1 de Novembro Solenidade de todos os Santos Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna. "Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013). Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: "Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles". Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7,9). Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19). Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028). Todos os santos de Deus, rogai por nós! |
domingo, 31 de outubro de 2010
O QUE É O DIA DE TODOS OS SANTOS ?
sábado, 30 de outubro de 2010
QUE DEUS ABENÇOE O NOSSO BRASIL!
Caríssimos irmãos...
Que o nosso bom Deus abençoe o nosso tão sofrido povo do Maranhão e de todo o Brasil.Que neste domingo o Senhor ilumine o povo brasileiro a escolher com sabedoria o(a) nosso(a) próximo(a) presidente.Que as eleições transcorram em clima de justiça, verdade e honestidade.Que o próximo governante do Brasil governe com justiça aos olhos de Deus.
Assista ao belíssimo vídeo abaixo: Oração de autoria de São Padre Pio de Pietrelcina.Ore e peça para que Deus permaneça sempre com o povo brasileiro.
Uma eleição justa para todos, é o que desejo.
George Castro e família.
Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para não te esquecer. Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade.
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga.
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel.
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho.
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti.
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.
(S. Pe. Pio de Pietrelcina)
PARA SABER MAIS SOBRE O SÃO PADRE PIO DE PIETRELCINA, CLIQUE NESTE LINK: http://www.padrepio.catholicwebservices.com/PORTUGUES/PORTUGUES_index.htm
Maranhão:Campanha de vacinação contra febre aftosa começa segunda-feira.
DO: www.oimparcialonline.com.br
Diretora Geral da Aged-MA, Nina Andrade, ressalta a importância da vacinação. |
A segunda etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa teráinício na próxima segunda-feira (1), prosseguindo até o dia 30 de novembro, emtodo o Maranhão. Com seis milhões e 965 mil bovinos e 77 mil bubalinos, oMaranhão possui o segundo maior rebanho da Região Nordeste.
O lançamento oficial será realizado na próxima quinta-feira (4),pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), por meiode seu órgão vinculado, a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA). O evento acontecerá no CampusMaracanã, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifma), antigaEscola Agrícola de São Luís.
A solenidade está marcada para as 9h30e contará com a presença do Secretário Agricultura, Pecuária e Pesca, AfonsoRibeiro.
Uma das exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento (MAPA), para que o Maranhão atinja a classificação de zona livrede febre aftosa com vacinação é de que a cobertura vacinal atinja um índice acimade 90% e nas campanhas anteriores. “Conseguimos acima desse percentual, comofoi o caso da primeira etapa, realizada em maio deste ano, quando atingimos95.52% de cobertura”, explicou a diretora-geral da AGED/MA, Nina Andrade.
Nina Andrade explicou que o MAPA tem plano, em bloco, de AvançoSanitário para os estados do Nordeste, desde que sejam cumpridas as inconformidadesapontadas nas auditorias.
“Estamos cumprindo as orientações do MAPA e esperamos que o cronogramade execução das atividades não sofra nenhuma alteração, e que o Maranhão e demaisEstados do Nordeste, em 2011, tenha o reconhecimento nacional de livre, e finalmentecertificação internacional de mudança de status sanitário de “Livre de FebreAftosa com vacinação” em 2012”, afirmou Nina Andrade.
Além de vacinar seus animais, o criador devecomprovar a vacinação nos escritórios da Aged-MA, que possui o cadastro de todos os criadores. Para isso, énecessário que ele apresente a nota fiscal da vacina.
O diretor geral do Ifma (Campus Maracanã), Vespasiano de Abreuda Hora, ressaltou que sediar o lançamento da campanha é uma satisfação para oinstituto. "Há 63 anos, nos dedicamos a transmitir as práticas maisadequadas de manejo no setor agropecuário. Por isso, nossa satisfação partirdaqui o exemplo aos demais produtores, já que seremos os primeiros a aderir ànova campanha de vacinação. O Ifma - Campus Maracanã levantou a bandeira emprol da erradicação da aftosa no Maranhão", afirmou o diretor.
O lançamento oficial será realizado na próxima quinta-feira (4),pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), por meiode seu órgão vinculado, a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA). O evento acontecerá no CampusMaracanã, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifma), antigaEscola Agrícola de São Luís.
A solenidade está marcada para as 9h30e contará com a presença do Secretário Agricultura, Pecuária e Pesca, AfonsoRibeiro.
Uma das exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento (MAPA), para que o Maranhão atinja a classificação de zona livrede febre aftosa com vacinação é de que a cobertura vacinal atinja um índice acimade 90% e nas campanhas anteriores. “Conseguimos acima desse percentual, comofoi o caso da primeira etapa, realizada em maio deste ano, quando atingimos95.52% de cobertura”, explicou a diretora-geral da AGED/MA, Nina Andrade.
Nina Andrade explicou que o MAPA tem plano, em bloco, de AvançoSanitário para os estados do Nordeste, desde que sejam cumpridas as inconformidadesapontadas nas auditorias.
“Estamos cumprindo as orientações do MAPA e esperamos que o cronogramade execução das atividades não sofra nenhuma alteração, e que o Maranhão e demaisEstados do Nordeste, em 2011, tenha o reconhecimento nacional de livre, e finalmentecertificação internacional de mudança de status sanitário de “Livre de FebreAftosa com vacinação” em 2012”, afirmou Nina Andrade.
O diretor geral do Ifma (Campus Maracanã), Vespasiano de Abreuda Hora, ressaltou que sediar o lançamento da campanha é uma satisfação para oinstituto. "Há 63 anos, nos dedicamos a transmitir as práticas maisadequadas de manejo no setor agropecuário. Por isso, nossa satisfação partirdaqui o exemplo aos demais produtores, já que seremos os primeiros a aderir ànova campanha de vacinação. O Ifma - Campus Maracanã levantou a bandeira emprol da erradicação da aftosa no Maranhão", afirmou o diretor.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Vice-presidente da CNBB comenta discurso do papa aos bispos do Maranhão.
