Mais de 4 milhões de maranhenses estão à beira da fome, diz IBGE
NÚMEROS DA POBREZA
Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios revela que 64,6% da população do Maranhão vive em insegurança alimentar
POR OSWALDO VIVIANI
DO SITE: www.jornalpequeno.com.br
A parte relativa à segurança alimentar da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), do IBGE, prevista para ser divulgada hoje, revela que 64,6% da população maranhense vive o risco de passar fome.
O número significa perto de 4 milhões e 160 mil pessoas - a população do Maranhão é de pouco mais de 6 milhões e 400 mil habitantes (dados do Censo de 2010).
Esses dados da Pnad - divulgados ontem em primeira mão no blog do jornalista Raimundo Garrone, hospedado no portal do Jornal Pequeno - referem-se ao ano de 2009.
Eles mostram, ainda, que os 35,4% de maranhenses que estão dentro da faixa de segurança alimentar (2 milhões e 240 mil pessoas) representam pouco mais da metade da média nacional, que é de 69,8%.
A pesquisa da Pnad vem acrescentar mais um índice negativo entre os que rotineiramente mostram o Maranhão como um dos estados mais pobres da federação.
O Índice de Desenvolvimento Humano do estado (IDH, calculado em 2000 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) é de 0,636, um dos piores do país, assim como o de Exclusão Social, de cerca de 40% (cerca de 2 milhões e 560 mil excluídos).
A taxa de mortalidade infantil em 2008 ficou em 38% (38 crianças morreram antes de completar um ano, em 100 nascimentos). O índice é o segundo mais elevado do país.
A população com mais de 15 anos que não sabe ler nem escrever no Maranhão também é significativa. Havia no estado, em 2008, 19,5% de analfabetos e 33,2% de analfabetos funcionais (pessoas que decodificam minimamente as letras, mas que não são capazes, por exemplo, de compreender e interpretar plenamente frases ou textos simples).
Para completar, 38,8% da população maranhense (aproximadamente 2 milhões e 490 pessoas) não têm acesso a rede de esgoto. O número também é de 2008.
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