sábado, 30 de abril de 2011

Aborto de fetos com anencefalia.O que diz a Igreja?

Do cleofas.com.br
(Publicado por Zenit.org em 07/07/2004)




Por  Dom Odilo Pedro Scherer* 

Aborto de fetos com anencefalia 

O Ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal, acolheu na semana passada uma liminar autorizando a "interrupção da gravidez" nos casos de fetos sem cérebro. Tais fetos, caso consigam desenvolver-se até à maturidade e o parto, geralmente, não sobrevivem por muito tempo fora do ventre da mãe. Trata-se, de fato, da permissão de "descumprir" a lei brasileira que veta o aborto, sem incorrer nas sanções previstas por essa lei. A decisão do Ministro causou perplexidades e ainda deverá ser julgada pelo plenário da Suprema Corte, podendo ser alterada, ou mantida.

A Presidência da CNBB emitiu uma Declaração manifestando sua posição contrária à liberação do aborto, nesses casos. O debate sobre esta questão passou à opinião pública através dos meios de comunicação e as perguntas da sociedade são muitas. A Igreja não poderia ficar ausente deste debate.

--Por quê a Igreja é contrária à "interrupção da gravidez" dos anencéfalos? 
--Dom Odilo: Porque ela é a favor da vida e da dignidade do ser humano, não importando o estágio do seu desenvolvimento, ou a condição na qual ele se encontre. A vida é sempre um dom de Deus e deve ser respeitada, desde o seu início até o seu fim natural. Não temos o direito de tirar a vida de ninguém.

--Mas estes fetos não sentem dor, não podem expressar movimentos e não têm chance nenhuma de sobreviver. Podem ser considerados seres vivos? 
--Dom Odilo: A vida humana não está apenas num órgão, como o cérebro, por mais importante que ele seja. A vida está no conjunto das funções do organismo. No caso desses fetos, tanto é verdade que são seres vivos, que eles podem se desenvolver no seio da mãe e chegar até à maturidade, para nascerem. Se não fossem seres vivos, não se desenvolveriam. E são seres vivos humanos. A verdade é que muitos deles já abortam naturalmente e os que nascem não podem viver por muito tempo fora do seio da mãe.

--Considerando que esses fetos não têm nenhuma chance de sobreviverem, não seria melhor eliminá-los logo, sem esperar que nasçam? 
--Dom Odilo: Pensar assim, seria introduzir um princípio perigoso. A vida deve ser respeitada sempre, não importando quantos anos, dias, ou minutos alguém possa viver. Contrariamente, poderemos chegar também a concordar com a supressão da vida dos doentes terminais, dos idosos, dos que têm doenças incuráveis.

--A Igreja tem medo que a autorização do Supremo Tribunal possa abrir a porta para outras permissões questionáveis a respeito da vida humana? 
--Dom Odilo: De fato, a posição da moral católica é pelo respeito à vida e não seria diferente, mesmo que se tratasse apenas dos anencéfalos. De toda maneira, permanece a suspeita de que essa decisão possa levar a outras semelhantes, como a permissão de eliminar fetos que tenham outras síndromes e doenças incuráveis, ou de permitir a eutanásia, quando se trata de doentes terminais, ou de pessoas com doenças incuráveis.

--Mas não deveríamos olhar também o lado da mãe, que gera um bebê sem cérebro? Ela não poderá ficar desesperada e com um drama prejudicial à sua saúde? Não seria melhor permitir que o feto fosse eliminado, para que a mãe não sofresse tanto? Tal gravidez não poderá colocar em risco a saúde da mãe? 
--Dom Odilo: Certamente, a mulher que gera um filho com anencefalia pode passar por um drama grave e por muitos sofrimentos, sabendo que o feto pode morrer ainda no seu seio, ou então, morrerá logo depois de nascer. Temos que ter muita compreensão para com essa mãe e a sociedade dispõe de muitos meios para ajudá-la. Mesmo o risco para a saúde da mãe pode ser controlado pela medicina. Mas o sofrimento da mãe não é justificativa suficiente para tirar a vida do filho dela. Além disso, fazer o aborto, nestes casos, pode marcar a mãe com um segundo drama, que ela vai carregar para o resto da vida. Abortar um filho não é solução, mas é um problema a mais para a mãe. Melhor, neste caso, é deixar que a natureza siga o seu curso natural.

