quinta-feira, 14 de julho de 2011

O moderno mundo solitário...

Escrito por George Castro

Em tempos de neoliberalismo econômico, social, cultural etc, o estado ao se achar incapaz de cumprir suas responsabilidades, transfere-as a outros, pois, não há tempo a perder com coisas supérfluas, como cuidar da saúde, educação, alimentação e segurança do seu povo. É mais fácil ficar á distância e “colher” os resultados, pois, se algo der errado, exime-se da culpa.Nas relações humanas não tem sido diferente...
Houve um tempo, e não tão longe, em que o Pai, a Mãe e os filhos, sentavam-se ao redor da mesa, e ali, colocava-se em dia as tristezas e as alegrias da vida, repartia-se o pão e o abraço. Os pais falavam, e acreditem, os filhos ouviam. Traçavam-se planos juntos: As férias, o trabalho, a reforma da casa, a compra do carro novo, o natal, o ano novo... Não tinha tanta tecnologia, então se escrevia cartas a mão, dava-se recados de corpo presente, os parabéns eram dados com beijos e abraços autênticos e, na maioria das vezes, na casa do aniversariante. Namorava-se de porta, e não se tinha tanta pressa... Os amigos se visitavam, os vizinhos se conheciam, fazia-se festa nas ruas e não tinha tanta violência, tanta droga, banalização e morte.
Hoje vivemos em um mundo virtual, onde as pessoas não se tocam não se cheiram não se falam e não se ouvem. É comum encontrarmos várias pessoas em um mesmo ambiente sem que troquem uma palavra por várias horas. Temo que no futuro, a humanidade venha a perder a capacidade de falar, abraçar e sorrir. Um simples aperto de mão ou um aceno poderão ser considerados gestos agressivos ou suspeitos.
E assim caminha a humanidade rumo à solidão, ao individualismo e ao consumismo desenfreado, que nada mais é do que uma forma de tentar preencher as carências e os vazios que o mundo moderno não consegue suprir. Por isso, há tanta gente triste no mundo, pois, as coisas não substituem o amor humano e muito menos o amor de Deus.


Um comentário:

  1. Um texto, repleto de reflexões, onde me bateu uma saudade daquele tempo, eramos felizes. Que pena, substituimos tudo aquilo pelo individualismo.

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