Os trabalhadores em educação de todo o Estado iniciaram hoje uma greve geral por tempo indeterminado. A paralisação da categoria foi decidida na semana passada em 18 assembleias regionais.
Os professores estão concentrados em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite. Em seguida, farão um ato público em frente ao Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado.
Os professores afirmam estarem descontentes com as políticas educacionais aplicadas pelo governo estadual tendo como ponto central a não aprovação e implantação do Estatuto do Educador, em negociação desde 2009.
Logo depois da aprovação de greve pelos trabalhadores em São Luis, (dia 23), o governo reuniu com os dirigentes sindicais que encabeçam o movimento e apresentou uma nova proposta. Dessa vez, o governo oferece 10% (dez por cento), a partir de 1º de outubro deste ano (2011), além do envio da proposta do Estatuto do Educador à Assembléia Legislativa.
A alegação para tal porcentagem, de acordo com a equipe governamental, é a falta de recurso suficiente para a implantação imediata de toda a tabela apresentada pelo Sindicato. O governo estima em R$ 200 milhões o valor necessário para iniciar a implantação do Estatuto.
“Sugerimos que o governo retire recursos do pagamento da dívida do Estado que, segundo o Secretário Chefe da Casa Civil, atualmente chega a 14% do Orçamento Estadual”, destacou o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro.
OUTRO LADO
Em nota a Secretaria de Estado da Educação informou que o compromisso do Governo do Estado implantar neste ano o Estatuto do Educador, contemplando, inclusive, revisão salarial da categoria. A leia a íntegra do comunicado abixo.
NOTA – SEDUC
Aos professores,
É compromisso do Governo do Estado implantar neste ano o Estatuto do Educador, contemplando, inclusive, revisão salarial da categoria.
Depois de várias reuniões, na tentativa de estabelecer um acordo e construir democraticamente um estatuto que garanta a valorização dos direitos do educador, foi demonstrado ao Simproesemma, com total transparência, o limite das possibilidades de aumento de remuneração em 2011 sem o comprometimento do investimento e do custeio da rede pública de ensino do Estado.
Qualquer concessão a mais seria um ato de irresponsabilidade. O governo foi até o limite do que é legal e do que é possível honrar.
Considerando que neste ano vai ocorrer o acréscimo de remuneração dos professores, por conta do estatuto, e que, pela primeira vez, depois de oito anos, o calendário escolar deverá ser cumprido dentro do período letivo, o governo entende que os mais de 500 mil alunos maranhenses não podem ser prejudicados com a paralisação das atividades nas escolas, por isso espera pela sensibilidade da categoria em rever o posicionamento para que não ocorra a greve anunciada.
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