--A opinião da sociedade, em geral, não é a mesma da CNBB e parece favorável à interrupção da gravidez dos fetos anencéfalos. 
--Dom Odilo: Conhecemos apenas a opinião daqueles que têm o poder da comunicação, mas não sabemos se, de fato, a maioria das pessoas concordaria com o aborto dos anencéfalos. A verdade é que os juízos morais não dependem da opinião da maioria, mas da adequação à verdade das coisas. Não se pode esquecer que se trata de vidas humanas, que devem ser respeitadas sempre. Trata-se de vidas frágeis, doentes, indefesas. De uma sociedade culturalmente evoluída e humanamente responsável se ela espera que respeite a vida e a dignidade dos mais fracos e os ampare e proteja; se a sociedade dos adultos, dos fortes e sadios, dos que têm a ciência, a técnica, o dinheiro e o poder a seu dispor, não fizer isso, corremos o risco de voltar à lei da selva, onde os mais fortes se prevalecem dos mais fracos e indefesos. E seria a negação de toda a civilização e da cultura.

--Mas o Brasil é um Estado laico e não será a Igreja que vai determinar aquilo que a sociedade deve fazer. 
--Dom Odilo: De fato, o Brasil não é um Estado religioso, mas a sociedade, em função da qual o Estado existe, é religiosa em sua grande maioria. O Estado não deve ir contra seus cidadãos, nem desrespeitar sua cultura e suas convicções. Ademais, o respeito à vida do próximo não é questão de religião e de convicção religiosa: Trata-se de uma questão de lei natural, que vale para todos, mesmo para os que não têm religião. Por esse princípio, não por uma questão de religião, é que cada cidadão pode contar com a proteção das leis contra aqueles que agridem sua vida ou a põem em perigo.

 
*Bispo Auxiliar de São Paulo 
Secretário-Geral da CNBB

SEM DIREITO A NASCER: Juiz autoriza aborto de bêbê anencéfalo no Maranhão.
















Juiz de São José de Ribamar autoriza interrupção de gestação de um bebê diagnosticado anencéfalo




O juiz Márcio Castro Brandão, titular da 1ª vara de São José de Ribamar, através de uma liminar, autorizou judicialmente a interrupção de uma gravidez. A mãe, M.L.M. e o pai, F. L. S. P., solicitaram à justiça a interrupção porque o bebê é anencéfalo. Segundo o juiz, uma gravidez dessa natureza representa risco de morte à gestante. As duas ultrassonografias realizadas em dias e por médicos distintos diagnosticaram a anomalia da criança.

A decisão foi tomada esta quarta-feira (27). A mãe estava grávida de quase cinco meses. Na decisão, Márcio Brandão observa que existia ainda uma grande possibilidade de óbito intra-uterino, além das probabilidades de eclampsia e pré-eclampsia. “Dar prosseguimento a essa gravidez representaria uma dor maior ao casal, pois ainda que o feto venha a nascer, não teria expectativas de vida”, assinalou o magistrado.

Para o juiz, essa questão é complexa e polêmica, pois extrapola o campo jurídico, atingindo outras áreas como a medicina, a sociologia e a religião, dentre outras. “Esse fato coloca em discussão os limites entre a vida e a morte com foco nos princípios da dignidade da pessoa humana, da legalidade e direito à saúde. Sob esse aspecto, é essencial dissociar minhas convicções pessoais e religiosas, pois em um Estado laico as decisões precisam estar fundamentadas em princípios do direito e não nas crenças religiosas”.

A anencefalia é uma doença caracterizada pela ausência de ossos no crânio e do encéfalo fetal na vida intrauterina, podendo o bebê nascer sem o cérebro ou com o cérebro, mas sem função e sem o crânio para protegê-lo. Segundo estudos e pesquisas cientificas é impossível afastar os efeitos da doença, de modo que a chance de vida extrauterina é diminuta, pois o que ainda dá vida ao feto é o cordão umbilical, a partir do momento que for rompido é inviável a sobrevivência por um prazo razoável.

O magistrado citou o artigo 128 do Código Penal, que permite o aborto nos casos de perigo de vida para a gestante e da gravidez decorrente de estupro. “Neste aspecto, não se pode aceitar o argumento de que não há previsão legal que autorize o aborto no caso de feto anencefálico, se da mesma maneira há risco para a vida da gestante, com patente violação de sua integridade física, moral e psíquica e, ainda, inexiste possibilidade de vida extrauterina, ao contrário das hipóteses previstas na lei penal”, enfatiza.