DO SITE: www.cnbb.org.br
O vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Luiz Soares Vieira, comentou, nesta sexta-feira, 29, em entrevista à Rádio Vaticano, o discurso que o papa Bento XVI fez aos bispos do Maranhão, ontem, por ocasião da visita ad limina. Segundo dom Luiz, o que o papa disse em relação à defesa a vida e à questão política está em sintonia com o que a CNBB já manifestou por ocasião de sua Assembleia Geral, em maio deste ano.
“O que o Santo Padre falou ontem nós já tínhamos colocado em Brasília, na nossa assembléia geral. Foi numa Declaração que fizemos sobre isso”, disse dom Luiz ao comentar alguns dos temas abordados pelo papa como a descriminalização do aborto, uso de símbolos religiosos em lugares públicos e uniões homossexuais.
Dom Luiz está em Roma para a visita anual que a Presidência da CNBB faz à Santa Sé. Para o vice-presidente, a palavra do papa não aponta para posições partidárias. “Acredito que o Santo Padre colocou o que deveria ser colocado. Naturalmente, não é uma posição de política partidária. O Santo Padre não está, com isso, dizendo vote em fulano e não vote no outro. Não é este o sentido da proclamação do papa como não é também [o sentido] que a Assembléia da CNBB, depois o Conselho Permanente e a Presidência têm reafirmado. Nós colocamos os princípios”, acentuou.
O secretário da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, também falou sobre o assunto à Radio Vaticano e destacou a unidade dos bispos brasileiros na defesa da vida. “Uma coisa que tem ficado muito clara em Roma é que não existe divisão no episcopado [brasileiro] no que diz respeito aos valores e princípios e que um ou outro tem alguma opção política que possa ser diversificada”, disse. “Todos reconhecem que, num episcopado com mais de 300 bispos na ativa e mais 400 bispos, incluindo aí os eméritos, haja opinião divergente sobre um ou outro ponto. O Santo Padre certamente abordou questões fundamentais como a defesa da vida, da família, da liberdade religiosa. Esses valores são inegociáveis também para aos bispos do Brasil e aqui estamos em profunda comunhão e sintonia com o Santo Padre e com a Cúria Romana”, concluiu o secretário.
Outro que falou à Radio Vaticano foi o arcebispo de São Luís do Maranhão, dom José Belisário da Silva. Ele destacou que, em seu discurso, Bento XVI ressaltou os “valores básicos do evangelho” entre os quais o valor da vida que é “fundamental”.
“Viemos de uma região muito pobre do pais, onde a vida está muito desassistida como a questão da assistência médica, sanitária, o alto índice de mortalidade infantil. Nosso povo está muito abandonado. Podemos entender tudo isso [discurso do papa] como um convite para continuar nossa missão”, disse o arcebispo, que é o secretário do Regional Nordeste 5 da CNBB (estado do Maranhão).
A visita ad limina dos bispos maranhenses termina amanhã. “Trouxemos uma Igreja em missão, que está buscando sua identidade, cada vez mais procurando encarnar-se nos valores de nossa cultura”, sublinhou dom Belisário.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
DISCURSO DOS BISPOS BRASILEIROS DO MARANHÃO AO PAPA, NO VATICANO.
Quinta-feira, 28 de outubro de 2010, 17h18
Da Redação
Santidade,
aqui estamos os bispos das 12 dioceses que compõem o Regional Nordeste V da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil cujo presidente é Dom Gilberto Pastana de Oliveira, bispo de Imperatriz.
O nosso Regional corresponde aos limites geográficos da Província Eclesiástica de São Luís do Maranhão cujo arcebispo é Dom José Belisário da Silva, OFM.
Sabemos que se o ramo não permanece na videira, não produz frutos, mas seca e morre. Assim também sabemos que nós bispos, se não permanecermos unidos ao Vigário de Cristo, também teremos um ministério estéril e a nossa própria vida interior secará. Por isso, estamos felizes em poder estar aqui, num momento privilegiado de comunhão eclesial.
Afirmamos que não há adjetivos que possam qualificar o nosso encontro, mas acreditamos que nossas expressões falam muito mais da nossa alegria do que qualquer coisa que possamos dizer.
Estamos aqui porque queremos que o nosso ministério episcopal produza frutos, de modo que possamos, em conformidade com o Concílio Vaticano II e todo o Magistério da Igreja, contribuir para que a Igreja seja realmente Sacramento de Salvação.
Para que isso aconteça, sabemos que a palavra chave é fidelidade. Queremos ser fiéis a Deus, que nos chamou para participar de uma obra que não é nossa, mas dele, de salvação de toda a humanidade, em especial das ovelhas que nos foram confiadas. Fidelidade à Igreja, na qual realizamos o nosso ministério. Fidelidade a Vossa Santidade: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” (Mt 16:18), que confia em cada um de nós e conta com a nossa colaboração para que a obra do Reino continue acontecendo. Por fim, fidelidade às ovelhas que nos foram confiadas, porque esperam muito de nós e do nosso ministério.
Esta fidelidade tem uma única fonte: Jesus Cristo, nosso único salvador. Sabemos que, como a Pedro, ele nos pergunta: Tu me amas mais que os outros? E sabemos que, como aquele a quem Vossa Santidade sucede, devemos responder: Tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo.
Este amor e esta fidelidade garantem que de fato permaneçamos unidos à Verdadeira Videira e possamos produzir frutos que permaneçam para a vida eterna. Alguns desses frutos já podem ser percebidos em nossas dioceses, como a formação doutrinal, moral, espiritual e pastoral, as conversões, o empenho missionário, em especial as missões populares, a leitura orante da Bíblia.
