Ver a AGED no estado em que nós estamos deixando que ela fique, me constrange. Sei que há uma série de fatores corroborando para esta situação, entretanto, acredito seja muito salutar voltar os nossos olhos para dentro de nós mesmos e vermos qual a nossa parcela de contribuição para esse quadro. Até que ponto a minha acomodação corroborou com tudo isso? Pois, sabemos que existem ações que só poderão ser executadas com os recursos estruturais e financeiros, mas outras dependem apenas de papel, caneta... Também sei que em alguns Escritórios nem mesmo luz dispõe, sei até que em alguns municípios o escritório funciona na residência do servidor. Não estou criticando, não sou perfeita, faço esta reflexão todo dia, para que não morra dentro de mim este sentimento de compromisso comigo mesma, como veterinária, como servidora pública, como cristã, como maranhense.
Na verdade isto é um desabafo. Um grito de socorro, pois não acredito que a AGED seja de DIretor A ou B, a AGED é minha, é sua, é nossa. É de todo aquele que ama o que faz, que reconhece o maior pagamento pelo seu serviço não no final do mês quando vem o contra-cheque, não que não seja importante rechear o bolso (não sou hipócrita), mas que reconhece que muito mais gratificante é o Muito Obrigado, daquele produtor rural, do povoado mais distante, desassistido de tudo, mas que abre as portas da casa dele e te oferece o melhor que tem para comer naquele dia. A AGED é daquele que não se envaidece com o título de "Doutor", mas que tem a grata satisfação de ver um animal com a saúde restabelecida.
Lembremo-nos que o pão material sacia a fome, mas não sacia a alma... e acredito que é isso que está faltando para todos nós servidores da AGED. Poderemos receber o triplo do que recebemos hoje, mas se não acreditarmos no que estamos fazendo, se nós mesmos não valorizarmos o suor, o potencial e o trabalho que fazemos, não sairemos desta inércia e nem tiraremos de nós mesmos este peso que nos oprime o peito e nos faz dizer "Eu não tenho mais vontade de ir para a AGED..." ou que nos faz jogar a culpa de qualquer coisa um em cima dos outros, tal como uma batata quente que ninguém quer segurar.
Acredito que temos força, competência e coragem para mudar este quadro, pois nos anos em que a AGED alcançou os seus melhores resultados eramos nós mesmo quem estavamos a frente das UVL's, EAC's e demais postos de execução de trabalho, pois somos nós quem fazemos a AGED.
Pode até ser uma visão romântica, idealizadora, mas quando perdemos a capacidade de sonhar com um horizonte melhor é preferível cavar um buraco e nos enterrar, pois o que resta então? Quando perdemos a ESPERANÇA perdemos a capacidade de nos esforçarmos e fica muito reduzida as chances de sucesso.
Margarida Prazeres
Médica Veterinária
Fiscal de Defesa Animal / AGED-MA
Concordo com você Margarida e me lembro de que também partilhei desse seu sonho mesmo sendo apenas um servidor de cargo comissionado. Tentei dar minha parcela de contribuição no momento que passei na AGED, mais lhe digo enquanto existir pessoas ai que não se comprometam pelo menos dar sua parcela de contribuição para um bem maior como o caso da GTA eletrônica meu único caso de frustração profissional, uma GTA que em estagio final foi engavetada por pessoas que sem saber com esta o andamento do projeto ao assumir um cargo maior dizem que "eu cantei a pedra". Pessoas estas que ao invés de apenas catar a pedra mais façam algo para que um situação de desastre eminente seja modificada. Pessoas que se comprometam com um projeto e não apena pulem do barco por achar que o projeto ficou inviável ou para esconder suas próprias incompetências.
ResponderExcluirEnfim Guida, espero que atitudes como a sua contagiem mais pessoas e que realmente a nova diretoria da AGED esteja REALMENTE comprometida com inovações.
JORGE HELENO BALDEZ JUNIOR