em se
tornar diácono permanente após o seu casamento.
"Essa história começa com o meu casamento com uma mulher católica que
tinha um trabalho de catequista, isso foi nos aproximando mais da igreja. Eu
sempre fui católico, mas o que realmente reforçou a nossa presença na igreja
foi o evento que teve, chamdo de Encontro de
Casais com Cristo. Depois disso o chamado se tornou muito mais forte".
Orlando Pacheco define esse momento de ordenação como "colocar-se a
serviço do povo de Deus, da igreja". Para ele "esse é o objetivo que
motiva todo aquele que se dedica ao ministério ordenado. A ordenação nos
envolve mais com igreja, e nós nos colocamos inteiramente a dispor do povo de
Deus", relata.
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*OBS: Serão ordenados 31 diáconos: 27 da Arquidiocese de São Luís e 04 diáconos da Arquidiocese militar do Brasil .
* Informações do titular do Blog.
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