Mário Márcio destaca ainda, o artigo 1º da Constituição Federal, que trata da dignidade da pessoa humana. Esse princípio está diretamente vinculado aos valores existenciais mais importantes, formando aquilo que se denomina patrimônio mínimo existencial, de maneira que qualquer um pode perceber a sua violação, na medida em que tem seus sentimentos mais profundos atingidos, em virtude dos sentimentos de dor, desespero, frustração e traumas inimagináveis.

O juiz conclui afirmando que “diante da gestação de um feto portador de anomalia incompatível com a vida extrauterina, a antecipação do parto é medida que se impõe, uma vez que a morte do feto é inevitável”. Ele autorizou a gestante e os médicos a realizar a cirurgia, interrompendo-se a gravidez em curso, a ser realizado no Hospital Marly Sarney, em São Luis, conforme requerido.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Maranhão:Governo adia reunião com educadores e greve continua.

Do Blog do John Cutrim

Acampados há quatro dias no prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), os educadores da rede estadual de ensino do Maranhão, em greve há 60 dias, vão dar continuidade ao movimento, aguardando o resultado da reunião com o governo do Estado, que seria realizada nesta sexta-feira (19), mas foi adiada para a próxima segunda-feira, dia 2, às 16h.
O governo comunicou ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) o adiamento da reunião, com a justificativa de que precisaria de um tempo maior para estudar com sua equipe financeira uma proposta que fosse viável para o Estado e decisiva para a resolução do impasse.
O sindicato compreendeu os argumentos do governo e levou a notícia do adiamento para a categoria, que decidiu fortalecer o acampamento, neste final de semana, até uma nova avaliação, já com o resultado da reunião. “Precisamos de todos nesse momento para fortalecer essa trincheira de luta”, convoca o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro.
Os educadores estão acampados na Seduc, em vigília permanente, desde o início da noite de terça-feira (26), indignados com a falta de confirmação do governo de uma audiência, que aconteceria naquele dia, num indicativo proposto pelo próprio governo e que gerou grandes expectativas entre os trabalhadores.
Os profissionais da educação esperam que desta reunião de segunda saia definitivamente uma proposta concreta do governo com relação ao reajuste salarial, o único ponto que falta ser acertado para que o SINPROESEMMA proponha o encerramento do movimento grevista, em assembleias. O Estatuto do Educador e os demais pontos da pauta de reivindicação serão acordados em uma mesa de negociação permanente, uma proposta apresentada pelo governo na última reunião realizada com a categoria, na quarta-feira passada (27).
Além da discussão na mesa permanente, o governo manteve o compromisso de encaminhar o Estatuto do Educador para aprovação na Assembleia Legislativa, e sinalizou em suspender as punições aos trabalhadores grevistas, como o corte de ponto e os descontos nos salários, em garantir o retorno dos professores, devolvidos à Seduc, às suas escolas de origem, e suspender o impedimento do acesso do SINPROESEMMA e de educadores em greve ao interior das escolas além da multa de R$ 50 mil diária imposta ao sindicato. Resta apenas fechar acordo quanto à questão salarial, item que a categoria considera indispensável para encerrar a greve.
Como o governo propõe reajustar a tabela salarial somente 30 dias após a publicação do acórdão de julgamento da constitucionalidade da Lei do Piso, pelo Supremo Tribunal Federal, a categoria quer um reajuste emergencial, haja vista que os salários estão sem reajuste há quase dois anos.
Apoio parlamentar
Os educadores recebem apoio de parlamentares que estão solidários com a luta por melhorias na educação. O deputado estadual Bira do Pindaré (PT) foi ao acampamento na Seduc dar força e apoio aos educadores e o deputado Rubens Júnior (PC do B) fez discurso na Assembleia Legislativa em defesa da educação, na manhã desta quinta-feira (28), declarando que “no Maranhão não há muito o que comemorar, porque os professores da rede estadual continuam acampados em frente ao prédio da secretaria, lutando por melhorias para o exercício do magistério”.
Programação cultural
Nesta sexta-feira, às 19h, no acampamento da Seduc, a categoria celebra com o corte de um bolo a árdua resistência de 60 dias de movimento grevista. Para a direção do sindicato é um ato simbólico em homenagem à luta e à coragem dos trabalhadores por esses dois meses de sacrifício por melhorias na educação pública do Maranhão.
No início da noite deste sábado (30), haverá programação cultural, com música ao vivo, voz e violão. No domingo, 1º de maio, feijoada para marcar o Dia do Trabalho, televisão para os acampados assistirem à partida final do Campeonato Carioca (Vasco e Flamengo) e programação cultural, à noite, com música ao vivo.