Tudo isso tem contribuído para que cada vez mais tenhamos verdadeiros discípulos e missionários, pessoas que realizaram o encontro pessoal com Jesus, abriram-se a um verdadeiro processo de conversão, assumiram a vida eclesial e passaram a participar ativamente da missão da Igreja, além de se tornarem capazes de relacionar a fé com a vida e a se comprometer com a construção de uma nova sociedade, que supere todos os sinais de morte, que são as manifestações do pecado. Assim, contribuem para que a sociedade seja transformada em sinal de vida e a justiça reine, de modo que os direitos sejam promovidos e a dignidade humana seja respeitada.
Mas isso também é insuficiente. E necessário ainda que a sociedade seja renovada a cada instante pela graça, para que possamos dizer que vemos com clareza o Reino de Deus presente na história. Deste modo, o critério do nosso agir é o Evangelho de Cristo, o que é garantia da nossa identidade eclesial e da nossa fidelidade a Jesus.
Colocamo-nos agora diante da Mãe de Deus e da Igreja, a quem veneramos com o título de Nossa Senhora Aparecida, e de São José, seu castíssimo esposo, a quem veneramos como São José de Ribamar, Padroeiro do Maranhão, para que intercedam junto a Jesus, a fim de que Vossa Santidade seja cumulada das mais copiosas bênçãos e graças e continue conduzindo, segundo o Coração de Jesus, a Igreja que vos foi confiada.
Roma, quinta-feira, 28 de outubro de 2010.
Pelos bispos do Maranhão,
Dom Xavier Gilles de Maupeou d'Ableiges.
Bispo Emérito de Viana.
aqui estamos os bispos das 12 dioceses que compõem o Regional Nordeste V da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil cujo presidente é Dom Gilberto Pastana de Oliveira, bispo de Imperatriz.
O nosso Regional corresponde aos limites geográficos da Província Eclesiástica de São Luís do Maranhão cujo arcebispo é Dom José Belisário da Silva, OFM.
Sabemos que se o ramo não permanece na videira, não produz frutos, mas seca e morre. Assim também sabemos que nós bispos, se não permanecermos unidos ao Vigário de Cristo, também teremos um ministério estéril e a nossa própria vida interior secará. Por isso, estamos felizes em poder estar aqui, num momento privilegiado de comunhão eclesial.
Afirmamos que não há adjetivos que possam qualificar o nosso encontro, mas acreditamos que nossas expressões falam muito mais da nossa alegria do que qualquer coisa que possamos dizer.
Estamos aqui porque queremos que o nosso ministério episcopal produza frutos, de modo que possamos, em conformidade com o Concílio Vaticano II e todo o Magistério da Igreja, contribuir para que a Igreja seja realmente Sacramento de Salvação.
Para que isso aconteça, sabemos que a palavra chave é fidelidade. Queremos ser fiéis a Deus, que nos chamou para participar de uma obra que não é nossa, mas dele, de salvação de toda a humanidade, em especial das ovelhas que nos foram confiadas. Fidelidade à Igreja, na qual realizamos o nosso ministério. Fidelidade a Vossa Santidade: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” (Mt 16:18), que confia em cada um de nós e conta com a nossa colaboração para que a obra do Reino continue acontecendo. Por fim, fidelidade às ovelhas que nos foram confiadas, porque esperam muito de nós e do nosso ministério.
Esta fidelidade tem uma única fonte: Jesus Cristo, nosso único salvador. Sabemos que, como a Pedro, ele nos pergunta: Tu me amas mais que os outros? E sabemos que, como aquele a quem Vossa Santidade sucede, devemos responder: Tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo.
Este amor e esta fidelidade garantem que de fato permaneçamos unidos à Verdadeira Videira e possamos produzir frutos que permaneçam para a vida eterna. Alguns desses frutos já podem ser percebidos em nossas dioceses, como a formação doutrinal, moral, espiritual e pastoral, as conversões, o empenho missionário, em especial as missões populares, a leitura orante da Bíblia.
Tudo isso tem contribuído para que cada vez mais tenhamos verdadeiros discípulos e missionários, pessoas que realizaram o encontro pessoal com Jesus, abriram-se a um verdadeiro processo de conversão, assumiram a vida eclesial e passaram a participar ativamente da missão da Igreja, além de se tornarem capazes de relacionar a fé com a vida e a se comprometer com a construção de uma nova sociedade, que supere todos os sinais de morte, que são as manifestações do pecado. Assim, contribuem para que a sociedade seja transformada em sinal de vida e a justiça reine, de modo que os direitos sejam promovidos e a dignidade humana seja respeitada.
Mas isso também é insuficiente. E necessário ainda que a sociedade seja renovada a cada instante pela graça, para que possamos dizer que vemos com clareza o Reino de Deus presente na história. Deste modo, o critério do nosso agir é o Evangelho de Cristo, o que é garantia da nossa identidade eclesial e da nossa fidelidade a Jesus.
Colocamo-nos agora diante da Mãe de Deus e da Igreja, a quem veneramos com o título de Nossa Senhora Aparecida, e de São José, seu castíssimo esposo, a quem veneramos como São José de Ribamar, Padroeiro do Maranhão, para que intercedam junto a Jesus, a fim de que Vossa Santidade seja cumulada das mais copiosas bênçãos e graças e continue conduzindo, segundo o Coração de Jesus, a Igreja que vos foi confiada.
Roma, quinta-feira, 28 de outubro de 2010.
Pelos bispos do Maranhão,
Dom Xavier Gilles de Maupeou d'Ableiges.
Bispo Emérito de Viana.
PAPA BENTO XVI ORIENTA OS BRASILEIROS EM DISCURSO AOS BISPOS DO MARANHÃO NESTA MANHÃ NO VATICANO SOBRE O PERÍODO ELEITORAL
FOTO: Wagner Moura
DISCURSO DO SANTO PADRE AOS BISPOS DO REGIONAL NORDESTE 5 (MARANHÃO-Brasil): "POLÍTICA E FÉ SE TOCAM"É totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural”. – Papa Bento XVI
Cidade do Vaticano, 28 out (RV) - Segue na íntegra o discurso do Papa aos bispos do Regional Nordeste 5, em visita ad Limina, recebidos esta manhã, no Vaticano.
