“A Igreja soube fazer declarações bastante equilibradas, soube orientar seu povo para escolher da melhor maneira possível", diz dom Orani Tempesta
Agência Brasil
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dom Orani Tempesta faz boa avaliação das eleições 2010 |
O arcebispo considerou naturais as mensagens divulgadas pelo papa Bento XVI e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), orientando os fiéis na reta final das eleições.
“Aquilo que o papa colocou e que a Igreja Católica tem colocado é que a pessoa tenha consciência ao votar, que vote bem e que examine todos os projetos dos candidatos. Nossa missão, o trabalho de orientar, foi em plena sintonia com a CNBB, a arquidiocese e o papa. Creio que as pessoas entendem muito bem e sabem escolher conforme sua convicção.”
Dom Orani disse discordar das críticas de que a Igreja não deveria se pronunciar em assuntos de política e defendeu o papel da instituição em períodos eleitorais.
Para o arcebispo, os pronunciamentos e apoios políticos nas eleições não causaram desgaste para a imagem da Igreja Católica no país: “A Igreja não apoiou nem um candidato nem outro. É uma interpretação errônea da posição da Igreja, que não tem candidatos nem partidos. A questão do desgaste depende de cada pessoa interpretar as coisas.”
Dom Orani disse ainda o que espera dos candidatos que foram eleitos: “Que todos os governos eleitos, dos estados e do país, possam cumprir as promessas, fazer o melhor pelo país e o bem para o povo.”
Em referência ao Dia de Finados, o arcebispo do Rio defendeu os valores espirituais, em oposição ao acúmulo de bens materiais. “É um dia em que as pessoas podem pensar que a vida não termina no cemitério, mas que continua. Representa uma reflexão séria sobre nossa vida enquanto caminhamos, pois desse mundo não levamos o que acumulamos de bens. Então, devemos aproveitar cada momento para fazer o melhor possível e construir uma sociedade mais justa, mais humana e mais fraterna."
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