Maranhão:Professores denunciam casos de repressão e constrangimento.

Do  Site do Simproesemma

Treze professoras lotadas na Escola Pedro Álvares Cabral, na Cidade Operária, denunciaram ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) que foram vítimas de constrangimento e coação quando tentaram retornar à escola para dar aulas. Diante das ameaças de exonerações que vinham recebendo, 18 educadoras decidiram sair da greve e voltar às suas atividades, mas quando chegaram à escola foram surpreendidas com o impedimento do acesso, inclusive com a presença da polícia militar.

As trabalhadoras informaram que a diretora da escola apresentou um documento com seus nomes, onde constava que as 18 educadoras seriam devolvidas à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e substituídas por outros profissionais. Descontentes com a postura da direção, as professoras já estão tomando providências para acionar a Justiça, por meio da assessoria jurídica do sindicato.

A direção do sindicato saiu da reunião com a equipe do governo, realizada nesta quarta-feira (27), na Vice-Governadoria, com a garantia de que as questões relativas às punições contra os trabalhadores em greve, como descontos em salários, substituições e impedimento do acesso dos educadores às escolas, serão revistas pelo governo.

Buriti

No município de Buriti, professores da rede estadual de ensino também denunciam irregularidades, em mensagem enviada ao SINPROESEMMA: “Nós gostaríamos que o sindicato, ao denunciar todos os desmandos do governo em relação à greve, mencionasse a nossa escola e tudo que a diretora Doriana também vem fazendo para reprimir qualquer atitude dos professores em relação ao movimento. Todas as denúncias divulgadas com relação às escolas do estado também vêm acontecendo na nossa. Como escolas caindo aos pedaços; chove dentro das salas de aula; professores de Biologia ministrando aulas de História; corte do ponto de professores que aderiram à greve e constantes ameaças. Pedimos que nossas denúncias também sejam publicadas”.
 

Confira últimas novidades sobre a Beatificação de João Paulo II.


Leonardo Meira
Da Redação, com informações do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé (tradução de CN Notícias)



Montagem sobre fotos / Reuters
Caixão de João Paulo II é retirado do túmulo nas Grutas Vaticanas. Abaixo, secretário particular do Papa polonês (à esquerda) junto ao caixão do amigo

A Beatificação do Servo de Deus João Paulo II envolve uma série de eventos antes e depois do Domingo da Misericórdia, 1º de maio, dia em que Bento XVI inscreverá o nome do Papa polonês no Livro dos Beatos da Igreja.


A Sala de Imprensa da Santa Sé promoveu na manhã desta sexta-feira, 29, um briefing [detalhamento do programa] para explicar como serão todos esses eventos.


Participaram do briefing o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo Vaticano (CTV), padre Federico Lombardi; o diretor do Departamento Litúrgico do Vicariato de Roma, Dom Marco Frisina; o Responsável pelo Departamento das Comunicações Sociais do Vicariato de Roma, padre Walter Insero, e o subsecretário do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Angelo Scelzo.


Acesse
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.: Programa completo para beatificação de JPII é divulgado





Sexta-feira – 29/04


O túmulo de João Paulo II, nas Grutas Vaticanas, foi aberto nesta manhã para a remoção do caixão com o corpo do Servo de Deus e a urna com seus restos mortais foi colocada diante da tumba de São Pedro.


O Papa foi sepultado no interior de três caixas: a primeira, de madeira, era aquela visível durante o funeral; a segunda é de chumbo e selada; a terceira, externa, é novamente de madeira, aquela que se viu nesta manhã no momento da extração do túmulo, em bom estado de conservação, embora manifestando alguns sinais de desgaste pelo tempo.