Amados Irmãos no Episcopado,
«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.
Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.
Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.
PAPA BENTO XVI.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
BISPO DE GUARULHOS AFIRMA QUE O EVANGELHO DA VIDA JÁ É O GRANDE VENCEDOR DAS ELEIÇÕES!
O EVANGELHO DA VIDA JÁ É O GRANDE VENCEDOR |
25-10-2010 - 14:46 |
Introdução “ Não temais, pequeno rebanho” (Lucas 12, 32) Queridos Diocesanos, Sei que muitos de vós estais sofrendo diante das notícias que circulam nos meios de comunicação envolvendo o nome do Bispo de Guarulhos e da nossa Diocese. Com o coração de Pastor dessa porção do Povo de Deus, tomei a decisão de escrever-vos e partilhar a verdade daquilo que realmente aconteceu e está acontecendo, a fim de sanar as inúmeras dúvidas para que a paz e a serenidadese restabeleçam em vossos corações. “ Eu vim para que todos tenham vida” (João 10,10) Por consciência cristã e dever de Pastor do rebanho de Deus, iniciei em julho de 2010 uma batalha em favor da vida, Dom precioso de Deus. Tendo tomado conhecimento, após criteriosa pesquisa, dos projetos do Partido dos Trabalhadores (PT), para legalizar o aborto em nosso país, permitindo a sua prática na rede do SUS, vos escrevi na Folha Diocesana um artigo intitulado “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” , quando recomendei a todos vós que não désseis vosso voto a nenhum candidato ou partidos políticos que sejam a favor da legalização e descriminalização aborto. Esse meu procedimento transbordou os limites da Diocese de Guarulhos e repercutiu em todo o Brasil, e até mesmo no exterior. Fui muitas vezes questionado sobre esse meu posicionamento e permaneci firme nesse ponto, pois o falar do cristão e sobretudo de um bispo da Igreja, deve ser “ sim,sim; não, não” . (cfr. Mateus 5,37) Venceu-se a primeira batalha. “ A verdade vos libertará” (Jo 8,32) Não tenho dúvida de que a polêmica sobre a legalização do aborto foi um dos elementos que fez com que as eleições para o cargo de Presidente da República tenha do para o segundo turno. O povo brasileiro quis refletir melhor sobre o que realmente pensam os candidatos sobre o princípio bíblico “ Não Matarás” (Êxodo 23,7); o povo começou a discutir o assunto.A falácia de que o “aborto é caso de saúde pública” perdeu a eficácia; a afirmação de que o aborto é uma agressão ao corpo da mulher foi desmascarada, e a sua real definição se impôs: aborto é antes de tudo assassinato de indefeso. Conseqüência do anúncio“ ...tome a sua cruz e siga-me.” (Marcos 8,34) Sempre fui consciente de que o anúncio do Evangelho traz sobretudo a Cruz. - Meu Deus, como ela é pesada! Desde julho tenho recebido todo tipo de xingamento,ofensas pessoais, ameaças de morte através de cartas anônimas e de emails desrespeitosos que nenhum ser humano gostaria de receber. No dia 16 de outubro, por iniciativa da candidata Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores, o documento “APELOA TODOSOS BRASILEIROS” foi denunciado como panfleto de propaganda política, e através de liminar solicitada pelos seus advogados, os exemplares do documento eclesiástico foram apreendidos e a mesma candidata e seu partido sugeriram que eu estava cometendo crime político. Essa dor indescritível tem encontrado seu remédio nas orações que tenho feito diante do Santíssimo na capela da residência episcopal. É ali que tenho unido meu sofrimento ao sofrimento de Cristo Jesus e contemplado as cusparadas, bofetões e xingamentos que Nosso Senhor recebeu no caminho do Calvário e tenho então participado do mistério de Sua cruz. Estou consciente de que a única coisa que estou fazendo é dar cumprimento ao Evangelho. A Defesa da Vida geraComunhão. “Quem não é contra nós, é a nosso favor” (Marcos 9,40) Durante esse processo encontrei, com alegria, outras vozes inspiradas no Evangelho de Cristo que também gritavam na defesa do Dom precioso da Vida: o Pastor Silas Malafaia, o Pastor Paschoal Piragini Júnior e tantos outros. Vieram somar com explicito apoio outros irmãos no episcopado tais como Dom Emílio Pignoli, D. Benedito Beni dos Santos, Cardeal D. Paulo Evaristo Arns, D. Aldo di Cillo Pagotto, Dom OraniJoão Tempesta, Dom João Bosco Oliver de Faria, Dom Manoel Pestana, Monsenhor Crescenti, Dom Gil Antonio Moreira, Dom Antonio Carlos Rossi Keller, os padres de Guarulhos, muitos religiosos e religiosas, inclusive pastores evangélicos, e muitos cristãos.A Conferência Nacional Dos Bispos –CNBB Regional Sul I, através de sua Presidência e de sua Comissão Representativa, acolheu e recomendou a ampla difusão do Documento denominado “APELO A TODOS OS BRASILEIROS” , onde se explicita e denuncia o incansável empenho do Partido dos Trabalhadores em aprovar leis que permitam a prática do aborto em nosso país. Agradeço à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que através de seu presidente, D. Geraldo Lyrio Rocha, durante entrevista coletiva,em 21 deoutubro do corrente, declara: “ Tenho uma admiração muito grande por dom Luiz Gonzaga Bergonzini e os seus procedimentos estão dentro daquilo que a Igreja espera. Ele, dentro da sua competência de pastor, tem o direito e até o dever de, segundo sua consciência, orientar seus fiéis do modo que julga mais eficaz e mais conveniente. Ele está no exercício de seus direitos como bispo diocesano de Guarulhos e cada instância fala só para o âmbito de sua competência, tanto que ele não se dirigiu à nação brasileira. Este procedimento está absolutamente dentro da normalidade no modo como as coisas da Igreja se encaminham” . Dom Geraldo disse, ainda, que a posição da Igreja sobre o aborto “é inegociável” . Ele reafirmou a posição da Igreja sobre a defesa davida. “ A Igreja é a favor da vida. Ela tem o