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Advogado Diogo cabral e Padre Inaldo Serejo durante encontro de comunidades quilombolas
O Padre Inaldo Serejo, coordenador da CPT Maranhão e o advogado da CPT, Diogo Cabral, foram ameaçados de morte na última segunda-feira, pelo fazendeiro Edmilson Pontes de Araujo. A ameaça aconteceu no município de Cantanhede, durante a realização de uma audiência preliminar do processo nº 3432010, de autoria dos trabalhadores rurais do quilombo de Salgado, município de Pirapemas. Os réus do processo são todos latifundiários da região, Edmilson Pontes de Araújo, Ivanilson Pontes de Araujo e Moisés Sotero.
Segundo o advogado, o fazendeiro Edmilson Pontes dizia em alto e bom som na porta do Fórum “ É um absurdo gente de fora trazer problemas para o povoado, a gente tem é que passar fogo de vez em quando nesse pessoal, que nem fizeram com a irmã Doroty!’’ referindo-se ao padre Inaldo,a Diogo Cabral e ao agente da CPT Marti Micha (alemão naturalizado brasileiro). E fazendo alusão á irmã Doroty Stang, freira norte americana, naturalizada brasileira, assassinada com seis tiros no Pará.
A luta dos quilombolas contra os latifundiários acontece desde 1981, em 7 de outubro de 2010 foi concedida manutenção de posse aos quilombolas, mesmo assim, os fazendeiros continuaram a destruir suas roças, matar animais, cercar os acessos as fontes de água além de constantemente ameaçarem de morte os trabalhadores.
Não satisfeitos, os fazendeiros ingressaram com uma ação de reintegração de posse contra as famílias, o novo juiz da comarca, Frederico Feitosa, no último dia 6 de julho, deferiu uma liminar em favor dos fazendeiros em apenas 24 minutos. O fato levou a CNBB a emitir uma carta, expressando sua indignação com o poder judiciário ao presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão. “ quando soube da decisão do juiz, eu e padre Inaldo fomos imediatamente na comarca de Cantanhede e agravei a decisão. No dia 18 de julho foi concedido efeito suspensivo à decisão que reintegrava a posse em favor dos fazendeiros. Relata Diogo Cabral.
Incansáveis na luta em defesa dos direitos dos quilombolas no Estado, não é a primeira vez que padre Inaldo e Diogo são ameaçados de morte, já perderam a conta dos telefonemas ameaçadores que receberam e a CPT já foi arrombada duas vezes. Apesar de saberem do risco os agentes disseram que não recuarão da luta.
Incansáveis na luta em defesa dos direitos dos quilombolas no Estado, não é a primeira vez que padre Inaldo e Diogo são ameaçados de morte, já perderam a conta dos telefonemas ameaçadores que receberam e a CPT já foi arrombada duas vezes. Apesar de saberem do risco os agentes disseram que não recuarão da luta.
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