Após a abertura do túmulo, o caixão permaneceu exposto sobre um catafalco [suporte usado durante homenagens fúnebres], quando houve um breve momento de oração e o Cardeal Angelo Comastri entoou o canto das Ladainhas. Participaram da cerimônia também o secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, o Cardeal Giovanni Lajolo e o Cardeal Stanislaw Dziwisz, bem como os bispos Fernando Filoni, Carlo Maria Viganò, Piero Marini e Zygmunt Zimowski; a Irmã Tobiana e as irmãs do apartamento pontifício de João Paulo II e os Responsáveis da Polícia Vaticana e da Guarda Suíça.


Após a Ladainha, o caixão foi levado diante da tumba de São Pedro e recoberto por um pano bordado a ouro. A grande lápide de mármore do túmulo – removida e posta em outra parte das Grutas, foi conservada intacta e será transportada a Cracóvia, para ser depois colocada em uma nova Igreja a ser dedicada ao Beato.


O caixão permanecerá nas Grutas até domingo, pela manhã, quando será levado à Basílica, diante do altar central, para a homenagem do Santo Padre e dos fiéis após a Beatificação. Nesse intervalo de tempo, as Grutas estão fechadas para o público. O caixão do Beato será depositado no altar da Capela de São Sebastião provavelmente na noite de segunda-feira, 2, após o fechamento da Basílica.




De acordo com o diretor do Departamento Litúrgico do Vicariato de Roma, Dom Marco Frisina, "cada uma das três celebrações da Beatificação é fortemente caracterizada por alguns elementos particulares que pretendem sublinhar a riqueza da personalidade do novo Beato e, ao mesmo tempo, o grande impacto que o seu Pontificado teve na vida da Diocese de Roma e no mundo inteiro".


Sábado – 30/04
A Vigília no Círculo Máximo acontece à noite. Para a Igreja, as celebrações de vigílias têm um significado particular de sempre prepararem para um grande dom. São um momento de reflexão, oração e comunhão.
"Os Santos representam para a Igreja uma riquíssima herança de graça e de fé", afirma Dom Frisina. Além da programação já divulgada para a noite da Vigília, a Santa Sé indicou nesta sexta-feira que algumas filmagens também contarão com o testemunho de jovens de Roma sobre a importância do exemplo e da palavra do Beato nas suas vidas.



Após a oração do Santo Rosário, durante o canto da Salve Regina, todos os presentes serão convidados a acender as suas velas em sinal de alegria a Deus e de devoção à Virgem Maria. Os peregrinos também poderão permanecer em oração durante a noite em oito Igrejas do Centro Histórico: S. Anastasia, S. Bartolomeo all’isola, S. Agnese in Agone a Piazza Navona (com um grupo de jovens poloneses), S. Marco al Campidoglio, Santissimo Nome di Gesù all’Argentina, S. Maria in Vallicella, S. Andrea della Valle e S. Giovanni dei Fiorentini.


A "noite branca de oração" será alternada por diversos momentos: leitura e meditação da Palavra de Deus "Viemos adorá-lo" (Mt 2, 2ss); "Vós, quem dizeis que eu sou" (Mt 16,15ss); silêncio e adoração eucarística; leitura de alguns textos de João Paulo II dirigidos aos jovens, bem como testemunhos e cantos com jovens, recitação do Rosário e Terço da Divina Misericórdia.


Nessas oito Igrejas, os peregrinos poderão viver o Sacramento da Reconciliação, já que numerosos sacerdotes ofereceram a sua disponibilidade para escutar as confissões.




Domingo – 1º/05

A programação segue sem alterações ou novidades.

Segunda-feira – 02/05

O Cardeal Tarcisio Bertone preside a celebração da Missa de Agradecimento pela Beatificação, às 5h30 (horário de Brasília), na Basílica de São Pedro. Os textos litúrgicos serão aqueles próprios do novo Beato.


A preparação para a celebração começa uma hora antes, com a recitação de poesias do beato recitadas pelos atores Dariusz Kowalski e Pamela Villoresi. As leituras serão entremeadas por alguns trechos sinfônicos seguidos pela Orquestra e pelo Coro, bem como pela participação da soprano Ewa Izykowska.


Mensagem da família de Jackson Lago



A família de Jackson Lago vem de público expressar o mais profundo agradecimento pelas manifestações de carinho, amparo e conforto espiritual recebidos desde sua partida. Reconforta-nos saber que a semente de generosidade, afeto e respeito, plantada ao longo de sua vida, germinou no coração de tantos maranhenses e permanecerá como o legado de dedicação aos ideais de justiça e fraternidade.

