Uma operação surpresa executada pela Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), em parceria com o 6º Batalhão da Polícia Militar, apreendeu, no último fim de semana, cerca de meia tonelada de queijo.
A Operação Tom e Jerry foi executada, a partir da noite de sexta-feira (18),
após denúncia anônima de que a carga de queijo clandestino seria embarcada em um ônibus de linha interestadual que faz o trajeto Imperatriz - São Luís.
A equipe formada por fiscais da Unidade Veterinária Local de São Luís,com apoio de policiais militares, no Posto de Fiscalização da Estiva, vistoriaram o ônibus suspeito, por volta das 6h, de sábado (19), e encontraram o carregamento de quase meia tonelada, sem certificação sanitária ou nota fiscal, ou seja, tinha origem desconhecida.
"A carga que é altamente perecível, era transportada em veículo inadequado, sem refrigeração, acondicionada na gaveta de cargas do ônibus", explicou Marcelo, chefe da unidade local.A carga foi inutilizada com o uso de creolina e aterrada no aterro da Ribeira, em São Luís. Segundo fiscalizações da agência, o queijo clandestino é vendido, geralmente, em feiras e pequenas lanchonetes de São Luís.
Segundo Marcelo Falcão, a agência havia recebido a denúncia do transporte irregular de queijo clandestino há cerca de seis meses, e esperava o momento certo de realizar o flagrante. "Por telefone, recebemos a denúncia que haveria o transporte dessa carga clandestina no ônibus que faz a linha Imperatriz - São Luís. Essa é segunda vez que executamos essa operação", esclareceu o coordenador.
Polo Queijeiro
De acordo com informações levantadas pela Aged, há um polo de pequenos produtores de queijo na Região Tocantina, especialmente, nas proximidades de Açailândia. Os fiscais da região estão sempre em alertas para impedir o comércio de queijos sem origem conhecida, para proteger a saúde da população.O passageiro suspeito de transportar a carga apreendida foi autuado em flagrante e multado por transporte de produto de origem animal sem certificação e em veículo inadequado. O suspeito pretendia comercializar o produto apreendido em feiras da capital maranhense.
"O principal prejuízo para os produtores que cometem esse crime é o financeiro. Eles costumam vender o queijo em média R$ 10,00/kg, então, essa última apreensão gerou um prejuízo de mais de R$ 5.000,00 ao produtor", explicou Marcelo Falcão.
Outras operações vêm sendo realizadas pela Aged, em parceria com outras instituições, a exemplo da Operação Queijo Ilegal, deflagrada em outubro do ano passado, resultado de uma ação conjunta entre a Agência e a Superintendência Federal de Agricultura do Maranhão, com apoio das Polícias Federal e Militar de Imperatriz, que resultou na apreensão e inutilização de cerca de 7,5t de produtos lácteos clandestinos e na interdição de quatro estabelecimentos sem registros em órgãos de fiscalização oficial. Tudo isso em prol da segurança alimentar do Estado do Maranhão, conforme informações da Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Aged.
Nenhum comentário:
Postar um comentário