respeito à vida desde o momento da fecundação até o seu término natural. A Igreja é veemente na questão do aborto como também o é sobre a eutanásia. Seja no início como em suas várias etapas e no seu término natural, a vida é o maior dom de Deus.” , acentuou. Agradeço aos milhões de cristãos e cidadãos anônimos que unem-se ao meu clamor pela vida dos pequeninos indefesos. Agradeço de todo coração às vozes solidárias ecompreendo aqueles irmãos que não puderam permanecer comigo aos pés da cruz. Uma Graça que não tem preço. “O Senhor fez em mim maravilhas” (Lucas 1, 49) Caríssimos, imaginava eu que, aos 74 anos de idade, 51 anos de ordenação sacerdotal e prestes a pedir renúncia da função de dirigir a Diocese, (conforme determina a lei da Igreja que aos setenta e cinco anos de idade o bispo renuncie às suas funções), não fosse mais merecedor daquelas graças queo Senhor concede a poucos. Falo-vos do privilégio de sofrer pelo Evangelho: “Os apóstolos ficaram contentes por terem merecido sofrer insultos por causa do nome de Jesus”. Que honra,meus irmãos, que honra! (Atos 5, 41) “ Esseé o meu mandamento” (João 15,12) Reafirmo tudo o que vos falei desde julho próximo passado: “Não deis vosso voto a candidatos e partidos que sejam a favor da legalização e descriminalização do aborto. Sede fiéis ao Evangelho que diz:“ Eu vim paraque todostenham vida e a tenham em abundância (João, 10,10) Caríssimos diocesanos, tenho plena certeza de que nessa batalha a vitória já é do Evangelho da vida. Daqui por diante, qualquer líder político, nos cargos executivos ou legislativos, sejano nível municipal, estadual ou federal, quando for tratar dessa matéria que tange a defesa ou a destruição da vida, dar-se-á conta de que agora há no Brasil um povo que tem uma opinião solidamente formada sobre o assunto; e que há uma Igreja, povo de Deus, que,unida a outras denominações religiosas continuará combatendo em defesa da vida , com o rugido do “Leão de Judá” (cfr. Apocalipse 5,5), impedindo que os valores humanos fundamentais sejam tratados com o descaso que até então se fez. As eleições terminarão no próximo dia 31 de outubro; mas a nova consciência do povo brasileiro atravessará esse e os próximos governos. O EVANGELHO DA VIDA JÁ É O GRANDE VENCEDOR. Louvado Seja Nosso SenhorJesus Cristo. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo Diocesano de Guarulhos. Dado e passado na Residência Episcopal, aos vinte um dias do mês de outubro do ano de dois mil e dez, 19º. de nosso episcopado, aos 450 anos da presença da Igrejana cidade deGuarulhos. FONTE: |
Assembleia aprova realização de concurso público no Maranhão.
Assembleia aprova realização de concurso público.
A aprovação foi divulgada no Diário Oficial. O concurso será planejado e divulgado pelo governo estadual.
A aprovação foi divulgada no Diário Oficial. O concurso será planejado e divulgado pelo governo estadual.
O Diário da Assembléia Legislativa do Maranhão publicou nesta terça-feira, 26, que em sessão ordinária foi aprovado o Projeto de Lei nº 194/10, de autoria do poder executivo estadual (mensagem nº 043/10) para realização de concurso público no Maranhão.
Os deputados aprovaram a criação de cargos efetivos das carreiras de especialização em Políticas públicas e Gestão Governamental, de Planejamento e orçamentos e de Finanças e Controle, no âmbito do poder executivo estadual. Os deputados seguiram o parecer favorável oferecidos pelas comissões de Constituição, Justiça e Redação Final; Orçamento, Finanças e Fiscalização e de Relações do Trabalho e Administração.
A realização do Concurso Público será planejada e divulgada pelo governo estadual.
Frei Betto critica assistencialismo e pede reformas por "democracia econômica"
A entrevista é de 2008, mas as críticas são atuais.
15/03/2008 - 08h39
Por:
Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
Em São Paulo
O frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, foi um dos líderes do Fome Zero, principal programa social do primeiro mandato do presidente Lula. Durante dois anos, foi assessor especial da presidência e coordenador de mobilização social para o Fome Zero.
Teólogo e escritor ligado à esquerda - foi preso durante a ditadura militar e acusado de apoiar guerrilheiros como Carlos Marighella -, Frei Betto deixou o governo no final de 2004 incomodado com os rumos da política econômica e criticando a burocracia que emperrava o andamento dos programa sociais.
De longe, viu o Fome Zero perder o posto de "carro-chefe" para o Bolsa-Família, que completou quatro anos nesta semana com direito a comemoração em Brasília. Em entrevista ao UOL, Frei Betto lamenta a substituição de um programa "emancipatório" por um "assistencialista" e pede reformas estruturais para que o Brasil alcance a "democracia econômica".
UOL - O governo federal tem motivos para comemorar esse aniversário de quatro anos do Bolsa-Família?
Frei Betto - Por que o governo federal não comemora cinco anos do Fome Zero e sim quatro do Bolsa Família? É uma pena que um programa muito mais amplo, e de perfil emancipatório, formatado pelo próprio governo Lula, e tido como prioritário, tenha sido substituído pelo Bolsa Família, que tem caráter mais assistencialista. É claro que o governo tem motivos para comemorar, afinal, depois da Previdência Social, o Bolsa Família é o maior programa de distribuição de renda existente no Brasil. E também a maior usina de votos favoráveis ao governo. Espero, entretanto, que o resgate de uma importante medida do Fome Zero - estabelecer prazo para as famílias se emanciparem do programa - venha a imprimir ao Bolsa Família um caráter mais educativo, de promoção cidadã. É preciso que os beneficiários produzam sua própria renda, sem depender do poder público nem correr o risco de retornar à miséria.