A FAMÍLIA
  MISSA DE 30 DIAS.
Local:  Igreja Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil – COHAFUMA (ou Igreja do COHAFUMA), as 19:00 horas do dia 04.05.2011.

As provas da ressurreição de Jesus.

Por Prof.Felipe Aquino
Do blog.cancaonova.com/felipeaquino

A Igreja não tem dúvida em afirmar que a Ressurreição de Jesus foi um evento histórico e transcendente. No §639 o Catecismo afirma: “O mistério da Ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente constatadas, como atesta o Novo Testamento. Já S. Paulo escrevia aos Coríntios pelo ano de 56: “Eu vos transmiti… o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze” (1Cor 15,3-4). O apóstolo fala aqui da viva tradição da Ressurreição, que ficou conhecendo após sua conversão às portas de Damasco.
O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2). Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20, 19-23); aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, com Tomé ausente (Jo 20,19-23); e depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29); no Lago de Genezaré (Jo 21,1-24); no Monte na Galiléia (Mt 28,16-20); segundo S. Paulo “apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7).
S. Paulo atesta que Ele “… ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e foi visto por Cefas, e depois pelos Onze; depois foi visto por mais de quinhentos irmãos duma só vez, dos quais a maioria vive ainda hoje e alguns já adormeceram; depois foi visto por Tiago e, em seguida, por todos os Apóstolos; e, por último, depois de todos foi também visto por mim como por um aborto” (1 Cor 15, 3-8).
“Deus ressuscitou esse Jesus, e disto  nós todos somos testemunhas” (At 2, 32), disse São Pedro no dia de Pentecostes.  “Saiba com certeza toda a Casa de Israel: Deus o constituiu Senhor (Kýrios) e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes” (At 2, 36). “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos”.(Rm 14, 9). No Apocalipse, João arremata: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos, e tenho as chaves da Morte e da região dos mortos” (Ap 1, 17s).
Toda a pregação dos Discípulos estava centrada na Ressurreição de Jesus. Diante do Sinédrio Pedro dá testemunho da Ressurreição de Jesus (At 4,8-12). Em At 5,30-32 repete.  Na casa do centurião romano Cornélio (At 10,34-43), Pedro faz uma síntese do plano de Deus, apresentando a morte e a ressurreição de Jesus como ponto central. S. Paulo em Antioquia da Pisídia faz o mesmo (At 13,17-41).
A presença de Jesus ressuscitado era a manifestação salvífica definitiva de Deus, inaugurando uma nova era na História humana; era a força do Apóstolos. Jesus ressuscitado caminhou com eles ainda quarenta dias e criou a fé dos discípulos e não estes que criaram a fé no Ressuscitado.
A primeira experiência dos Apóstolos com Jesus ressuscitado, foi marcante e inesquecível: “Jesus se apresentou no meio dos Apóstolos e disse: “A paz esteja convosco!” Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: “Por que estais perturbados e por que  surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! “Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos, disse-lhes: “Tendes o que comer?” Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o então e comeu-o diante deles”. (Lc 24, 34ss)
Os Apóstolos não acreditavam a principio na Ressurreição do Mestre. Amedrontados, julgavam ver um fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos. Nada disto foi uma alucinação, nem miragem, nem delírio, nem mentira, e nem fraude dos Apóstolos, pessoas muito realistas que duvidaram a principio da Ressurreição do Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: “Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir” (Lc 24,39). Os discípulos de Emaús estavam decepcionados porque “nós esperávamos que fosse Ele quem restaurasse Israel” (Lc 24, 21).
Estes depoimentos “de primeira hora”, concebidos e transmitidos pelos discípulos imediatos do Senhor, são argumentos suficientes para dissolver qualquer teoria que quisesse negar a ressurreição corporal de Cristo, ou falar dela como fraude. Esta fé não surgiu “mais tarde”, como querem alguns, na história das primeiras comunidades cristãs, mas é o resultado da missão de Cristo acompanhada dia a dia pelos Apóstolos.
Com  os Apóstolos aconteceu o processo exatamente inverso do que se dá com os visionários. Estes, no começo, ficam muito convencidos e são entusiastas, e pouco a pouco começam a duvidar da visão. Já com os discípulos de Jesus, ao contrário, no princípio duvidam. Não crêem em seguida na Ressurreição. Tomé duvida de tudo e de todos e quer tocar o corpo de Cristo ressuscitado. Assim eram aqueles homens: simples, concretos, realistas. A maioria era pescador, não eram nem visionários nem místicos. Um grupo de pessoas abatidas, aterrorizadas após a morte de Jesus. Nunca chegariam por eles mesmos a um auto-convencimento da Ressurreição de Jesus. Na verdade, renderam-se a uma experiência concreta e inequívoca.
