Celebrações da Semana Santa têm início neste domingo.

Arcebispo Dom Belisário diz que cada celebração tem um significado litúrgico diferenciado.

Por Wilson Lima / O Estado

Do Imirante.com

  

Biaman Prado / O Estado

SÃO LUÍS - Após 40 dias de penitência e de reflexão, a Igreja Católica volta-se a partir deste domingo (17) para as celebrações da Semana Santa, principal evento do calendário litúrgico cristão.

As celebrações em alusão aos últimos momentos de vida, a morte e ressurreição de Cristo começam hoje com as celebrações do Domingo de Ramos. Na quinta-feira, serão relembrados os atos de humildade de Cristo com a missa de lava-pés; na Sexta-Feira Santa, o ato de sacrifício com a celebração da Paixão de Cristo, e no sábado, a ressurreição de Cristo por meio da Vigília Pascal.

Na Igreja da Sé, por exemplo, na Quinta-Feira Santa, além da Missa dos Lava-pés, também será é celebrada a Missa dos Santos Óleos, o momento de renovação dos votos de todos os padres e demais integrantes da Igreja Católica. A missa acontece às 9h de quinta-feira. Na Igreja da Sé, a Ceia do Senhor será celebrada às 17h30.

Na sexta-feira, partindo da Igreja da Sé, também será realizada a procissão do Senhor Morto, a partir das16h. A procissão seguirá pelas igrejas do Centro, como Igreja do Carmo, passando também pela Rua Grande. Na Sexta-feira da Paixão, também é destaque a exposição das imagens de Nossa Senhora das Dores e Senhor Morto, na Igreja de Santo Antônio, a partir das 8h. "Na Sexta-Feira Santa, celebra-se a morte de Jesus. Uma celebração muito contida. São ofícios de leituras e uma veneração à cruz de Jesus e não há missa na Sexta-Feira Santa. Há apenas a distribuição da eucaristia", explicou o arcebispo metropolitano de São Luís, dom Belisário da Silva.

No Sábado de Aleluia, o horário das vigílias pascais varia de igreja para igreja. Na da Sé, ela começa às 18h30, na Igreja de São João e Santo Antônio e do Carmo, às 19h. "É uma grande vigília e é chamada 'a mãe de todas as vigílias'. Primeiro há uma liturgia do fogo novo, mostrando que quem traz a luz é o Cristo ressuscitado. Depois, uma liturgia da palavra muito longa, que vai percorrendo as partes principais da história da salvação. Depois, acontece a liturgia da água, que é a bênção da água", afirmou o arcebispo de São Luís. As celebrações do Domingo de Páscoa começam a partir das 6h30, como na Igreja do Carmo, e às 7h na Igreja do Desterro.

Segundo o arcebispo metropolitano de São Luís, dom Belisário da Silva, a Páscoa é o centro da vida Cristã. "É a Páscoa que nasce todo o resto da vida Cristã", afirmou. Ainda conforme o arcebispo metropolitano de São Luís, Pio XII renovou o processo litúrgico de celebração da Páscoa, com a intenção de ser mais fiel àquilo que se celebrava em séculos anteriores.

Cada celebração tem um sentido e um significado litúrgico diferenciado. De acordo com o arcebispo metropolitano, a liturgia como é conhecida hoje teve sua última modificação com o Papa Pio XII, durante a primeira metade do século XX. “A liturgia foi renovada por Pio XII, no sentido de ser uma liturgia mais fiel àquilo que se celebra", declarou dom Belisário da Silva.