UOL - Quando o senhor deixou o governo, fez críticas à burocracia, que atrapalhava o andamento do Fome Zero. De lá para cá, mudou alguma coisa? Houve melhoras na execução dos programas sociais?
FB - Quanto ao Bolsa Família, houve evidente melhora, sem dúvida, graças ao empenho do ministro Patrus Ananias. Porém, me pergunto pelos outros programas que faziam parte da cesta emancipatória do Fome Zero: onde estão os cursos profissionalizantes? A formação de cooperativas? Os restaurantes populares? Os bancos de alimentos? Os comitês gestores? Por que conceder facilidades de acesso ao crédito se já existia, no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, iniciativas, como o Banco Popular (que fim levou?) nesse sentido?
UOL - Que balanço o senhor faz hoje dos programas de combate à fome e do Bolsa-Família?
FB - Em geral, positivos, mas provisórios enquanto as medidas assistencialistas não forem respaldadas por reformas de estrutura. De que adianta distribuir renda a quem aspira que se distribua terra? Como é possível ter êxito no combate à fome sem reforma agrária? Como se explica as famílias pobres terem mais acesso à renda e ao consumo e, ao mesmo tempo, sofrerem a ameaça de dengue e febre amarela? O governo combate, de fato, a miséria, mas não a desigualdade social, pois teme mexer nas estruturas arcaicas do país e desagradar os que se enriquecem graças à injustiça estrutural.
UOL - Que avaliação o senhor faz das medidas anunciadas nesta semana? Qual impacto elas terão sobre a vida dos beneficiários?
FB - É muito cedo para avaliá-las. Quanto ao impacto, é claro: o governo já iniciou sua campanha pelas eleições municipais.
UOL - O senhor vê uso eleitoral do Bolsa-Família? Acha isso inevitável em ano de eleição?
FB - Em política tudo tem uso eleitoral, do contrário o poder não seria motivo de tanta cobiça. Ainda que haja motivação eleitoreira, importa-me saber se os mais pobres são beneficiados. E isso tem ocorrido, embora sem o caráter emancipatório a que me referi.
UOL - O senhor acredita que o pagamento de renda pelo governo a essas famílias possa causar algum tipo de dependência?
FB - A dependência é clara, pois onde há dinheiro, há dependência. O próprio governo é consciente disso, tanto que agora retomou um critério do Fome Zero: estabelecer prazo de permanência no programa. A questão é saber se, após os dois anos como beneficiária, a família encontrará de fato sua porta de saída, conquistando autonomia para produzir sua própria renda.
UOL - Esse tipo de programa vira um caminho sem volta? Como fazer com que essas pessoas "caminhem com as próprias pernas"?
FB - Só se pode "caminhar com as próprias pernas" quando se vive num país cujas estruturas sócio-econômicas não produzem tanta desigualdade e, portanto, oferecem à maioria acesso razoavelmente igualitário aos direitos de cidadania. O povo brasileiro, em sua maioria, jamais "caminhará com as próprias pernas", sem ter que apelar ao poder público, às instituições filantrópicas, ao trabalho informal, à contravenção como o narcotráfico, enquanto não houver aqui reforma agrária e leis que, de um lado, impeçam que se criem as condições de miséria e, de outro, o enriquecimento abusivo. Não temos ainda democracia econômica.
UOL - Por fim, o senhor considera o programa vulnerável a fraudes?
FB - Lamento que o programa seja monitorado pelas prefeituras, onde há freqüentes indícios de corrupção, e não pelos comitês gestores, formados por representantes da sociedade civil, como se propôs na fase inicial do Fome Zero. Sem a sociedade civil fiscalizar, pressionar e cobrar, o poder público costuma cair em tentação.
Teólogo e escritor ligado à esquerda - foi preso durante a ditadura militar e acusado de apoiar guerrilheiros como Carlos Marighella -, Frei Betto deixou o governo no final de 2004 incomodado com os rumos da política econômica e criticando a burocracia que emperrava o andamento dos programa sociais.
Frei Betto critica assistencialismo do Bolsa Família e pede reformas estruturais no país |
UOL - O governo federal tem motivos para comemorar esse aniversário de quatro anos do Bolsa-Família?
Frei Betto - Por que o governo federal não comemora cinco anos do Fome Zero e sim quatro do Bolsa Família? É uma pena que um programa muito mais amplo, e de perfil emancipatório, formatado pelo próprio governo Lula, e tido como prioritário, tenha sido substituído pelo Bolsa Família, que tem caráter mais assistencialista. É claro que o governo tem motivos para comemorar, afinal, depois da Previdência Social, o Bolsa Família é o maior programa de distribuição de renda existente no Brasil. E também a maior usina de votos favoráveis ao governo. Espero, entretanto, que o resgate de uma importante medida do Fome Zero - estabelecer prazo para as famílias se emanciparem do programa - venha a imprimir ao Bolsa Família um caráter mais educativo, de promoção cidadã. É preciso que os beneficiários produzam sua própria renda, sem depender do poder público nem correr o risco de retornar à miséria.
UOL - Quando o senhor deixou o governo, fez críticas à burocracia, que atrapalhava o andamento do Fome Zero. De lá para cá, mudou alguma coisa? Houve melhoras na execução dos programas sociais?
FB - Quanto ao Bolsa Família, houve evidente melhora, sem dúvida, graças ao empenho do ministro Patrus Ananias. Porém, me pergunto pelos outros programas que faziam parte da cesta emancipatória do Fome Zero: onde estão os cursos profissionalizantes? A formação de cooperativas? Os restaurantes populares? Os bancos de alimentos? Os comitês gestores? Por que conceder facilidades de acesso ao crédito se já existia, no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, iniciativas, como o Banco Popular (que fim levou?) nesse sentido?