Impressiona também o fato de que os Evangelhos narram que as primeiras pessoas que viram Cristo ressuscitado são as mulheres que correram ao sepulcro. Isto é uma mostra clara da historicidade da Ressurreição de Jesus; pois as mulheres, na sociedade judaica da época, eram consideradas testemunhas sem credibilidade já que não podiam apresentar-se ante um tribunal. Ora, se os Apóstolos, como afirmam alguns, queriam inventar uma nova religião, por que, então, teriam escolhido testemunhas tão pouco confiáveis pelos judeus? Se os evangelistas estivessem preocupados em “provar” ao mundo a Ressurreição de Jesus, jamais teriam colocado mulheres como testemunhas.
Os chefes dos judeus tomaram consciência do significado da Ressurreição de Jesus, e, por isso,  resolveram apaga-la: “Deram aos soldados uma vultosa quantia de dinheiro, recomendando: “Dizei que os seus discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e roubaram o cadáver de Jesus. Se isto chegar aos ouvidos do Governador, nós o convenceremos, e vos deixaremos sem complicação”. Eles tomaram o dinheiro e agiram de acordo com as instruções recebidas. E espalhou-se esta história entre os judeus até o dia de hoje” (Mt 28, 12-15). A ressurreição corporal de Jesus era professada tranqüilamente pela Igreja nascente, sem que os judeus ou outros adversários a pudessem apontar como fraude ou  alucinação.
Os Apóstolos só podiam acreditar na Ressurreição de Jesus pela evidência dos fatos, pois não estavam predispostos a admiti-la; ao contrário, haviam perdido todo ânimo quando viram o Mestre preso e condenado; também para eles a ressurreição foi uma surpresa.
Eles não tinham disposições psicológicas para “inventar” a notícia da ressurreição de Jesus ou para forjar tal evento. Eles ainda estavam impregnados das concepções de um messianismo nacionalista e político, e caíram quando viram o Mestre preso e aparentemente fracassado; fugiram para não ser presos eles mesmos (Cf. Mt 26, 31s); Pedro renegou o Senhor (cf. Mt 26, 33-35). O conceito de um Deus morto e ressuscitado na carne humana era totalmente alheio à mentalidade dos judeus.
E a pregação dos Apóstolos era severamente controlada pelos judeus, de tal modo que qualquer mentira deles seria imediatamente denunciada pelos membros do Sinédrio (tribunal dos judeus). Se a ressurreição de Jesus, pregada  pelos Apóstolos não fosse real, se fosse fraude, os judeus a teriam desmentido, mas eles nunca puderam fazer isto.
Jesus morreu de verdade, inclusive com o lado perfurado pela lança do soldado. É ridícula a teoria de que Jesus estivesse apenas adormecido na Cruz.
Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos de êxito e de glória, foram baseados na verdade da Ressurreição de Jesus. Afirmar que o Cristianismo nasceu e cresceu em cima de uma mentira e fraude seria supor um milagre ainda maior do que a própria Ressurreição do Senhor.
Será que em nome de uma fantasia, de um mito, de uma miragem, milhares de fiéis enfrentariam a morte diante da perseguição romana? É claro que não. Será que em nome de um mito, multidões iriam para o deserto para viver uma vida de penitência e oração? Será que em nome de um mito, durante já dois mil anos, multidões de homens e mulheres abdicaram de construir família para servir ao Senhor ressuscitado? Será que uma alucinação poderia transformar o mundo? Será que uma fantasia poderia fazer esta Igreja sobreviver por 2000 anos, vencendo todas as perseguições (Império Romano, heresias, nazismo, comunismo, racionalismo, positivismo, iluminismo, ateísmo, etc.)? Será que uma alucinação poderia ser a base da religião que hoje tem mais adeptos no mundo (2 bilhões de cristãos)? Será que uma alucinação poderia ter salvado e construído a civilização ocidental depois da queda de Roma?  Isto mostra que o testemunho dos Apóstolos sobre a Ressurreição de Jesus era convincente e arrastava, como hoje.
Na verdade, a grandeza do Cristianismo requer uma base mais sólida do que a fraude ou a debilidade mental. É muito mais lógico crer na Ressurreição de Jesus do que explicar a potência do Cristianismo por uma fantasia de gente desonesta ou alucinada. Como pode uma fantasia atravessar dois mil anos de história, com 266 Papas, 21 Concilios Ecumênicos, e hoje com cerca de 4 mil bispos e 416 mil sacerdotes? E não se trata de gente ignorante ou alienada; muito ao contrário, são universitários, mestres, doutores.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ministério da Agricultura e Aged discutem combate à aftosa.