UOL - Que balanço o senhor faz hoje dos programas de combate à fome e do Bolsa-Família?
FB - Em geral, positivos, mas provisórios enquanto as medidas assistencialistas não forem respaldadas por reformas de estrutura. De que adianta distribuir renda a quem aspira que se distribua terra? Como é possível ter êxito no combate à fome sem reforma agrária? Como se explica as famílias pobres terem mais acesso à renda e ao consumo e, ao mesmo tempo, sofrerem a ameaça de dengue e febre amarela? O governo combate, de fato, a miséria, mas não a desigualdade social, pois teme mexer nas estruturas arcaicas do país e desagradar os que se enriquecem graças à injustiça estrutural.
PROGRAMA NÃO DISTRIBUI RENDA |
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Para Michel Zaidan Filho, cientista político da Universidade Federal de Pernambuco, o Bolsa-Família realmente conseguiu um avanço no combate à miséria, motivo de comemoração para o governo federal. "Dessa perspectiva, não há dúvida o governo tem muito o que comemorar porque isso tem impactos diretos e indiretos na qualidade de vida, no acesso a determinados serviços, na melhoria da alimentação, da saúde", afirmou. No entanto, ele chama atenção para a pouca efetividade do Bolsa-Família no que diz respeito à concentração de renda no país, já que a versão brasileira dessa política não é encarada como um direito universal de todos os cidadãos. |
FB - É muito cedo para avaliá-las. Quanto ao impacto, é claro: o governo já iniciou sua campanha pelas eleições municipais.
UOL - O senhor vê uso eleitoral do Bolsa-Família? Acha isso inevitável em ano de eleição?
FB - Em política tudo tem uso eleitoral, do contrário o poder não seria motivo de tanta cobiça. Ainda que haja motivação eleitoreira, importa-me saber se os mais pobres são beneficiados. E isso tem ocorrido, embora sem o caráter emancipatório a que me referi.
UOL - O senhor acredita que o pagamento de renda pelo governo a essas famílias possa causar algum tipo de dependência?
FB - A dependência é clara, pois onde há dinheiro, há dependência. O próprio governo é consciente disso, tanto que agora retomou um critério do Fome Zero: estabelecer prazo de permanência no programa. A questão é saber se, após os dois anos como beneficiária, a família encontrará de fato sua porta de saída, conquistando autonomia para produzir sua própria renda.
UOL - Esse tipo de programa vira um caminho sem volta? Como fazer com que essas pessoas "caminhem com as próprias pernas"?
FB - Só se pode "caminhar com as próprias pernas" quando se vive num país cujas estruturas sócio-econômicas não produzem tanta desigualdade e, portanto, oferecem à maioria acesso razoavelmente igualitário aos direitos de cidadania. O povo brasileiro, em sua maioria, jamais "caminhará com as próprias pernas", sem ter que apelar ao poder público, às instituições filantrópicas, ao trabalho informal, à contravenção como o narcotráfico, enquanto não houver aqui reforma agrária e leis que, de um lado, impeçam que se criem as condições de miséria e, de outro, o enriquecimento abusivo. Não temos ainda democracia econômica.
UOL - Por fim, o senhor considera o programa vulnerável a fraudes?
FB - Lamento que o programa seja monitorado pelas prefeituras, onde há freqüentes indícios de corrupção, e não pelos comitês gestores, formados por representantes da sociedade civil, como se propôs na fase inicial do Fome Zero. Sem a sociedade civil fiscalizar, pressionar e cobrar, o poder público costuma cair em tentação.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
O QUE É A FESTA DE HALLOWEEN?
O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro. A comemoração veio dos antigos povos bárbaros Celtas, que habitava a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos.
Os Celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante a noite, e queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar as pessoas. Então os Celtas costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar estes espíritos.
Esse episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os Celtas e outros povos da Ilha, especialmente através de S. Patrício no século IV e V; e com o grande S. Columbano no século VI. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão, em uma festa religiosa. Esta estratégia religiosa foi ensinada por S. Leão Magno e S. Gregório Magno. Ela passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém catequizado, deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o Dia de Todos os Santos.
Mas, a tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, os não convertidos ao Cristianismo celebravam também a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos, não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar o dia de todos os Santos. Esses são reais e verdadeiros, são modelos de vida para nós e, diante de Deus intercedem por nós sem cessar.
É bom lembrar a recomendação de São Paulo: “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?” (1 Cor 10,19-22)
Do livro “Falsas Doutrinas – seitas e religiões”
MARANHÃO: AGED-MA REALIZA CAMPANHA "CAMPO LIMPO, AMBIENTE SAUDÁVEL"
Risco
Emalagens de agrotóxicos podem ser perigosas
Estas embalagens são uma ameaça para o meio ambiente e o homem quando descartadas de forma inadequada
Marcela Mendes
Emalagens de agrotóxicos podem ser perigosas
Estas embalagens são uma ameaça para o meio ambiente e o homem quando descartadas de forma inadequada
Marcela Mendes
Vazias, mas em local inadequadas, as embalagens de agrotóxicos representam um grande perigo para o ser humano e para o meio ambiente. Na tentativa de minimizar esses impactos, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA) está realizando a campanha “Campo Limpo, Ambiente Saudável”, que tem o objetivo de recolher e dar um destino adequado a esse material produzido no estado.
A Aged-MA tem a obrigação apenas de fiscalizar se as embalagens vazias de agrotóxicos estão tendo o destino adequado. Aos consumidores cabe a obrigação de lavar, inutilizar e devolver as embalagens depois de usadas, os comerciantes têm o dever de disponibilizar um local licenciado para receber as embalagens, enquanto os fabricantes das embalagens precisam reciclar ou incinerar esse produto.