Foto George Castro

Do  Jornal Pequeno

Até esta sexta-feira (29), a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), recebe representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para alinhar os procedimentos e medidas a serem cumpridas para que o Maranhão avance, juntamente com outros seis estados nordestinos, para a classificação sanitária de livre da febre aftosa com vacinação.
O objetivo é levantar as metas já realizadas e firmar Termo de Compromisso para garantir que o Maranhão cumprirá todas as exigências do Mapa e da Organização Internacional de Episotias (OIE).
O alinhamento acontece em reuniões da direção da Aged com a equipe designada pelo Departamento de Defesa Animal do Mapa, formada pelo fiscal federal Mozar Conteiro Targueta (Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo) e o médico veterinário Leandro José Bezerra dos Santos (Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia). Pelo Maranhão participam os diretores da Aged, Fernando Lima (Geral), Margarida de Sá (Defesa e Inspeção Animal), além de coordenadores, chefes e supervisores de regionais e chefes de Unidade Veterinária Local.
As reuniões de alinhamento e estabelecimento de compromissos vão acontecer, também, nos demais estados que integram o atual quadro de defesa do Circuito Pecuário do Nordeste: Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.
Na sexta-feira (29) será realizada uma teleconferência com os participantes da auditoria e as autoridades do Mapa/DF, do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. A transmissão será feita a partir da sede do ministério, em Brasília, onde os demais estados que fazem parte do Circuito Pecuário do Nordeste compartilharão temas como estrutura, atenção veterinária, vigilância e resultados de campanhas de vacinação.
"Estamos fazendo uma supervisão orientativa para que as adequações proporcionem resultados positivos frente a uma futura auditoria do Mapa e, consequentemente, à possibilidade de mudança de status sanitário", esclareceu Mozar, representante do Mapa. "O Ministério da Agricultura trabalha para que o restante do Brasil receba o reconhecimento internacional da OIE como zona livre de febre aftosa com vacinação".
Prioridade
"A erradicação da febre aftosa no estado é uma prioridade para o Governo e estamos empenhados em resolver todas as pendências para que o Maranhão seja um estado modelo. Afinal, temos um rebanho com 7,2 milhões de cabeças”, disse o Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca, Cláudio Azevedo, que participará da reunião nesta quinta-feira (28) com os representantes do Mapa.
"Essa iniciativa é positiva porque compromete oficialmente os estados com a missão de erradicar em definitivo a febre aftosa da região, e estabelece padrões de procedimentos para o combate da doença no país", declarou o Diretor-Geral da Aged, Fernando Lima.
"Essa iniciativa é positiva porque há uma transparência e compartilhamento da situação em que se encontram as atividades em cada estado, fazendo com que acreditemos que os compromissos e sucesso da meta de erradicação da febre aftosa nesse circuito realmente ocorram até 2012.É positivo também porque os estados se comprometem oficialmente com as metas", declarou Fernando Lima.
A diretora de Defesa e Inspeção Animal, Margarida de Sá Prazeres, informa que estão sendo discutidas orientações necessárias para um desempenho em nível de excelência no combate da febre aftosa e avanço do status sanitário para livre com vacinação.
Vacinação
A primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa terá início no domingo (1º) e vai até o dia 31 de maio. Devem vacinar seus rebanhos todos os criadores de bovinos e bubalinos, não importando o número de cabeças.
A primeira etapa da campanha será lançada oficialmente na próxima terça-feira (3), a partir das 9h30, pela governadora Roseana Sarney e o Secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo, no Parque Independência, em São Luís.