Atualmente, os estágios mais deficientes desse processo são os que ficam sob a responsabilidade dos consumidores e dos comerciantes. Isso acontece primeiramente porque muitas pessoas que compram agrotóxicos não têm conhecimento dos cuidados que devem tomar com as embalagens. Outro problema é porque, para está autorizado a receber as embalagens, o comerciante precisa atender uma série de exigência do Ministério do Meio Ambiente, o que restringe muito a quantidade.
A Aged-MA tem a obrigação apenas de fiscalizar se as embalagens vazias de agrotóxicos estão tendo o destino adequado. Aos consumidores cabe a obrigação de lavar, inutilizar e devolver as embalagens depois de usadas, os comerciantes têm o dever de disponibilizar um local licenciado para receber as embalagens, enquanto os fabricantes das embalagens precisam reciclar ou incinerar esse produto.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Bispo diz que ''PT é o partido da morte''.
Para Bergonzini, que fez 2 milhões de cópias do folheto 'apelo a todos brasileiros e brasileiras', o PT aceita aborto até 9º mês de gravidez
Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
"O PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte", afirmou ontem d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo diocesano de Guarulhos, na Grande São Paulo. "O PT descrimina o aborto, aceita o aborto até o nono mês de gravidez. Isso é assassinato de ser humano que não tem nem o direito de se defender."
D. Luiz é a voz dentro da Igreja católica que desconforta Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e a coloca no centro da polêmica sobre o aborto. É dele a iniciativa de fazer 2 milhões de cópias do folheto "apelo a todos os brasileiros e brasileiras".
Mais que um libelo contra a interrupção da gravidez, o documento é uma recomendação expressa aos brasileiros para que "nas próximas eleições deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto". Não cita nominalmente a petista, mas é a ela que se refere claramente.
"Eu tenho uma palavra só, eu não tenho duas ou três palavras como a dona Dilma tem. Ela apresentou três planos de governo, o segundo mascara o primeiro e o terceiro mascara o segundo", disse d. Luiz, na casa episcopal, onde recebeu a imprensa para falar pela primeira vez sobre a ação da Polícia Federal que, há uma semana, confiscou 1 milhão de folhetos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A corte acolheu liminarmente ação cautelar do PT que alegou ser alvo de documento apócrifo e falso. "Foi uma violência contra a Igreja", reprova o bispo. Mas ele não recua. Por meio dos advogados da Mitra de Guarulhos, João Carlos Biagini e Roberto Victalino de Brito Filho, o bispo requer ao TSE que revogue a decisão provisória e determine a imediata devolução da papelada que mandou fazer na Gráfica Plana, no Cambuci, em São Paulo.
Nos templos. Se recuperar os panfletos, que considera pertencer à Igreja, d. Luiz planeja distribuir um a um nas portas e nos arredores dos templos nos limites de sua Diocese e mesmo além. "Eu sou pela verdade. Pela verdade eu morro se preciso for, pela Igreja eu morro, pela minha consciência eu morro. Não tenho medo. Estou enfrentando situação difícil, mas vou continuar." A seu rebanho ele prega: "Não vote na Dilma."
Indigna-o a acusação do PT, de que seu apelo é uma falsificação. O documento, observa, é oficial da Igreja, assinado por três bispos e aprovado pelas Comissões Diocesanas de Defesa da Vida. "O PT é o partido da mentira. Dilma sempre declarou que era um absurdo não liberar o aborto. Agora ela é até muito católica. É lógico, depois das pesquisas ela mudou de opinião. Me acusam de mentir sobre esses fatos verdadeiros. O PT é o partido da morte. Diante de tanta manipulação espero que o povo enxergue a verdade e vote certo."
Ressalta que não está fazendo campanha ou pedindo votos para José Serra (PSDB), antagonista de Dilma. Conhece o tucano que, como ministro da Saúde, passou pela cidade. "Mas nunca tomei uma taça de vinho com ele, nem mesmo copo d"água."
Sua missão, diz, é promover o evangelho e a doutrina cristã. Apresenta-se como sacerdote do Altíssimo. "Na defesa da vida vou até a morte. Nunca pedi que votem ou não votem em Serra. Eu digo que não votem na Dilma. Há outras opções, o voto nulo, o branco. Sou político, tenho direito de ser, mas não partidário."
Sua diocese abriga 1,3 milhão de habitantes, espalhados em 341 quilômetros quadrados. É a segunda maior do Estado, com 36 igrejas e 50 capelas. Ele considera "contrassenso" o fato de o presidente Lula ter oferecido abrigo à mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento. "O governo oferece até asilo político para uma senhora condenada em seu País. Aqui aceita que se mate crianças nossas, que não cometeram crime algum, e em grande quantidade."
Pressões não o inibem. Carta anônima chegou a seu retiro, a 23 de setembro, postada na agência Central dos Correios, um manuscrito que atribui a petistas violências e morte. "Não tenho medo." São muitas, "pelo menos 300", as manifestações de solidariedade que tem recebido - elas chegam por e-mails, telefonemas, cartas e telegramas, até de d. Evaristo Arns. "De político não chegou nenhuma mensagem."
E os R$ 30 mil investidos na impressão, de onde saíram? "Doações espontâneas que chegaram a mim, doações de pessoas não ligadas a partidos. Gente que me deu ajuda com essa finalidade, de fazer folhetos. Teve sobra, vou doar à Diocese."
Não o incomoda o fato de a gráfica do Cambuci pertencer a empresário casado com uma filiada do PSDB, irmã de Sérgio Kobayashi, que integra a campanha de Serra. "Essa mesma gráfica imprimiu jornais e panfletos para candidatos do PT."
D. Luiz diz respeitar "a opinião e a posição" de qualquer cidadão. "Não sou desses que manda sequestrar impressos, que amordaça a imprensa, como infelizmente acontece em nosso País hoje. Estou com a consciência tranquila de ter feito a minha obrigação. A minha posição é esta: não pode votar na Dilma. Se ela vencer vou lamentar. Vou respeitá-la como presidente, mas vou continuar minha luta. Eu tenho uma palavra só, contra o aborto. É uma norma pétrea. Não vou ceder."
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